domingo, 29 de janeiro de 2017

Esquecido.





Da linha de frente
esta nítido o quadro horripilante do homem:

Ossos mortos
E cinzas
Dançando loucamente
para a santa puta da morte.

Os velhos  parceiros
agoras são velhas estatuas
tentando deixar para o mundo
uma partida lagrima esquecida.

Só que a lagrima cai sobre a terra de lama

E tudo se torna esquecido... 

Tudo que é vivo se torna esquecido. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A cidade me engole mais uma vez.







A cidade me engole mais uma vez.Mais uma maldita vez.Foi hoje de manha,quando eu acordo e penso o que eu posso fazer por hoje.Eu coloco o meu sapato marrom e pergunto como vai ser o dia de hoje.Claro,claro,o sapato me responde:vai ser um dia sem novidades,sem novidades.

Eu pego o meu antigo Cadillac e fumo o meu cigarro partido e sujo.Eu ligo o radio,eu tento ver qual estação de radio possui uma musica que pode ser decente.Nada,nada,nada,apenas lixo,assim como as ruas nessa cidade.

A cidade me engole mais uma vez.Quando eu vejo os aromas das minhas ruas da minha querida cidade natal que agora esta dominada pelos traficantes locais,putas com dentes amarelos e cafetões malandros.Assim como cada esquina soa um som de funk,onde a gente sabe que as mini putas vão rebolar os seus traseiros,e os pedófilos estarão da próxima esquina esperando por mais uma diversão perversa.Assim como eu sei que cada som de Rapp é uma pseudo som de uma pseudo salvação,como a vitimização sagaz de toda uma geração de bunda moles e veados.E eu fumo mais um cigarro,mais uma salvação,mais uma perdição.


A cidade me engole mais uma  vez.Sim,assim como todos os santos choram em suas torres de marfim,todos os messias somem como heróis perdidos,solitários e desiludidos.
Sim...sim...
A cidade me engole mais uma vez...

mais uma vez...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Radio 22.5(FM)





Obs:esse  poema foi tirado do meu novo livro de poemas "22"(link do livro online:https://www.widbook.com/ebook/untitled-24f1dmjq5mzix)



Da rua Flamingo 
teceu a chuva de neve  
inaugurando o vascou espetáculo que é 
os momentos das nossas loucas vida passadas.

O Radio esta ligado 
com alguns ruídos nítidos 
porem a gente ficava fascinando com isso 
pois sabemos que a musica ia em um lugar longe. 

Em um lugar 
que em vez de tecer a neve 
tece a chuva gélida e cruel. 
Porem deve ser um lugar muito parecido com o nosso.


O som da canção é triste e melancólico 
porem universal. 

Era uma musica country
de um cantor que eu não sabia o nome. 

E aquilo foi a primeira vez da minha vida 
que eu entrei em contato com a tristeza do homem. 
E não sei porque...
mas eu achei aquilo lindo 
e sofrível.

Pois eu sabia que um dia eu iria ficar tão triste quanto o cantor da radio 22,5. 
E espero que um dia eu consiga fazer uma bela canção triste. 





quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Canção de Ninar.








Eu tentei roubar as asas dos teus anjos
Para voar até a lua
lua cheia

Não consegui e então eu apenas chorei
que nem uma criança boba
e triste.


Dizem que os sonhos são todos tristes
pois você não consegue realizalos
e tudo mais.

Mas eu quero lhe dizer que me sinto trise
mas não posso desistir de voar até
a lua...


Eu tentei roubar os choros do teu rosto
para fazer você sorrir
que nem uma doce lua.


Aquela lua bonita e branca
que faz a noite ser uma luz
de esperança...

E agora eu vejo  com clareza
que eu preciso lhe dar um pouco
de escuridão.


Pois agora é a lua cheia
e tem que brilhar
pro ceu escuro e sombrio...

Eu tentei ir em varios lugares
buscando sempre alguma coisa

Mas agora eu percebo que as coisas boas
estão pertos de mim
e eu nem percebi.

Coisas
Coisas
Coisas como você.

Minha doce
Luazinha
Minha doce tristeza.


Eu
entregaria
todas as minhas rimas tolas.


pra te olhar
pra admirar a sua beleza lunática...

Seios(Nus)






Da varanda de minha casa
eu vejo você nua.

Com os peitões pra fora
mostrando toda a sua riqueza.

Você estava se olhando do espelho
vendo o quanto é o grau da sua gostosura.

Porem do seu olho esquerdo
cai uma lagrima de anjo redentor.

O teu seio se torna flor.
O seus lábios se torna primavera.
E o teu rosto se torna um mar de estrelas.

E eu apenas estou aqui
observando a sua nudez explicita.

E eu apenas estou aqui
observando a sua ponografia romântica.

Eu  
           Imagino
                            Loucamente
                                    E     Timidamente
                                                               Que você esta montando do meu pênis
                                                                                                      E Gemendo com uma voz potente.



Só que Deus sabe
que somos idiotas e tristes demais pra fazer isso.

Eu sou tão idiota
que tento pensar que uma transa contigo é possível.

Idiota a tal ponto
que  eu não sei o que fazer quando vejo você nua.

A não ser incendiar
o meus desejos explícitos e furiosos.

Oh mas tu se move lentamente
Como uma louca cobra.

Seguindo uma melodia lunar
Que mata todas as estrelas virgens.

Seguindo uma  melodia singular
Que silencia todos os sussurros dos suicidas.

Você
esta apenas aqui.
Chorando como um anjo

Se vendo do espelho
com a falha tentativa
de achar um sentido
de um mundo
que não aparenta ter sentido.


Oh Baby!
Oh Baby!
Eu vejo claramente o seu horror!

E eu queria tanto te foder
para ver se eu posso te salvar

e me salvar...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Loucuras Pararelas.





Eu queria apenas desabafar mesmo meus amigos solitários. Acredito que os meus sentimentos de tristeza seja universal e  humano.Claro,claro...tenho medo de que tudo que eu escrevo é apenas uma lente   que reflete pensamentos e sentimentos de um babaca solitário. Talvez eu ache que eu sou interessante demais,talvez essas escritas sejam reflexo do meu rosto narcisista.
Mas espero mesmo que esse texto seja enviado do espaço,das fortalezas irremediáveis do tempo e do mar do infinito,só que sei que tudo isso sera esquecido,por mais que o meu romantismo transborda todas as minhas loucas palavras.Tudo isso sera esquecido.


Então,com certo tom de tristeza e saudade,convido todos vocês para um dança dentro nesse funeral citilante,onde as estrelas não ousam desobedecer a noite.Onde Deus não ousa tirar as nossas tristes liberdades.Onde o amor não tenta (por hora) partir os nossos tristes corações e a tristeza não tenta invadir as nossas casas desoladas.

Agora apenas resta os suspiros,as palavras,o mundo visível e bruto.As estrelas loucas que nos fazem dançar sobre as melodias da esperada morte.

E todas as passagens que eu vejo são memorias extraídas da minha mente solitária e fugaz.


A tristeza
corroendo
a cor
cinza
da saudade e da memoria.

E a estupidez
contemplando
a animales
ruidosa
do homem e do tempo.


O espelho agora esta quebrado.A dança agora saiu do compasso.Tudo é ruinas,medos,temores,raiva e niilismo. Matei tudo e deixei apenas as cinzas de minha vida e morte.


E agora estou aqui,deixando essas paginas declararem a minha morte,a minha ruina,o meu vazio,a minha tristeza.A minha decadência.
E a redenção?Apenas o fracasso.O doce e cru fracasso de tentar mostrar um reflexo limpo
através de um espelho quebrado
e fragmentado.



Mortos.






Os mortos
Eles estão por ai cara.

Mortos
pra caralho
andando entre todos os lugares.




Os rostos
são apáticos
e frágeis como vidro.

As vozes
são tristes
e monótonas pra cacete.


Até mesmo o sol
esta mal iluminado
e cinza.


Os prédios
As ruas
As cidades
As lojas de roupas
Os carros
Os tiros dos soldados
As melodias dos cantores MPB
Os bares das esquinas de São Miguel
O trem das 11,das 12 e das 13
As casas
As putas




E
eu até acho
que eu estou morto.


Morto o suficiente
pra viver.
Morto o suficiente
para suportar a dor.
Morto o suficiente
para amar.
Morto o suficiente
para terminar algo
que nem esse poema triste
e vazio.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O Abraço(ou a partida)






Acredito puramente do pessimismo.Sou pessimista mesmo.Da minha visão,todo que ocorre nesse mundo é um conjunto de incríveis e trágicos acidentes.O acaso é o  improviso do Jazz e da vida, e tudo é acidental. 
Uma vez,você me perguntou com clareza das coisas que eu mais gosto.Eu disse que da chuva,pois a chuva cinza de SP sempre me mostrou o infinito mar de tristeza que SP mostra pra nos.A chuva esta solitária,as pessoas estão com medo de pegar gripe e as ruas estão vazias e escorregadias.A cor cinza dos prédios,das ruas,das calçadas e de alguns rostos estranhos transparece um mar de melancolia que se parece com o meu...o meu maldito rosto.Essa identificação emergente e necessária,faz eu amar as chuvas cinzas e violentas.

E hoje esta chovendo,que nem um clichê,que nem uma espécie de pieguismo idiota escrito por um roteirista medíocre da vida.Dizem que Deus é o tal roteirista.Dizem que é ele que coloca os espaços,as virgulas,as acentuações  e o derradeiro ponto final.Mas acredito que não,as vezes a gente que é o roteirista.
Você Gabri era a minha busca,agora a minha perda e redenção.

Assim como a água da chuva que vai cair do rio Tiête e será esquecido pela finitude de minhas lagrimas e de minha saudade eterna.Você não morreu,você não faleceu.Apenas foi embora,como mais uma personagem coadjuvante estrondosa que rouba a cena de um filme.Dando o brilho e a adrenalina que o protagonista do filme estava ansiando e desejando.

Você Gabri foi umas das coadjuvantes que roubou o meu posto de protagonista até mesmo do meu próprio filme,já que você foi o centro do meu filme já faz um bom tempo,independentemente se o meu filme foi escrito por deus ou por partes de mim.

Algo da sua presença alivia  a minha solidão e dá um egoísmo cretino de ter o seu vicio,o seu corpo,a sua mente,e os seus lábios. Principalmente o contato dos seus lábios.

Como eu disse do começo...eu sou pessimista.Acredito puramente que a vida esta cheia de desgraças e maldições aleatórias,e que o ser humano é puramente um triste e irracional animal que tenta carregar tolamente todo peso do mundo,como se o peso do mundo fosse um cadáver funerário que esqueceu de entrar do próprio tumulo.

Porem,devo lhe deixar essa carta pra ti.Pra você ler em qualquer lugar ou em qualquer momento de sua vida.A mensagem é explicita e nítida:você é uns dos meus milagres da vida,e é por isso que você é tão bonita.Pois nesse mundo cheio de chuva cinza,pessoas pobres,violência e coisa horríveis...você é uma imagem clara de beleza,delicadeza e salvação.Mesmo que essa salvação seja por um tempinho,mas acredite,já é alguma coisa.

Eu nunca demonstrei isso e nunca lhe dei o merecido,o presente correto,talvez por causa de uma arrogância premeditada sobre o medo de amar e bosta do tipo.
Mas não sei,a ultima vez que eu te vi(e você não me viu) foi do Shopping  Aricanduva,da praça de alimentação,e você naturalmente estava triste.Não acredito que seja por causa minha,deve ser por coisas mais profundas ou rotineiras da sua vida atual,alguma chuva cinza sem identificação lógica ou sentimental.
Estou lhe dando essa carta como manuscrito de que a sua importância é valida e especial,e que sempre vai ter pessoas que vão te amar.
Eu de alguma forma te amo,pois você esta sempre das minhas memórias como manifesto do passado e das coisas boas que eu passei.Fazendo com que o meu  filme tenha oportunidade de ter momentos de aventuras.
Lembre-se Gabri:você é linda,você faz a vida das pessoas serem lindas,e não...não se esqueça nisso.

Não é um texto literário ou poético.È apenas um depoimento e desabafo.Eu sei,eu sei...não é a pretensão que eu nunca tive ter,mas as vezes eu sinto a necessidade de ter palavras sinceras e cruas como forma de retratar a beleza,a vida,e ...o amor.