quinta-feira, 19 de março de 2015

Isto não é um poema


Não,não é um poema,
Não é um canto,e nem uma historia,
é apenas um desabafo.
Sim,tem razão de quem falar que sou errante,aqui eu descobri uma verdade:
Eu sou um erro feito por min mesmo.

Hoje eu sai do bar,eu briguei com alguém que não conheço,foi uma boa luta,
Os motivos nem me lembro,acho que era eu mesmo.
Eu estou com dentes quebrados e com um olho roxo mais eu sinto uma estranha felicidade.

Meus pais tem razão nessa questão:
A culpa de eu ter errado nessa vida não é de deus,não é das pessoas,não é de cristo
Deus...talvez Jesus Cristo foi a unica vitima nessa terra.
Não,a culpa é minha.

Quantas pessoas eu agredi nessa vida?
Você mesmo Juliane...você se machucou varias vezes por min,
você me amou e eu te desprezei,
que ser humano sou eu de desprezar o amor?
Justamente o amor?
Sim.
Justamente o amor.
Justamente o amor...

Hoje eu chorei,
Hoje eu chorei muito,
mais teve enchente em São Paulo
Era maiores
do que as tipicas lagrimas de um homem.

Apesar de que uma mulher ter falado
que
não existe nada mais bonito
do que
ver
um homem se machucar
de suas
Lagrimas molhadas
escorrendo
de um rosto que finge rigidez .

Só que hoje eu chorei,
hoje eu chorei do quarto.
Pois teve  enchente das ruas de São Paulo,
Ruas que estou acostumado a andar.

 Hoje eu só queria pegar um ônibus,
sem agredir ninguém.
Vendo da janela as pessoas andando das ruas e pensando por que criamos tantas guerras,fomes,debates de falsos,dogmas e pessoas,
Ah sim,
De pessoas,
e mais pessoas
Que tanto tempo eu culpei elas, e não a min mesmo  de ter feito
Uma grande
e absurda estupidez
de continuar não vivendo.

Sou um erro feito por min mesmo.
Sou um erro feito por min mesmo.

Pra terminar eu devo falar um absurdo:
Acho que tem razão alguém que fala que o mais difícil,
O mais difícil,
O mais absurdo,
de dizer nessa vida
é que ela é linda
é que ela é bonita.
Apesar de meus erros.



quarta-feira, 18 de março de 2015

Rosas de Sakhespeare e não de min (velho poema)


Rosas de Sakhespeare e não de min...não quero fazer algo belo, 
Se o amor é o filho do caos, e  a revolução é danação das classes.
Rosas de Sakhespeare para os falsos suicidas anjos que fingem que são crianças,
Algo que da ponte de minha vida podia ser o preço das almas de alguém. 

Não de min. 
Não de minha solidão. 
Você não conhece a solidão dos homens. 

Botas para os soldados e vigilantes das praças de concretos,quando o mundo acabar vocês verão eles 
Se a guerra é juventude eu sou feito de guerras e tús é feitos de por do sol
Rosas de Sakhespeare para a nevoa que cobrir as rimas de seus cabelos, 
Rosas de Sakhespeare para o barco de concreto...para a rainha semi morta. 

Não digas algo, 
Não digas algo.
Você não conhece a solidão das arvores, 
E nem a solidão das folhas, 
E nem da solidão de amadurecer 

Quero cantar para tua casa quando ela estiver cinza como o resto do mundo 
Se eu atrair as mentiras dos tijolos e definir os túmulos de alguém que já se passa aqui 
Rosas de Sakhespeare para as pessoas que tentam amar e se dar pro tudo nesse mundo 
Rosas de Sakhespeare para as pessoas que morrem durante o silencio das estações 

Mais agora
se me perguntar quem fez a noite,
se foi o luar ou o silencio das coisas eu não respondo.
Mais agora...se me fazer de deus...se deus me perguntar sobre a vida...prefiro cantar do que dizer
Porque o que tinha o que dizer se foi...junto com a julieta e sua doce morte. 

Separação Concreta

Co

nhe

ço


Vo


h
á

um

    bom

 te                                                                     mpo
atras

On

de

Vo


se
                                                                                           foi?


Foi até o                                                                                                                                 Fim?           O começo  ?                                                        Foi até


Acho que se 
C-o-t-o-u-se-i-n-t-e-i-ro
Sobre a noite 
Pois eu nunca mais te vi 
Acho que fomos 
S
E
P
A
R
A
D
O
S

Por um instante 
Em meio de toda a massa 
De toda a guerra 
De toda angustia 
E salvação 
De 
toda 
coisa 
que Mata
E
Vive

E
Não
tivemos
tempo
De
dar 
Um 
Abraço
Mesmo
Que
Esse 
Abraço
fosse-c-o-r-t-a-d-o

terça-feira, 17 de março de 2015

Hoje a noite eu sonhei que eu amei alguém

Hoje a noite eu sonhei que eu amei alguém,
Ela era inexistente,estava longe,muito longe de min.

Muito longe...de min e de minha terra

...

Dizeres lá da terra distante com certa graça sobre a velhice e rugas,
Bebia uns vinhos doces para deitar-se do rio do amanhecer,
Morria sabendo que o mundo tinha boas pessoas.

Oh deus ela vestia-se de cisne ,deitada solitariamente da lagoa.
Era a velha protetora da lua de manha 
Sangrou ao dizer pra min :
"O por do sol 
Esta 
Vindo 
Sozinho sem rumo."
E realmente:
O Por do sol
Esta 
Vindo 
Sozinho sem rumo.
....


Depois eu acordei de desespero!
De um suspiro de minha  pálida existência.
Abri a janela do meu quarto e fiquei com raiva ,
Aqui esta um louco sermão:a terceira guerra mundial já começou faz um bom tempo.

Talvez seja isso.
Pouco importa talvez,devo andar nesses lugares,
fazer outros poemas,outras musicas
E sangrar sozinho a noite pra ver como é divertido ficar S-o-z-i-n-h-o de todas as letras.
Andar pelos esgotos da cidade e depois cantar loucamente para a cidade inteira ouvir

Oh diga-més depois a salvação !
Do tumulo cheio de suor e sangue que jesus deixou.
Depois de tudo devo dizer:devemos morrer assim?
Devemos morrer assim?

Oh sim hoje eu sonhei que eu amo alguém.
Mais ela não existe nessa vida
Só existe eu e meu espelho partido .

sexta-feira, 13 de março de 2015

Domingo vazio

Te encontrei 
Profundamente partida,
Chamando a sua tristeza como louca companhia, 
Perdida em um domingo vazio. 

Do quarto 
Da sala os seus pais gostam de ver jogos de futebol ,
E você se vê nua do espelho, 
Perdia e sozinha em um domingo vazio .

A noite eu posso dizer "Quero o sangue de Cristo" 
Quando eu pensei em ter visto ele andando do beco vazio da rua flamingo ,
Das festas em festas de cada esquina demente, 
Ele bebendo vendo e sentindo o tempo passar ,
Como fantasma delirante ele chora por motivos misteriosos 
Era a chegada da noite de um domingo vazio 

A gente vai se encontrar?Daquele mesmo lugar?
Do muro de Berlim,onde nos encontramos do domingo passado
Para ser baleado por guardas do exercito 
Os nossos corpos mortos da rua da Alemanha num domingo vazio

E o fim de semana acaba 
Nossa!Era tão rápido e nem percebi !
Era tão rápido que você não percebeu.

Só sei que todo mundo foi embora .
Só sei que todo mundo foi embora.
Só sei que todo mundo foi embora .
Em um domingo a noite.em um domingo vazio

Estou bêbado demais ,
Você esta triste demais,
Vamos voltar a trabalhar,dos nossos pequenos empregos
E a segunda feira acordara cedo 
Você me perguntou "O que sera a vida?" eu não sei 

Só sei que todo mundo foi embora .
Só sei que todo mundo foi embora .
Só sei que todo mundo foi embora .
Em um domingo,a noite era vazia  e fria,não consigo nem chorar 
Só espero mais um domingo vazio 


quinta-feira, 12 de março de 2015

O velho vagabundo se foi

La se vai o velho vagabundo da praça do forro
Pega as suas trouxas
O seu violão arranhado
Desafinando das estradas de são miguel,das cidades de são paulo

Cantando sem coro
Viajando sozinho com as estrelas
Desesperado só por um instante
Que a humanidade perdeu todo o sentimento bonito e feio do mundo

Ele foi até min
Do banco central em frente a praça do forro
Ele sorriu e disse pra min"Boa sorte filho,você vai precisar"

Ele saiu de la rindo tocando o seu violão arranhado e desafinado
Atravessou a praça do forro e entrou da estação de são miguel
Cantando lá dentro a musica "Maluco beleza" de outro marginal e vagabundo como ele é :Raul seixas
Berrando e todo se assustando
"Vou ficaaaaaaaaarrrrrrrrrrr!maluco beleza!serei com certeza!Vou ficaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrr!"

Fui até a estação vendo ele descendo a escada rolante berrando a musica
Eu apenas fiquei lá acedendo o meu cigarro (onde é proibido acender) vendo aquele cara

È o homem mais sábio de São paulo
È o homem mais sábio de São paulo
Depois ele pegou o trem e disse"Adeus são miguel"
Aonde ele foi não sei
Dizem que ele ficou lá em Tatuapé,andando sem destino
Tentando saborear os restos da vida

quarta-feira, 11 de março de 2015

Para a namorada de Godard


Um dia qualquer,um dia realmente qualquer,vi você da lanchonete,do centro da cidade,fui até você e perguntei "você quer um cigarro?" e você olha com a sua cara de menina,maquiada de maneira simplória  mais pretensiosa,com saia vermelha curta e uma camisa do filme" Acossado",cabelos loiros e olhos azuis e diz "Não obrigada" fingindo não me conhecer.Talvez a culpa seja minha realmente,sou tão banal como qualquer outra pessoa nesse universo,tenho as minhas complexidades e confusões mentais , mais comparando a minha confusão  ao resto das coisas do mundo o que eu tenho de crise é banal,algo como você meu amor .
Qualquer besteira mesmo como as nossas existências e temores,eu um dia queria talvez ir do centro,arranjar algo como você,falar tão animosamente da literatura de Guimarães Rosas e   o quanto ele era genial mais estou cansado,realmente estou cansado.Sinceramente o que você fala não é nada,só queria tirar essa tua saia de criança e te fuder legal,corpos,orgias,rock´n roll...você sabe o que é isso?é tesão pela vida.nada mais .
A gente vai ser como nossos pais?discutimos tanto nesse mundo,pensávamos que íamos mudar o mundo mais parece que o mundo nos roubou.
O mundo nos roubou,ou talvez nos mesmos.
A verdade pura
Simples e real.
Sua ingenua boba,quantas vezes nos vimos aqueles malditos filmes?onde vemos uma personagem como você andando pela cidade de nova york onde  o diretor corta uma cena de maneira bem pretensiosa para mostrar -uma possível -metáfora -de toda- a existência juvenil- e os seus pseudos- sonhos poéticos -banais que ele  reproduziu por mais de 30 anos ,é um possível chamado de algo,mais  não é nada mais!e você nunca entendeu,só achou lega!,oh deus não sabe o quanto esta confusa.
Não sabe.
Não sabe o quanto o mundo esta confuso

Não é só o capitalismo,o empresario filho da puta,a coca cola cheio de urina,não é só as roupas ou coisa do tipo:é tudo!é o conservadorismo da direita e da esquerda,é o soldado  e a flor que me deixa puto,do Henry Ford ao babaca do Karl Max,os estudantes do Senai com sua ganancia ou os típicos universitários da USP com seu livrinho falando de Che guevara ou os discos dos mitos da Mpb que você adora ouvir ,os caras que toma pinga e os que toma cafezinho, e eu não faço parte de nada realmente.Sou apenas um cara que não tem pra onde cair morto,um tipico vagabundo marginal que anda pelas ruas sem saber pra onde vai,único amigo que eu tenho é essa caneta meio mordida,a chuva que me deixa cego quando molha os meus olhos,as dividas de aluguel que eu não paguei, e um blog de poesias toscas esquecido do mundo virtual e de comunicações,mais é isso aí:somos todos toscos,idiotas,animais,selvagens primatas,imperfeitos,só que você e o seu cigarro não sabe disso.
Agora os laços de amor,os discursos moralistas,as igrejas cheias de pastores,os manifestantes idiotas de sua bandeira do psol,o refrigerante que eu comprei,a bandeira do brasil que se diz "Ordem",o aluguel(novamente que não paguei)as revistas que mostra uma atriz com um corpo perfeito que eu nunca vou comer,as ironias e cinismo do povo burro brasileiro não me importa mais!realmente não me importa mais!
Quero fugir meu amor.
Quero fuder o meu amor.
Quero sangrar de tua dor.
Quero morrer de câncer ou de falta de sangue.
Não quero morrer da cama
Preferia morrer da guerra.
Cara a cara,
Cara a cara com o meu semelhante.
E ele me matou.
E a nossa geração se foi.
As nossas rosas era uma metáfora romântica brega.
As nossas palavras serão esquecidas das mesas de bar.
O jornal falara de nós com aquela hipocrisia.
E você ficara talvez um dia andando nua do seu quarto sem saber onde enviou a sua calcinha rosa velha.
Pintando os seus lábios de vermelhos,se olhando do espelho.
E esperando que um dia seja igual ao passado.
Mais a nossa geração se foi,como um peido,um vento que sopra em areias.
A mais uma de varias gerações que queria ser a diferente,a ultima.
E você não é mais nada.
Unica coisa que eu peço é que conserte ou mande alguém arrumar a maçaneta de meu apartamento.
E não precisamos mais nos ver.



Canção da moça fantasma de Sp

Eu sou a Moça fantasma

Que espera na rua do cemitério da saudade
Dentro num  carro da madrugada.
Eu sou branca ,longa e fria,
A minha carne é um suspiro
Na madrugada da cidade...eu sou a Moça fantasma.
E o meu nome era Maria,
Maria-que-morreu-cedo demais

Eu era a sua namorada
Que morreu em um acidente,
Num desastre de automóvel
Ou num suicídio de um quarto esquecido
E seus cabelos ficaram longos das minhas lembranças.

Eu nunca fui deste mundo,
Se beijava minha boca dizia que era de outros planetas
em que os amantes se queimam
num fogo casto e se tornam estrelas,sem ironia

Morri sem ter tido tempo
De ser como outras garotas,
Eu não me conformo com isso ,
e quando todas as pessoas dormem em sua camas,
Eu fico com a minha insonia de São paulo.

Desço as ruas, sem nenhum  destino
Fico olhando os novos prédios,
Vejo os bancos fechados,loterias roubadas
Tento procurar um abrigo  mais não há abrigo,
Apenas um perfume que não conheço.


E vou,como não encontro
Nenhum dos meus amantes, em que as francesas conquistaram
e beberam todo o uísque existente do brasil que agora dormem embriagados ,
Vejo homens pressos em suas caixas metais,sem nada a dizer e não suspeitando de minha brancura e fogem.
Os tímidos guardas civis
Eles tentam me tocar.
Mais não tinha carne nem, por cima, e nem por baixo do vestido
Era o mesmo abismo branco ,um triste desespero,
Pois o que era corpo foi engolido entre as cinzas da cidade

Eu fui moça,serei moça
Deserta,por minha solitude.
Não quero saber de moças.
Mais os moços me perturbam.
Não sei como me libertar
Se o fantasma não sofresse ,
se eles ainda me gostassem
e o espirito aceitasse ,
Mais sei que é proibido,
Pois você tem a sua carne,eu sou apenas vapor.
Um vapor que se dissolve
Quando o sol rompe das vistas dos prédios.

Agora eu estou consolada,
Disse tudo que eu queria,
Subirei daquela nuvem,
serei lâmina gelada,
cintilarei sobre os homens.
Meu reflexo dos vidros dos prédios
da Avenida Paulista.
E as estrelas não serão entendidas.
E as estrelas não serão entendidas.
E as estrelas não serão entendidas.
ninguém o compreenderá.
 (Poema de Carlos Drummmond  de Andrade  que foi refeito   por Caique Nogueira )

quarta-feira, 4 de março de 2015

Barco de ferro

Barco
O teu barco
Feito de ferro

E lá desce as curvas
De umas pernas de putas
Que se vão do barco do inferno

Queria apenas ter uma dose
De Whisky,vinho ou um pouco de sangue
Para ver que coisas infinitas me deixarem solitários

Poi eu vi a chuva
Pois eu dormi com a chuva
Que chorava do barco de ferro

E depois tinha um sol
Tinha uma imensidão de sol bonito e triste
Parado do rio tiete,alcançando as carnes cansadas
Que fez o barco se enferrujar
Que fez o barco se abortar com os tempos que ainda teremos,fora nesse poema incompleto