terça-feira, 31 de maio de 2016

Como um triste e patético bebê.





A rua estava vazia e triste.Deus sabe porque...Louise foi embora,e levou todos os seus clichês e baboseiras românticas.O que sobrou aqui foi a voz apática das putas,e os lábios fervorosos e patéticos dos vendedores de jornais.Sim é aquela mesma coisa de sempre”Criança de 5 anos morta por seus pais”  ou mais uma pessoa estrupada,morta e sei la o que mais.

O mundo pra mim perdeu um pouco de graça,inocência e decência.Veja só..todas as guerras são tristes,e todos os amores são levados por certos fins trágicos.Eu ando entre as ruas,como um lobo solitário,e berro dentro de meu cérebro para que algo me salve.Algo me salve...qualquer coisa,qualquer coisa mesmo.

E também choro entre os becos,choro como um bebe idiota.Um retardado tendo do de si mesmo,um homem com uma fúria indomável e cruel.Eu so machuquei as pessoas da qual me amaram,e ninguém mais.Acho que se eu pudesse,eu tentaria lutar com Deus,so por fúria mesmo.Eu tentaria dar um soco com uma potencia tão forte e cruel que  a margem nele estará vomitado dentro de todas as ruas de SP.


Mais o que eu posso fazer?Posso pegar o trem,secar as lagrimas,e tentar não pensar em Louise.E nem de nossas gerações de corações partidos,e acredito que você sabe que todos os corações partidos são do fundo pessoas profundamente tolas...e idiotas.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Caos-Brasil



Do leito da Dinamite  nasce uma flor
A flor possui cores apáticas,frias e brutas
Ela com as suas estéticas ponográficas e duras,se masturba sobre a noite

Ela tenta fazer com que o sentimento do mundo seja algo tão vasto quanto ao seu pequeno coração de flor


Sim...

E se ela pudesse com ousadia,tiraria as pequenas roupas imaginarias e dançaria strip-tease  sozinha

Mesmo que alguém a visse
Mesmo que alguém a visse


A puta flor estaria sorrindo,com suas feições maliciosas e ponográficas



E aqui dormes elas
Em seu peito
Rasgado e doente


Oh sim...Oh sim...

Brasil

A terra de todos

E de ninguem


Sinceramente
Estou de saco cheio



Queria que tus meus bens
Meu mal precioso

Minha bonitinha ordinária
Meu anjinho puta

Queria que você tirasse toda a suas roupas

Mostra-se as suas tetas
As dimensões de suas tetas a Xoxota
E quem sabe
A dimensão do seu belo traseiro a orgias de estrelas mortas a mil anos atras


Pois do leito da minha Dinamite,nasce um tigre
Com ossos flácidos e magros
Faminto por sangue e violência


E tua flor é apenas um folclore
Um amor póstumo
Uma canção para os corações partidos

Uma balada para todos os perdidos

Solitude de rio



Por onde tu vais?Eu te conheço
Te conheço o suficiente para  a gente definir as construções  melancólicas de nossas cidades
Te conheço o suficiente para a gente definir a nossa  ponte quebrável de relacionamentos
e temores.

E já pensamos:Onde dorme toda a saudade?oh,não digas isso,pois não queremos saber
Ja que os oceanos quebram todas as pedras imoveis da praia,e as pedras continuam tendo os seus aspectos inumanos

E nos identificamos com elas,pelo menos nos identificamos com elas hoje. ,


A gente bebe o nosso trago
A nossa rotina salvadora

Ouvimos um blues rasgado
Lento e veloz

Caímos das manhas dos gatos da noite
Miando em cimas dos telhados como crianças com medo do escuro

Abortamos todos os anjos de meia noite
Com as suas asas ponográficas

Chupamos os picolés de metais dos antigos Dons Quixotes da Avenida Paulista
Que estão todos fomentados pelo caos da cidade

Quebramos os espelhos multi facetados da Dama do Amanhecer
Que agora cruza as suas pernas e pensa em ir do inferno


Recorremos o rio vasto e raso das lagrimas de Moises
Ou dos desejos misteriosos de Deus

Oferecemos (por tristeza) flores partidas para as novas crianças
Crianças que ágoras serão a gente do futuro

Choramos que nem idiotas as coisas bonitas da vida
As coisas comoventes de nossa rotina

Matamos os vermes e juntamos os vermes junto aos tesouros
E não sabemos a diferença

E sim,nos afrontamos por simples prazer
Ou dever
De ter uma guerra
Pessoal
Ou
Santa

Pois todas as cidades fecharam as suas pernas
Todas as pessoas fecharam os seus mundos
E pra nos não resta a nada

A não ser cair e sentir a queda.





quarta-feira, 11 de maio de 2016

O caminho que fizemos(para fugir do dia)







A nossa escolinha esta fechada,poxa vida.Como eu posso te dizer?Sabe como é,tem um bando de menininhos que nem eu achando que sabe de tudo.Eu pensei em você,sim...você,e da perda intima e minimalista que eu teria  hoje.


Você me deu um beijinho,com gosto de morango,da rua da saudade.Ironicamente,o que sinto agora é saudade,mesmo que seja por um dia.Não sei Stephany,você simplesmente deixou a tua paixão pra mim,e pra ninguém mais. E você é tão bonita,tão bonita...

Mas deus o que tenho que fazer?Eu sou tímido demais,e as minhas pernas são profundamente frouxas  e desajeitadas.Sim...eu sempre sou desajeitado.

O caminho que eu fiz de casa(tentei não olhar pra trás),minha mãe falou um monte de coisa(tentei não olhar pra trás) dizendo coisas sobre os moleques invadido a nossa escola(tentei não olhar pra trás) e dizendo que eu tenho que fazer a minha lição de casa(tentando não olhar pra trás).

Quando a lua chegou,vi o seu rosto,e não via a hora de você chegar.Eu peço um simples perdão a Deus,a Jesus e tudo isso,e faço uma homenagem singela pra você,e o resto....é resto.

Oh sim,e o caminho que fizemos?Bom,sempre tem pedacinhos de pão,sorvete de flocos,e algumas pedrinhas pra jogar.E Stephany...estava a merce de minha vista.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Nietzsche e o sonho eterno e mortal.

Com a mortalidade da minha ponta da minha língua.Eu anúncio uma magia,ou um ato de profunda tolice para os senhores:Devemos sim morrer,devemos sim morrer.Pois a morte é um ato esperado,duro e frio,e devemos ter ele,devemos temer por ele.Ele tem que olhar pro nossos olhos e dizer”O seu tempo é limitado” e obviamente a gente tem que fazer uma coisa.

Morte,morte,morte.Deus,eu falo demais da morte.Eu já escrevi “magia da morte” mais esses assuntos sempre ficam da minha memória,e do meu coração.
Eu estava sonhando ontem,um sonho curto e bonito.Depois das movimentações rotineiras,coisas como as ocupações estudantis dentro da minha escola técnica ETEC,as insurgências do SUS e alguns compromissos artísticos,eu...pretendi sonhar,e ironicamente eu me vejo em um sonho bonito e duro.

Eu estava dentro de uma neblina,profundamente cinza.Eu caminhei em frente,para ver aonde eu estou,e do chão percebi que eu estava andando num campo verde e estreito,eu olhei pra frente,e vi uma luz vermelha,continuei andando em frente.Depois eu vi um cavalo,do meio naquele mar de nevoa e campo verde.Eu estava com medo com o que eu tinha que ir em frente,nunca se sabe,pode ser um riacho,um buraco negro ou coisa do tipo ,mas eu montei do cavalo e a gente seguiu em frente,tentando seguir aquela luz em movimento.

Quando passou meia hora de viagem,apareceu um homem  montando em um cavalo,ele estava com o fogo,ou com a luz do fogo,difícil dizer.Era o rosto nele,era o rosto nele que pegava fogo,mas não alterava o rosto,apenas iluminava o rosto.A cor do fogo é ardente,porem contida  e melancólica.Eu fui ver o rosto do homem,era Nietzsche,e claramente deve ser ele antes de ele se enlouquecer totalmente. Pouco antes de ele morrer. Nietzsche estava pegando fogo do rosto.

-Nietzsche,é você cara?
Ele olhou pra mim com um olhar desdém e triste, e o rosto ainda pegando fogo.
-Sim,acredito que sim,e quem é você?
-Um homem que le  os seus livros,você é um grande escritor
-Obrigado,apesar de que muita gente não gosta de mim.Eu sou considerado esquizofrênico  ou louco pela maioria
-Dane-se eles.
-A verdade,é que eu posso estar acreditando meu caro jovem.
-Então não acredite.
-Não sei,o meu amor...ela se foi,e a morte ,sinto que ela esta  aqui perto.
-Ela sempre esta aqui perto
-Sim,só que agora...esquece.Aonde você esta indo?
-Eu não sei,finjo que estou andando em um mundo sem sentidos humanos
-Mesmo assim,tenha o seu prazer.

E ele saiu voando em frente,sem dizer adeus,berrando e uivando “Uhu!” com o seu rosto pegando o fogo ardente. Depois eu acordei e fui tomar banho,tentando entender o motivo naquele sonho.
O que dizer sobre Nietzsche?Varias coisas:Tem gente que odeia ele,e tem gente que o ama,dado ao seu estado filosófico,ou o modo como ele escrevia,pois parecia que cada verso é uma inspiração nova e saudável. Como se ele quisesse viver mais um segundo,como se a morte estivesse perto da casa nele,e ele tinha que viver os últimos instantes de sua vida com maior tesão e aproveitando ela o Maximo possível.

Porem teve a melancolia,a solidão,e tudo mais.O que dizer sobre isso?A solidão é o veneno que so os fortes aguentam,eu de fato não posso julgar isso,não tenho  o direito.O que me parece é que ele deve ter piscado do abismo,ou então o estudo poético e filosófico nele o levou ao profundo abismo.

Eu acordei,tomei um cafe,pensei da Caroline de novo,tentei lembrar de tudo:da minha cidade,da minha vida,e da minha morte,e de Deus sim.

Pois existe um segredo que eu vou contar pra vocês:Deus existe,e a alma inquietante de Nietzsche também.