sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pombo morto


Branco em teu véus de asas,agora deseja o vazio da morte
Ideias e revoluções sonham aqui da terra suja
Vê os falsos amantes?profetas banidos?terras de sangue e de ninguém
Um pedaços de tripas meio nuas sobre a calçada
È apenas um pombo morto

Agora me prendes dos fios elétricos da cidade
Algo que me deixa em transe do psicodelismo nessa terra doente
Se tanto amores é voar e deixar os meus pês do chão
Agora amanhece de maneira fria e cinza
Um muro é quebrado da minha vizinha  a 6:30 da manha

Suja alguém a bandeira   do brasil e carros passando de novo entre as estradas
Um cheque é enviado pelo banqueiro burocrático
Um cão fodendo um cadela meia puta do meio da calçada  e um cafetão observando eles com os lábios sujos de mostarda
E aparece um rumo de uma chuva para lavar todo o sangue
Porem preste atenção nesse caos por favor
Ele esta iludido como extrema violência,canta com precaução sobre os corpos mortos
E hoje e agora é dia e aparece  o sol
Esse sol cruel como sempre queima todas as tripas nesse pombo morto
Simplesmente morto,fodido,cuspido,incinerado,assaltado em suas assas,atropelado por um trem e um carro
Simplesmente em seu cranio ao meio...dentro nele não tem nada...só a banalidade das coisas

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