segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Deixa pra lá.(Livro 22)




Bom,hoje eu vi uma antiga amiga da escola.O nome dela era Caroline,e ela tem a mesma idade que eu.Ela me encontrou do meu trabalho,falando o quanto a crise econômica esta fodendo com o nosso pais.Ela não consegue arranjar emprego,e esta tendo dificuldades da faculdade de historia."O meu professor fica o tempo inteiro falando sobre o Temer...".

Ela diferente de mim,possui um facebook cheio de amigos,e a maioria nesses amigos são pessoas da qual fez parte da nossa antiga escola 5 anos atras.Sim,sim...já faz 5 anos que eu terminei o ensino médio.Caroline diferente de mim,sente uma saudade,uma nostalgia dos velhos tempos."Se eu pudesse,eu voltava do tempo.Daquela época,as coisas eram mais simples", fala ela com uma voz melancólica.

Ela falou pra mim sobre o pessoal da   nossa sala.A maioria esta casado e com filhos.Isso é natural,as pessoas estão casando cedo demais segundo a minha mãe. Até o meu velho parça Alex se casou.He...eu achei engraçado.Ela me mostrou a foto dele se casando com uma mulher bonita,ele estava gordo e feliz.

"Bom,ainda restou eu e o Marcos como solteirões" eu disse pra Caroline.Eu ,Alex e Marcos...a gente tinha uma banda da nossa adolescência. Agora essa banda não existe mais,talvez seja tolice acreditar dos sonhos. Calorine ri da minha cara e diz que eu devia logo arranjar uma pessoa.
Eu apenas afirmei que nunca teve sentido arranjar uma pessoa pra completar a minha vida.Talvez eu sou anti social demais,e as pessoas ficam de saco cheio de mim facilmente.

"A solidão é a minha melhor companheira Caroline.Me sinto melhor sozinho."

Ela riu novamente e disse que talvez eu morra sozinho.Hum...talvez ela tenha razão.

Depois disso ela foi embora e disse que ia entrar em contato comigo.

Eu apenas disse "Ok. Até mas Caroline",e ela foi embora.


Bom,depois disso eu fumei o meu cigarro e mandei brasa  da estrada.Eu olhei pra trás,e refleti um pouco sobre essa conversa que eu tive com ela.

Eu fiquei me perguntando"Sera que eu vou morrer sozinho?Sera que eu estou  atrasando a minha vida?".Bom,se eu não fosse escritor,eu não teria esse tipo de dor de cabeça.Eu poderia ter arranjado uma garota legal,ter casado com ela e ter alguns pirralhos.Eu poderia ter feito a prova do Enem,mas não fiz por simples desacato ao futuro(e também pelo fato de eu estava escrevendo o meu novo livro de poemas que é esse aqui.).Eu poderia ter outro tipo de dor de cabeça,uma dor mais passageira alem de pensar se é possível fazer arte aqui nesse pais,ou se eu realmente tenho talento,mas sinceramente eu não sei responder essas duas perguntas.As vezes eu acho que a minha escrita é retardada demais:ela possui vários erros ortográficos,possui varias pontuações equivocas,e o mais importante...eu não sei se eu escrevo sobre coisas interessantes.Eu falo só sobre a minha vida,e não se isso é interessante.As vezes coloco algumas fantasias dentro nessas palavras,mas toda essa merda é inspirado da realidade em que eu vivo .

Bom...mas quer saber?Eu vou seguir o conselho do meu velho parça Kurt Cobain:Nervemind.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Mais uma vez.






O beijo ecoou
dentro da melodia metálica do seu carro uivante.


O Robin Hood roubou
os sonhos pessimistas dos românticos.

A Cinderela chorou
quando o seu castelo pegou fogo.


A minha Flavia ousou
em cruzar aquelas pernas grossas e gostosa,enquanto eu via o sol.


O sol cinza madrugou
tentando de alguma forma transar com a chuva que a tarde vomita.


A minha nova idade chegou
enquanto eu tentava secar as lagrimas de minha alma.


E mais uma vez
retorna
aquela dor
universal e patética.




Oh sim,todas as igrejas queimaram
todos os santos morreram de melancolia ou embriaguez.

O teu olhar guardou
as mortes de todas as crianças dementes e retardadas.

Os pássaros ousou
em voar em cima desse céu cinza e triste


e Mona Liza chorou
enquanto tirava lentamente a sua roupa de seda.



E mais uma vez
retorna
aquela dor
universal e patética.


O poema se rasga 
entre os pulsos  do suicida 


A morte se proclama dentro 
dos lábios dos assassinos


A cor negra se expandi 
dentro dos corações da cidade 






E mais uma vez
retorna
aquela dor
universal e patética.

E mais uma vez 
retorna 
aquela chuva 
cinza e fria 

E mais uma vez 
retorna 
aquele abraço 
frio e patético 

Mais uma vez 
retorna 
aquela memoria 
morta 
e estupida 
da alma. 


Viva!
Viva!
Viva!
A morte da Alma!
A morte da Alma!
A morte do homem!
Viva...


domingo, 13 de novembro de 2016

Lua(de cristal )




Ele toca o seu pequeno violão
aprendendo de alguma forma a olhar o rio tiete.


"Oh,olhe pra essas pessoas tristes e solitárias navegando sobre o rio
tenho dó nessas pessoas "

E ele fica lá sentado da lua
observando o mundo cair em pedaços.


Ele toca o seu pequeno violão
aprendendo de alguma forma tocar os primeiros acordes menos


Ele diz
"Oh,olhe só pra esse la menor.Eu não consigo toca-lo,é um acordo triste demais."



E ele fica lá sentando da lua
observando o mundo cair em pedaços.



Oh e claro
os acordes menores são tristes demais.

São tristes demais para contar uma mentira
ou uma verdade

São tristes demais para você descer até a lua
e nadar do rio tiete junto com os ratos.