segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Chorar por algo

A chuva lhe ronca entre as suas partes intimas
Ao canto de tristes fantasmas de velhas fotos em sua casa
Com 300,400,500 anos de existência
O homem ainda não descobriu a razão de estar aqui

Agora levo um beijo de inimigos superficiais que arranjamos nessa vida
Te mando passos partidos de uma flor morta
Queimando se o seu rosto de cera humana...de complexidade fatal
De beirar ao grito demente da primavera

Sua puta velha ,puta estranha a tragar o meu corpo!
Que de carros a levam em seus vestidos manchados com pequenas gotas de sangue
São atos de pequenas coisas
Já que você não entende certas alegrias

Só peço agora que dance em uma valsa aqui nessas ruas
Ela tem um som doce e demente, o violino que chora junto do leito de morte de uma borboleta
Dançando e dançando,estamos aqui nessa valsa esquecida
E fugimos...simplesmente fugindo
Sobre tudo e sobre nada que vemos nesse mundo
E esperamos que o amanhecer tenha algo melhor do que ontem

sábado, 20 de dezembro de 2014

Ruas de sangue e tudo mais

As vezes eu ando por muitos lugares e eu percebo o quanto inútil eu sou, realmente isso e pura verdade,pois tem tanta gente tão ferrada e deitada num rio de merda que faz pensar que os meus poemas e minhas crises existencial as vezes e coisa de uma pessoa mimada que não sabe nada da vida. Sobre a vida em si eu posso dizer muita coisa, Sócrates fala tanto da vida de forma muito engraçada sempre mencionando o seu universo do pensamento, Descartes fala que "penso logo existo" como unica forma de realidade que ele existe. Tem gente que fala de Deus, e que Deus fala que somos a semelhança dele e tudo mais.O engraçado e quando eu fui ver o meu avô do hospital, ele estava com um grave câncer, eu acho hospital a coisa mais trágica do mundo,eu não queria ir pois me dava estranheza o fato de que muita gente morre e nasce la do mesmo momento, e as pessoa são tão naturais em relação a isso. Isso me assustava, a vida e a morte estão tão perto e tao despercebido pelos nossos olhos,isso me sensibilizava e tbm mostrava o ser humano completamente vulnerável. Se você quer ver algo vulnerável e só ir do hospital, um bebê que acabou de nascer, um cara que teve um acidente de carro ou um homem com câncer todos eles estão a merce da vida ou da morte mesmo que seja algo pequeno,o ser humano e vulnerável mais as pessoas gostam de esconder isso,sempre tentando mostrar que e melhor que o outro,mas quando esta do hospital a gente vê completamente vulnerável e mesmo que ela tente esconder não da, a vida mostra o quanto essa pessoa e pequena. Meu avô joão, apesar de sua humildade e tudo mais ele não gosta de mostrar a sua fraqueza,sabe que o tempo passa e aceita isso,mas o fato de ele não ter razão de alguma coisa deixa ele bravo. Hospital e uma grande burocracia e ele tinha que obedecer as ordens do medico, os remédios, a comida, as cirurgias e tudo mais,a questão e que meu avô estava realmente em estado grave,os rins nele estavam muito fodido e parecia que tinha que fazer uma cirurgia. A questão e que os medicos estavam tentando salvar o rim, se não desse teria que tirar e, o vô joão teria uma vida muito difícil e ruim, ia depender muito da minha vó zilda, ia usar saquinho onde toda a sujeira e coisa que ele consome estaria ligado ao corpo dele, e teria muita dificuldade de fazer coisas realmente necessárias e simples da rotina, como levantar, andar, trabalhar. Iria ter um corpo muitíssimo limitado e vô João não queria isso. Ele tem um sitio la em bertioga e mesmo aposentado, gosta de trabalhar e tudo mais.A questão era realmente complicada e o vô começou a falar muitas infelicidades para a minha mãe e minha vó zilda, coisas como "eu não quero viver dessa maneira", "não quero ser um vegetal", ele ameaçou varias vezes de cometer suicídio. Percebi, que não era só eu que tinha essa tendência de pensar em se matar. Fico imaginando o choque que a família ia ter sobre mim. Eu pensei que ele estava se sentindo sozinho ou talvez do fundo ele meio que estava de saco cheio de muita gente que tinha que olhar em volta. Dois caras ao lado da sala dele, um deles com uma operação de tirar alguma coisa, os medicos de hospitais (principalmente públicos) possuem a tedência de ser um retardado de primeira classe e bastante indiferente com o pedaço de carne quase apodrecendo em sua frente. O médico do hospital mandou tirar uma peça errada do carro e sabe como é, tentou de alguma forma prevenir alguma cagada maior, e fizeram outra cirurgia com aquele pedaço de ketchup fora de validade e ele acabou morrendo de maneira gloriosa, com a cara velha de boca aberta saindo baba e a barriga aberta. O outro morreu de velhice mesmo, morreu muito bem pelo que falaram, ele não necessitava de nenhuma preocupação como ir do banheiro e deixou a cama cagada para a enfermeira que esqueceu de colocar fralda... Sabe, com coisas desse tipo que só me resta usar esse humor que eu tenho. Então voltando ao assunto eu pensava que o vô realmente deve estar triste de ficar sozinho e tudo mais, e as pessoas ao meu redor enchia muito o meu saco dizendo "nicolas não liga pra ninguém...ele e egoísta", e coisas obvias nesse tipo, com meu pai eu finalmente fui tentar ir ao hospital. As coisas não estavam ruins quanto pareciam, eu fiquei la na bombonierre esperando meu pai fechar e me levar pro hospital, e eu estava falando com marcos sobre as relações humanas, marcos era um homem de 60 anos,baixinho,rosto velho mais demonstra certa dose de"eu aguento essa porra". Marcos não e exatamente um homem culto e íntegro mais realmente sabe coisas da vida. Ouvindo ele falando parecia algum personagem de bukowski, sujo,meio perverso e rabugento,falando sempre com ele, eu vi a outra fase da velhice e eu falando sobre meu vô, e ele falou de relações sociais de hoje.
"A sua geração nicolas e uma prova de não conseguir ter relações verdadeiras, na minha época tinha a play boy e eu não curtia essa porra", fala ele dando pausa beber a cerveja, "eu dizia pro caras tomarem do cu e pararem de ver uma mulher e ir pro puteiro que nem eu".
"E agora as coisas mudaram?" perguntei pra ele só pra ouvir o que ele tem que dizer.
"Piorou ...agora vcs usam esse tablet e computador babando vendo uma mulher"
Meu pai já estava preparado. Me despedi do marcos, e fomos de carro para o hospital de São miguel, sábado a tarde era bem deprimente as vezes, estava toda cinza, não chovia, mas mostrava o tédio que são as rotinas dessas pessoas...a gente parou o carro no banco bradesco da avenida sao miguel, por não achar um lugar pra estacionar perto do hospital, e andamos até o hospital. Meu pai falou que não era complicado ir ate esse hospital, e não era mesmo, e tbm disse da situação do meu vô, "ele ja fez a operação, não foi tão ruim assim, ele ainda terá o figado só que por hora esta bastante frágil depois da cirurgia, e se sente um pouco sozinho com a vò zilda",do final de contas por mais teimoso que meu vô parece ser ele e um tipico e ate clichê de um sentimental, tem sim sua base racionaria que parece que as nossas conversas sobre o futuro sempre tem discordância. O vô waldo parece ser assim, mais e um homem caipira que foi pra cidade criar uma família e continuando a tocar musica de sua terra. João e mais racionalista, mas ambos são extravagantes. Se perguntar pra mim se meus avos são complicados, eu ia discordar na verdade. Pois, por mais besta que isso parece eles são homens simplórios em um mundo complicado, pois do final de contas o que importa? As senhas, as regras sociais, politicas, leis e tudo mais? As vezes, a simplicidade e a maior coisa da vida. Bom sem soar sentimental eu estava a visitar o hospital, parecia uma prisão ou um manicômio. Não era um lugar mal construído, e ate bem construido ...mas a alma era assustadora, e cinzenta, e triste com restos da cidade e do bairro de sao miguel. Entramos la, o horário era apenas de dez minutos,a tia de sei la onde acabou de visitar ele,andamos pelas escadas do hospital ,era o terceiro andar e chegamos la, meu pai guiou onde era o quarto dele, passamos por pacientes fragilizados,tratado de maneira delicado,a merce do que ira acontecer,o cheiro tímido de limpeza da cama suja de urina e tudo mais, e chegamos do quarto do meu vô. Ele estava sozinho com a vó zilda, a outra cama ao lado nele parece que o cara teve alta,eu beijei a minha vó zilda e cumprimentei o vô joão, eu olhei detalhadamente, quando eu vi ele eu pensava quantos meses eu não o via . Ele realmente estava frágil, magro mais do que o comum, a pele morena e cabelo grisalho ainda estava la com seu tipico rosto rígido e frágil, "oh nicolau já faz tanto tempo" ele falando com uma voz rouca e fraca e sorrindo, a gente, nos três falamos de muitas coisas banais da rotina ,eu apenas observei o meu vô que parecia desconfortável, falamos do trabalho da bombonierre, da minha mãe e sua empresa, e do tratamento do hospital e a cirurgia e tudo mais. Tbm falou do meu cabelo, passou o tempo e ele me despediu falando que da próxima vez que me visse ele quer que eu esteja de cabelo cortado. Bom a gente saiu de la, e ultima coisa que eu vi do corredor era um velho de cadeiras de rodas reclamando da fralda cagada, parecia um velho bem triste e esquecido por muita gente e talvez por algo muito pequeno, mas as pessoas consideram importante que e a consciência, essa luzinha que tenta colocar certas questões de certo e errado num porão escuro....

Um dia depois nascia o domingo,os médicos iam definir a alta de vô joão na terça e a gente estava otimista,quando eu vi ele daquele dia do hospital ele não parecia estar reclamando,mostrava paciência e tudo mais. A gente estava almoçando,eu estava tentando enfrentar a merda que e todo domingo,domingo e pior dia da semana, e ligou do hospital a vó zilda, ela disse que vô joão ja saiu do hospital, o que assustou foi que ela disse no final da ligação com meu pai "se ele quer morrer em casa que ele morra!", e desligou o telefone. Ficamos assustados com aquilo,demorou um tempo pra ela ligar,nesse tempo eu pensei que meu vô ia chegar em casa e ia se matar, pois não deu certo alguma coisa, ou bateu uma depressão. Eu tinha uma colega da escola que tentou varias vezes cortar o pulso, mulher bonita, melosa por seus sentimentos solitários, realmente era uma menina besta como muitas, mas tinha aquele ar radiante. Quando chegava no começo da aula ela parecia bem porque ela disse que aceitou Deus do seu coração e baboseira parecida, quando uma pessoa esta com uma vida de cu gostam muito de falar de Deus. Ela parecia bem, mas do outro dia ela se matou de maneira bem profissional, cortou os pulsos de maneira bem feita e deixou um grande plastico de piscina do chão do banheiro, para não sujar de sangue. Parecia uma suicida gentil, mas o que me chocou foi essas coisas das pessoas de fingirem que estão bem e sorrindo de uma maneira simplória e gentil mas da verdade elas estão ruins. Eu e minha ingenuidade pensava que só eu era bom nisso, quando eu saio da rua e a menina suicida e meu vô tbm, pareciam ser bons nisso com o resto do mundo.A gente esperou e esperou quando anoiteceu a vó zilda ligou e contou que o vô fugiu do hospital, fiquei aliviado e ate ri disso,pois se eu estaria do lugar nele faria a mesma coisa,pois fugiria de certas coisas ou iria embora, seria a melhor coisa a fazer.Ai disseram que meu vô e louco e tudo mais,que ele nao ouvia ninguem como sempre nesses tempos, pensei nessa coisa de realidade,de mundo que a gente participa,o mais normal de dizer e que esse lugar e estranho sei la ,so sei que me sinto estranho de andar nesses lugares,mais esse hospital,com essas pessoas parindo e morrendo, eu via da janela do quarto, tinha aquele hospital da avenida sao miguel,estava cheio,muita gente deve estar bem ruim,muito bebê deve estar nascendo,so sei que depois eu vi um cabeça de um pombo esmagado por algum pneu de carro,estava nevoroso demais com essas coisas e decidir ir pra casa e dormir.

Escolas

Bom o que dizer sobre as escolas?
Nesses últimos anos acabei de sair dela e, a maioria dos idiotas que estudavam comigo sempre falavam com o tom melodramático e nostálgico que sentem saudades de estudar na escola e tudo mais. Na maioria das vezes eu mandava o cara enfiar a nostalgia nele no cu, apesar de nesses tempos eu ter tentado  reencontrar alguns velhos amigos perguntado onde se meteram aquela gente toda, que a gente tinha que conviver. Alguns junto comigo estavam bem fodidos e com vidas que estão longe de serem consideradas boa. Outros estão com empregos comuns e banais e começando a concepção de ter filhos e uma mulher para ter como escrava de casa e do sexo. Coisas desse tipo. A maioria era isso, pessoas sendo pessoas, como qualquer outra, com a merda em suas cabeças, como qualquer outra verdade e que, independentemente da vida que leva,  não vai fazer nenhuma diferença para o Brasil e pro mundo. Ai eu realmente me pergunto o que a escola me fez de ser, algo tao bom, talvez nada, talvez com objetivos de muitos lugares que formam os seres humanos foi feito para que a gente se transforme num adulto chato, responsável e bundão. Eu com todos aqueles anos e tudo mais, preferia de maneira propositalmente imatura ser uma eterna criança, um peter pan... .uma pessoa que não cresce, e ficara que nem as outras. Isso me faz ate hoje ir a um psicólogo tentando entender o meu problema e tudo mais. Se eu tenho problemas eu não devo culpar ninguém além de mim mesmo, mas sinceramente a escola e esse mundo que a gente vive são bons lugares para uma pessoa ficar louco. Eu era uma merda total, sabe? Os professores, o coordenador, a diretora, os colegas, as meninas que estavam nem ai para você, e te trata como lixo, etc... Era um ambiente nem um pouco acolhedor, la você entrava nas salas e tudo mais e a sensação que eu tinha e que tudo que eu vivia era a mesma coisa de 50 anos atras. Nada na escola era novo, era uma venda de um mundo que pouco acolhia novidades, mesmo que tenha aulas de informatica, mesmo ensinando outras informações que são modernas, língua, simbolos, números, pontuações em contraste moderno e tudo mais, realmente a tecnologia avançou, mas na escola tinha a sensação da venda de um velho mundo com os mesmos tipos de ensinamentos, e com os mesmos tipos de pessoas .Tudo era controlado e feito em algo que era colocado como santidade: a moral do que é certo e do que é errado, do que vc tem e não tem que fazer, e isso não era aplicado apenas pelos professores, mais pelos nossos pais, nossos adultos, nossos futuros trabalhos e a escola era a base que tonha isso, a moral sempre e importante. Sobre nos os alunos bom sempre tinha panelinhas e coisas do tipo, pra mim era grande idiotice, mas do final das contas era difícil dizer como era a nossa situação, muitos alunos eram grandes idiotas, não era rebelde por não querer estudar ou coisa do tipo, eram mimados coisa que a nossa geração e bastante,eu e kawam, lucas e vitor eramos desajustados daquele ambiente, não sentíamos parte naquilo e os colegas e os professores sempre nos olhavam como pessoas estranhas. O máximo que achava que a gente podia ser quando adulto era ser alguma especie de louco, de bandido ou uma especie de assassino que entrara da escola com uma arma atirando em todo mundo, porque realmente a gente tinha raiva de tudo isso. Mas era difícil dizer como definia a nossa situação, devo lhe dizer que do final de contas estávamos bastante entediados, sabe? Não adianta, os professores nos mandavam para a gente ler as mesmas coisas de antes, mandava a gente ler Machado de Assis, Graciliano Ramos, poetas como Vinicius de Moraes e seu versos pretensiosos, coisas de Carlo Drumond, Azevedo eu gostava da escrita dele pois parecia irônico, triste e rebelde, musica sempre era bossa nova dificilmente falava de rock,tinha aluns professores que eu tinha amizade e gostava de rock mais o rock não e algo que coloca muito como ensinamento, se colocam e de uma maneira bem superficial,eu não estou falando que esse artistas eram e si ruins, mas a estética de muito que a escola considera arte eles colocam de uma punheta tao pseudo intelecto que se transforma algo chato,e pior: você não pode questionar. Ate hoje de minha vida pessoas olham pra mim e falam: "você e tao burro nicolas", por questionar certas coisas, da escola era essa merda toda,e eu era um belíssimo pedaço de nada atômico e ate hoje eu sou, eu tentei participar do conselho e debates intelectuais da escola mas, eu sempre achava aquilo besta,as pessoas eram idiotas demais da minha concepção,era uma racionalidade e conformidade incrível,da escola acredito que eu comecei a detestar as pessoas,eu só queria estar longe nisso tudo,as coisas boas era a revista da play boy que o lucas (o maior fornecedor de coisas pornos)  trazia e um binóculos, que a gente usava para olhar de perto a bunda de garotas com corpo de mulher, garotas da escola pareciam deusas, vagina era a coisa mais misteriosa da adolescência, mas as garotas eram cruéis demais, quem sofria mais era eu e vitor, eramos desprezados por elas, achava que a gente era uma especie gosmenta de alienígena, vitor alias, ele sofria muito com o passar do tempo, ele queria namorar, pegar alguém, na verdade ele queria ser encaixar naquele ambiente,queria ser descolado,eu do passar do tempo estava tao revoltado com todos que não queria ser nada que se encaixava ,eu aceitei que eu era um marginalizado ,comecei a embelezar a minha feiura, eu detestava todas pessoas e muita gente começou a desconfiar que eu tivesse ataque de fúria ou coisa do tipo, eu começava a maltratar todo mundo e tinha me desiludido com as garotas,talvez eu poderia ter namorado mas, eu fui rude demais com elas e tudo mais, as coisas estavam tensas. Eu brigava muito e sinceramente era a coisa mais legal da escola,eu brigava com muita gente,mais com todas elas era uma sensação estranha de cumplicidade,sobre isso tenho muitas historias mas o que comoveu foi o ultimo ano do aguiar, eu não ia pro baile ou merda parecida,a minha ultima aula foi de recuperação,eu ja me despedi de vitor, kawan e de lucas,prometemos entrar em contato isso não aconteceu e com o tempo a gente não se fala mais ,minha ultima aula foi de recuperação,e quem ficou de recuperação da minha sala fui eu e andre. Ficamos de recuperação em matemática e geografia, a questão e que não gostava do andre, a gente já brigou varias vezes,ele tinha a maria a garota mais bonita da escola e talvez do bairro de São Miguel, a gente ficou da mesma sala,as aulas a gente só xingava um ao outro, da ultima aula de recuperação tinha a prova final. Tenso a prova de matemática, a professora saiu da sala pra beber cafe e la estava nos dois,olhando olho a olho e saímos na porrada, só que foi tão violenta que não consigo dizer como foi, parece luta de vira lata louco, só que depois a gente estava caindo e nos espancando no chão, ele estava em cima de min me dando soco, minha cara estava um pouco fodida, mas ele parou e olhou pra mim com seus olhos vermelhos, a professora apareceu e nos interrompeu, fomos pra diretoria com a dona marta com seu discurso moral e tudo mais,ela realmente parecia uma velha mal comida que nem a mãe dela (a fundadora do Aguiar), e as tetas já estava caindo, do final das contas nossos pais foram buscar nos dois, na prova a gente foi bem apesar da briga, estávamos la na sala da diretoria e não falamos nada, mas andre olhou pra mim e disse "desculpe Nicolas eu sempre te tratei mal, mas a culpa era minha,você parece um cara estranho e sei la", eu disse "tudo bem Andre" mais ele terminou "não sei algo ta errado, a gente nunca vai ser amigos, mas não somos inimigos, porque a gente estava brigando?", eu disse "não sei, estamos putos, sabe?", ele com olhar de tristeza diz "sim...mais lembre-se Nicolas...o inimigo é outro, o inimigo é o outro". O meu pai chegou e nos cumprimentamos e meu pai abriu querendo saber o que aconteceu, eu contei a historia toda e tudo mais, mas eu não estava ouvindo o que eu falava e nem o que meu pai falava, aquela frase ficou da minha cabeça: "o inimigo é o outro...o inimigo é o outro", aquilo me marcou de uma forma difícil de dizer. Quem era o inimigo? A escola? O governo? Não...o sistema inteiro, as pessoas todas, a moral, o que ensinamos?Será nos mesmos os nossos maiores inimigos?Percebi que com o tempo era isso que eu queria ...eu queria entrar em batalha e buscar e namorar esse tal inimigo,mesmo que isso acabe me matando. Talvez isso seja uma das coisas que eu vi e queria combater da escola, mas não sabia como... so me deixou instigado, e acho que se eu faço poemas e pego a minha guitarra pra cantar isso é, de alguma forma, entrar em guerra, em batalha, foder, se estranhar, lutar com outros, com si mesmo,principalmente contra si mesmo.Talvez nessa historia percebo que o maior errante era eu,não por ser estranho,por não querer se encaixar,mais por brigar com pessoas que estavam com tanto medo e raiva quanto eu,mais esta a moral:somos apenas lutadores de boxe num ringue.
Pois a gente brigava,lutava contra nos mesmos,e não sabemos realmente porque de tudo isso.
Eu nunca soube,talvez estávamos bastante confusos e cheio de duvidas.
Percebo agora que eramos da mesmas geração,com os temores nos roendo e com as duvida do futuro.
Sem saber o que fazer com brasil e com as nossas vidas.
Sim,nossas vidas,talvez seja a unica coisa que importa.
Isso realmente devo para a escola.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Anjos de flocos

O sol despia-se
Visitava a tua pele branca
Tão bonito
Tão ingenuo 
Tão malicioso
Que eu morreria a tempos atras

Lá fora te imagino num bar
Com vestido vermelho e o cabelo negro de sempre
Esperando um cliente calmamente
Me vendo tocar numa banda de rock

E nas ruas de sempre
O teu rosto murcha e se dissolve
A cidade te suga pra mim
Só que despiu de uma maneira tão imutável
O doido e viciado anjo de flocos

Outra vez você queria sorvete 
De casquinha, tão delicado
Pedi apenas flocos, sabor doce de flocos
Sabe o flocos ...pedacinhos de chocolate com baunilha
Pernas e saias de flocos, calcinhas sabe-se de que
De repente eu tive aquela vontade estranha e maliciosa de querer flocos

Sabe se la vejo você rindo e me gozando
Zombando de mim enquanto eu choro
Fria demais como um soverte

Mas ja fiz isso de maneira estranha
Depois você chora de solidão e espera a chuva ir embora
Brincamos de dançar com o pequeno e louco anjo de flocos

A anjo de flocos...anjo de flocos
Que sabor estranho
Não sei se é amor
Ele tem olhos de chocolate corpo nu de baunilha
Mais ele se foi

O sol aparece mais forte 
Derretendo o anjo de flocos
E ela foi embora comprar outro sorvete de flocos e criar um anjo que era meu

Só vejo assim

Só vejo assim
Tão perto e tão longe as coisas que acontecem em mim
Como um soco que eu levei de um boxeador e me derrubou no duro chão
Um lixo jogado por mim entre os jovens das ruas
A merda de cachorro que eu pisei e limpei
As ruas onde estão as doces e loucas mulheres
Me levando a bons lugares e a lugares ruins
A multidão a qual pertenço
Os crimes que eu cometi
Os crimes que fizeram a mim

Os anjos vestidos de roupas, a se despir
Mendigos tragando últimos cigarros
Vendo belas mulheres de pequenos vestidos
E a cidade abre a sua carta postal
Com suspiros
Com temor
Com desesperança

Dê um beijo em um trem metálico à luz do amanhecer tardio
Indo tão longe....tão longe de mim
E pouca gente fala disso atualmente
Alguns apenas discutem grandes questões literárias, filosóficas e politicas
Evoluções
Satélites
Homem a lua

Mais poucos são os que falam de coisas como eu...e talvez como você
De vozes despedaçadas, fragrâncias de perfumes solitários
Fazendo um demente e triste uivo
Coisas solitárias que da louca magia da noite choram por todos sem nenhum motivo
Coisas que vejo acontecerem comigo mesmo

Mas sabendo que não acontecem apenas comigo

Amor de algo

Guiareis da cidade o redentor da chuva
Com frios sussurros e tristes lagrimas ele fala sozinho da rua como um louco poeta
'Um louco..como se não precisasse dessas pessoas', diz um velho
Ah eu falaria delas toda hora...
Como se fosse algo dentro de mim
Como roubar flores amarelas, sonhar sozinho não deve ter um sentido
Como comparar você a um raio de sol

Amor do tamanho do sol que se cruza em tímidas pernas
A menos que deixes cartas e saudades sem tamanho
Em meio aos gritos de crianças e sonhos de bêbados
Cobrirei a seda com o sangue da vitima

É que ruas assim são essas estranhas para se trassarem caminhos Eu, deitado da rua como um mendigo...
Sentindo-me sempre sozinho, choro, com a lua bêbada pra mim
Dentro dela eu ouvi um saxofone berrando suavemente entre os prédios 
Disfarçando as dores dos corações partidos
Beberei-lhe em goles loucos de rum... 

E me deixe assim mesmo Bagunçado e sem coerência
Eu tentei ser organizado a vida inteira e me dei mal
Falar e falar enquanto o silencio é o filho de minha solidão
Enquanto me imagino perdido nas angélicas noites e dias sem rumo
O que importa? Tanto faz...a vida e assim
Vamos viver

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O começo de novembro


Se eu uso drogas ...foi pra tentar ser como meus pais.
A esquecer de todos os meus sonhos profundos, e tentar ser um homem serio.
Tão lindo ser esquecido ou tão louco seja o meu monte,
Se tanto eu chorar eu procuro abrigo,
Se eu abraçar alguém...se eu beijar alguém ...

Foi pra tentar ter algum irmão,
foi pra tentar ter alguma irma,
algum segredo de algum olhos,
Deitado sobre o mar....fingindo as sereias me beijarem.

Mesmo que tudo acabe antes,
de um céu azul partido sobre os pássaros.
Estrelas a me esquecerem de novo,
Eu tento fingir ser alguém.

E já pules do remanso de dor  e beije o seu príncipe,
e fugir da estrada perdidas das noites.
Se eu abraçar alguém...beijar um beijo de minha vida.

Foi pra tentar ter algum amigo,
foi pra tentar ter alguma amante,
algum adeus mesmo fingido,
sentir um pouco de toda a saudade do mundo ...

Da tumba de um faraó ,e seu pó o que restou,
morto pela adaga de uma mulher partida,
gemendo entra a dor que espreita do peito.
A morte chega ..sem dizer palavras.
Mais vem e diga...adeus ao começo do que novembro foi ...



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Eu amo a vida mais não você



Sim eu amo a vida
A guerras de forças que a natureza tem
A chuva fria que molha e incomoda o meu corpo
As estações abertas para partir em outro lugar e outro espaço
Eu simplesmente amo a vida


Os corpos em suas naturezas
Os ganhos de arvores  em seu lado solitário e sombrio de alcançar a sobrevivência
Os bicos dos pássaros que berra uma canção que não conheço
E o amanha o tempo muda para outra chuva louca
Eu simplesmente amo a vida


Já não amo você  minha razão
Já que esquece em curto extensão de sopro do mutável morto
Eu amo o mutável
Eu sou anti socrates
Anti razão ....é só perceber

Vias ao levar de ventos os sonhos de sedas
Adegas de mulheres em suas solidões fantasmas
Beijar entre as areias e enterrado entre uma flor dos dentes
Sobreviver entre as lamas e dizer "foi um bom dia "
Precisa de algo mais?

São só as pessoas vendo eu brincando como criança entre as ruas
Rindo e chorando com tudo que se passa e se vê
Algum momento aparece alguém e diz"Alguém tem que parar esse garoto...precisa crescer"
E assim faz as pessoas
Eu amo a vida mais não você.você que esqueceu de me ler,que não quer saber de viver,você que dá motivo a tudo
E esquece que a coisa mais linda talvez seja ver um homem chorar de desespero e dizer"Nossa...eu me sinto tão pequeno"
Pois é assim que me sinto em relação a vida,e isso faz ela ficar tão bom

O mundo


O mundo é grande e vermelho bruto cor de sangue 
O mundo é azul de céu cheios de estrelas é azul de lagrimas 
Quando receber as rosas mortas em leitos de anjos  que se voltam em minha casa 
O fim do meio do começo e do fim quando chegar em minha casa  e meu tumulo de madeira 
E voar como um pássaro azul...como um pássaro azul...apenas voando como um pássaro azul

Lá se vai o soldado em sua guerra a beijar os lábios de sua beija flor 
A se separar do mundo,o mundo esta lá,você esta dentro e fora 
Eu choro entre os filhos de Ghandi e rio entre os filhos de cristos 
Em suas riquezas e suas pobrezas morreras sempre sozinho 
Quando receber  as solidões dos tempos em leitos de anjos que se voltam em minha casa 
O fim do meio do começo e do fim quando chegar em minha casa e do meu tumulo de madeira 
E voar como um pássaro azulo...como um pássaro ...apenas voando e delirando como um pássaro azul

Assim se faz todas as crianças morrendo em suas fomes 
Todos os crimes e apatias que aceitamos 
A ideia de nascemos e morremos juntos mais sempre estando sós 
Ao brinde de vermes e delírios....de chuvas golpeando os nossos rostos 
Correndo entre as ruas  sem saber porque a rotina nos deixara 
E é assim que o mundo  é e sempre vai ser 
È assim que o mundo é e  sempre vai ser  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Diario de viagem parte 5(a primeira cidade sem saber o meu nome)


Pensei do que aconteceu nesses poucos dias e é difícil dizer
A pessoa que estiver lendo isso vai achar algo realmente estranho e pretensioso
A vida simplesmente era assim?De arranjar novos amores da vida e partir novamente?
Eu paro a estrada e chego numa cidade próxima para colocar mais gasolina
Eu coloco por min mesmo(os poucos atendentes estavam meio preguiçosos ) e pago a gasolina e compro o refrigerante e bebo olhando para essa pequena cidade
Era realmente pequena a cidade,eu descendo a serra eu quase não vi ela,nem parecia uma cidade
A cidade tinha "centro turístico"apenas um corredor onde eu estava com o posto de gasolina,lojas e bar,em volta dos corredor tinha algumas casas ..poucas moradores da tal cidade
Eu queria ficar em algum lugar só esperando alguma coisa,me sentia meio cansado da tal viagem e vejo um velho bar e entro o bar estava um pouco vazio ,poucas pessoas,a maioria velhos
Fico do balcão e peço uma cerveja o balconista me deu e perguntou porque eu estava aqui
Eu disse que estava viajando,ele disse pra onde ...e eu disse que não sei onde eu tinha que ir
Ele achava que eu estava louco"Você esta perdido?"eu disse que não e contei toda a minha historia

"Você esta louco garoto..e os seus pais?" ele olhando seriamente pra min
"Eu avisei pro uma carta...sou de maior e tudo mais...eles vão ficar bem,só acho que talvez eles acham que eu nunca vou falar com eles"
"Você nunca vai falar com eles?"
"Não sei...eu realmente não sei...espero que sim ...eu planejei a minha vida toda hora e tudo saiu perfeitamente...mais agora cansei nisso"
"Você largou a faculdade e um emprego promissor?estava fugindo nisso?"
"O que eu estudei nunca queria de verdade,só que os meus pais sempre me deram pressão,quer dizer o mundo sabe?"Percebo que ele era o cara que estava ouvindo a minha historia,talvez a primeira pessoa que eu digo isso
"O mundo..."
"Eu não quero fugir de responsabilidades sabe?mais não acha que a rotina,o trabalho,os nossos meios e desculpas que estamos fazendo isso pra comprar um carro ou coisa do tipo tira o prazer de viver?eu não sou vagabundo,só que quero trabalhar com prazer,com simplicidade ,o trabalho de viver,de ter a liberdade,mais talvez tenha razão,eu estou louco...mais sabe como é...só temos  um mundo e acho que podemos fazer de tudo...é unica alternativa de viver.."
"Mais não tem medo de se perder?"
"Acho que sim...mais é a primeira vez que eu me arrisquei..."

Conversamos por mais tempo com o bar meio vazio,e ele falava sempre  com o relacionamento com meu pai ,parou de me julgar e apenas me ouviu do final disso ele diz olhando para o copo lavado"Você deve ter razão meu filho"
"Mais você me achava louco..."
"talvez seja...mais o que é a vida sem loucura?agora percebo isso..."
E ele conta a sua historia,conta a historia nele e nessa pequena cidade chamado esmeralda,criada a 50 anos atras,ele disse que fugiu de são paulo(que nem eu)e queria viver uma vida próxima do rural e que tivesse calma,a sua mãe faleceu e herdou um pouco de dinheiro e ele comprou um terreno e teve esse bar ,por 50 anos estava aqui com o nascimento da cidade,com algumas lojas e postos feitos e minas de carvão,a cidade entrou da falência e ele e poucos centros comercias sobreviveu,a cidade diminuiu de população e ele e alguns amigos sobreviveram os restos apenas lamenta
"Sabe... o tempo as vezes é longo demais..."ele fala isso e apresenta os seus amigos das fotos,homens comuns com vidas comuns,alguns morreram de fatalidade ,outros de crimes e outros por qualquer coisa
"Ha...aquele cara...que cara engraçado ele era..."Falava ele com único cliente do bar
"Oh as festas daqui,as baboseiras e tudo mais ..."
De repente pra min (eu do estado de sonho da estrada )olhava do bar que estava tocando musica country como jonhy cash e olhei pelas mesas todas cheias de vida,pessoas gritando,chorando e sei lá mais o que ,alguns dançavam,ele apenas ria comigo,alguns reclamando dos chefes depois do trabalho
Eu do meio do bar e ele continuando falando víamos do chão e imaginávamos as danças,as magias e coisas loucas da vida só que agora desaparece junto com o tempo
Ele meio triste fala"Pois é ...é isso filho,acho que você tem que fazer isso mesmo,eu só fiquei num lugar e você vai estar em vários..."
Eu apenas fiquei quieto e ver a melancolia do homem "Mais a vida vale a pena..."
"Sim deve valer,mais acho que desperdiço um pouco"
"Eu queria ter uma vida cheias de memorias"
"Ah as memorias..."Diz ele olhando pro teto e novamente sonhando"E suas linhas trágicas" falando como um poeta
Nos abraçamos e dissemos até mais,eu prometi a min mesmo que voltaria aqui falar com ele
Ele diz "Até mais....espero que tudo dê certo" e tive um novo amigo
Voltei da estrada e vejo ele se despedir,voltando pro bar
Aqui estava o que eu vi agora:o estado puro do tempo,deve ser assim que o tempo vai
Como se cada segundo fosse importante,até o sua gloria e sua tristeza...o tempo vai e nos morremos sem saber porque da vida
Até mais meus amigos das fotos,atendente do bar e outras mil historias que ouvimos,talvez falar por nossos netos bestas,talvez guardar pra nos mesmos do leito da morte"Eu vivi" ou "Eu deveria viver mais"
Novamente eu tento não olhar pra trás mais eu olho e fico com a tristeza do homem do bar
O tempo atrás se foi e nenhum passageiro ficou a filosofar apenas os velhos esquecidos
Passageiros com rumos distorcidos,novamente olho pra trás e choro pensando do que vou ser....daqui a pouco eu estarei louco por andar nessa estrada livre...
(continuação)