quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O que será?

O que será que ele esta pensando?
O que será que ele esta olhando?

Será que ele se importa?
Será que ele consegue salvar?
Será que ele é mesquinho? Covarde? Hipócrita?
Ou que
Simplesmente esta dormindo depois de um longo período de trabalho?

Simplesmente
Cansou
De nos olhar?

Vendo
Repetidamente
As velhas revoluções
E os velhos erros?

Oh, onde você esta?
Sim, onde você esta?

Será que você está aqui?
Será que você está aqui?


Nas cidades
Nas florestas
Nos remalho de cavalos
Nos velhos campos ordenados por fazendeiros
Nos doces rios que amamenta as ovelhas?

Você está comigo ...
Está com os olhos lacrimejando
Está nos observando?
Está cantando e ouvindo as orações daquele velho e solitário mendigo da esquina?

Você ainda nos observa?

Por que as vezes eu sinto que os aviões não poderiam ter pernas?
E que as estrelas invisíveis existem por um acaso?
Por que eu acho que marte esta escondendo velhos astronautas?
E que o sol de ontem era mais amigo que o sol de hoje?

Por que eu me sinto feliz quando ando sozinho no jardim do hospício
Invés de amar a solidão do deserto?

 me digas
Onde você está?
Onde você se revelou?
Onde você nasceu ou ...simplesmente tentou nascer?


Talvez pra tú não tem começos
E nem fins
Mas por que então criou um mundo onde tudo começa 
e acaba?

O que você está criando agora?
Que infinito você está aprofundando?

Oh...meu amigo...
Eu não sei de nada.
De nada mesmo.

Só sei da cor dos olhos daquela velha bruxa
Enquanto ela estava olhando da lua
Morrendo queimada...

Vendo o horror do homem
E o mistério formidável de tua celebre figura...

Histórias e sublimes
Levando-me longe
Eu vejo as historias.

Eu vejo
O começo dos tempos
E o ápice do fim dos homens.

Vejo as inúmeras quedas
As repetidas doses de frutos caídos da arvore de Éden
Os repetidos soluços de crianças solitárias que estão andando ofendidas por serem desprezadas 
E naturalmente
Vejo com vigor
O ápice das indiferenças
E as consequências disso.


Eu vejo a eterna dor
Implantada dos olhos dos marinheiros que acompanhavam Moby Dick
E a eterna danação Dantesca
De perambular dos infernos solitários que os bares me deixou...

Assim, como vejo
Vários homens presos a latas de metais
Vendo aquelas loucas putas mostrando as grossas pernas
Ao som de um jazz solene e melancólico...

E vejo com tristeza
A morte solene do meu neto trancado num hospital olhando pro rosto da mulher da vida dele
Assim como eu sinto
As ultimas músicas tocadas do mundo
Os últimos abraços feitos do mundo
As ultimas pontes quebradas pelos ventos proferido por Moloch
E os últimos olhares lacrimosos dos amantes ....

Vejo o sublime do ato
De tentar sangrar
E ao mesmo tempo sorrir
Pelo prazer de ver uma rosa perdida
No mar de concreto...

Um olhar
Mesmo infantil e ridículo
De um anjo solitário
Andando das eternas fileiras de esfomeados
E Reproduzindo a valiosa moeda da compaixão...

Ecoando
As canções de ninar
Para os olhos dos homens tão perdidos e loucos quanto
Eu

E vendo que
Ainda me enforquei
Apesar de que depois
Eu sai da arvore para beber um suco de maça...

Sim, aquele suco de maça que Juliane fez
Enquanto eu ainda me sinto preso graciosamente aos olhares do sol
E aos abismos infinitos que esconde a imensidão do mar...

Enquanto brevemente sinto
O êxtase do teu corpo saltitando
Enquanto sorrio timidamente pensando como uma coisa tão bela
Pode afetar um monstro tão imperfeito? 

domingo, 23 de dezembro de 2018

O Demônio de meia-noite.



Pode fugir
Pode correr
Mas o demônio de meia noite vai te pegar.

Ele vai até você
Com um sorriso icônico
Querendo comer as suas tripas...

E não adianta chorar
Ou chamar por Deus
Deus esta morto,ou simplesmente desistiu da gente...

Vivemos aqui,meu garoto
Vivemos aqui,meu garoto
Uma cidade abandonada pelos Deuses e anjos
Uma cidade onde os nossos demônios estão as mostras
E os nossos pesadelos estão andando por ai,como um maldito político.

Armamos as nossas munições
Rezamos pela morte
Mas sempre caímos
Sempre ficamos
Nesse beco sem saída
Nessa rua sem esquina
Nessa vida triste e cretina
Nessa condição eternamente maldita...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Qualquer coisa.






Existe a miséria 
contida em nossas vidas.

Mas me diga algo 
que homem grandioso pode decorrer a esses vícios? 


O homem grande não fuma 
não bebe,e nem trepa 
pois
Ele morre em nome do bem. 


Mas a gente,bom,estamos condenados 
somos filhos do blues,e choramos a noite. 


Dormimos bem, 
as vezes a insonia aparece,mas vestida em sua seda vagabunda... 


Pois ainda existe algo 
algo acesso,um fogo triste,filha bastarda da escuridão... 


Mas sim,somos assim 
Ficamos tristes por qualquer coisa. 

Felicidade? 
Uma boba brincadeira. 

Ela é cara 
e lhe dá pontapés toda hora... 

Mas tudo bem,tudo bem meu amor 
a vodca ainda não acabou 
e o mundo é um lugar miserável mesmo.

Ainda existe...




Ainda existe esse sentimento
de que tudo esta em minhas mãos.

A chuva que te beija
ou a visão de um anjo embriagado.


Ainda sonho com o mar
imaginando a eternidade.


Mas do fim,existe apenas
a ultima dose de conhaque...




Vejo amigos indo embora
restando apenas os meus inimigos.


Mas veja,Moloch esta aqui
e trouxe flores pro meu tumulo.

E um triste burro ira me carregar
no meio das vaias e das indiferenças

Mas do fim,existira apenas
a ultima gota da chuva...
.


Ainda vejo a tua sinfonia
oh,mas que bastardo é  essa ideia!
De criar coisas que ninguém ouve
mas que no fim,você necessita.


E ainda existe esse(maldito)sentimento
de que as rosas irão chorar.

De que a tua Sônia realmente existe
e que os teus pés é feito do paraíso.

Mas no fim,o inferno é um prático lugar
que ouso sempre fugir...

Mas no fim,existe apenas
essas pequenas obsessões...



Serei um homem,fardado ao finito
mas isso não é nada demais.


Somos tristes por viver
e não por morrer.

Então,minha querida,vende para mim
uma última ilusão...

Diga que me ama
e que não estou sozinho...

Escrevo.





Escrevo 
pois não há nada a se fazer. 



Qualquer tipo de festa foi jogado fora,
a considerada redenção é apenas uma triste mentira. 


Nas ruas,existe apenas os pequenos infernos 
compartilhados em número gigantescos... 

e no meio de tudo 
eu escrevo 
pois não consigo me salvar. 



Fico entre os bares,entre os becos sujos 
pois não consigo encontrar a salvação... 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Destino cego,e os seus padrões.



Os jogos das Moiras esta inerente ao estado do mundo.Fica-se presente o estado absurdo existência,quando o Destino e as correntes da vida demonstra uma cegueira aparente.
Você pode ser gordo,magro,bonito,feio,que a condição da tragédia esta presente em todas as faces do mundo.
Não importa o que você seja,as moiras desenham o destino cegamente,com linhas tortas, fazendo com que qualquer um tenha a gloria de se ferrar.
Alguns se dão bem,outros não.Não trata-se de um cenário construído por um senso de controle. Único senso que existe é o caos,e nada mais.
A vida é boa,mas é injusta mesmo,mas não culpe os Deuses por isso.A justiça aparente esta na própria aleatoriedade mesmo,e na Madame Morte , esperando a gente  no final do corredor.

E a cegueira?Apenas define esses tristes padrões.E no meio de tudo isso,esta o choro,o canto dos cines,e homens se transformando em cinzas.

Possui a doce ilusão,de que a ordem vai chegar,pois o Rei Louco esta morto,e o" feitiço" acabou.A cabeça de Macbeth foi amputada,mas a ordem não chegou
e nunca vai chegar.Pois do fim sempre existira pessoas como Macbeth,sempre existira as paixões,os Eros,e as Moiras,desenhando tudo,mostrando as nossas piores fases,e revelando que por fim,estamos no mesmo jogo,onde é difícil encontrar um real significado...
Por que?
Simples,somos cegos,assim como o Destino.Somos crianças com senso de falsa esperança.Achamos que fugimos do escuro,enquanto a dura verdade é que o escuro esta ao redor de nosso planeta,e respectivamente,do nosso mundo. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bom dia Tristeza.




Eu estou aqui
esperando alguma coisa.


Mas veja,o vento apareceu
a janela se abriu
e a Tristeza retornou pra me visitar.


Ela,despida
nua,linda de morrer...
vai até a mim
sem nenhum tipo de medo.


E eu falo
"Oh!Bom dia Tristeza!Como vai você?"

E no fundo,ela não precisa responder

e nunca precisará.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Sonho(Pesadelo).



Sonho com flores desmanchadas
em cima do meu telhado.

Sonho com vozes ecoadas
no beco do crime,onde as coisas terminaram.


Sonho com as pernas de Afrodite
e o teu beijo andaluz cruzando a esquina.

Sonho com Kerouac,os reis dos tristes
bebendo uma breja por minha conta.

Sonho com a cidade me abraçando
e depois me jogando de volta ao lixo.

Sonho com a ideia de perfeição
mas me ignoro perante ao reino das lágrimas.

Sonho com um dia
um dia possível,ou impossível.

Sonho com uma Utopia
um rei porco travestido de santo.

Penso nas ideias dos ventos
que ousou dizer palavras desconexas.

e nas arvores,roubo o teu sonho juvenil
a tua namorada,a tua flor perdida.

e na cama,sonho mais uma vez
Tentando esquecer que no fim de todo sonho sempre existe um pesadelo.

Um pesadelo oculto
primitivo
que conhece a minha alma
os meus costumes
e naturalmente...o meu fim.

A redenção possível.




Era uma ideia, do começo...
Um beijo simples
ou um abraço carente.


Talvez um sentimento ingênuo
percorrendo sobre o corpo
e sobre os teus olhos.


Era uma ideia,no começo
uma simples opção de felicidade
ou tristeza.


Uma redenção possível
vendido entre os pequenos cantos da terra...
Onde os esquecidos tem as suas vozes
e os loucos tem os seus hospícios...


Um lar
Um beijo de princesa
ou de um anjo triste...

Era o fruto
o fruto que devorei.

O sulco naquele fruto
que me fez ser assim:
proibido e banal

O sulco naquele fruto
que fez eu sair no paraíso.

Tudo isso por uma redenção possível
vendido entre os pequenos cantos da terra.
Onde os tristes estariam juntos sem se esconderem
e a felicidade não fosse uma puta tão cara e cretina...


Mas agora,nesse carro
cheirando coca
e bebendo breja...

Vejo a redenção possível...
é um maço malboro
comprando num dia de Domingo
enquanto o monstro da meia noite ainda não nos devora...

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Grande ato.




O homem entrou no palco....sim ele estava preparado,
"oh sim abre o som" grita ele para o bateirista.

E o bateirista inspirado,ascende o seu cigarro,anuncia a chegada atráves nas baquetas
ele dá uma espécie de esmurro do seu bombo,e os metais entram com tudo.


Três sax madando ver,melódias soltas que se relacionam
tudo de uma forma tão viva,que homem do palco não se segura.


Ele pula no palco,grita no microfone,fala varias vezes a palavra"Ye"
e o público o compreende.


Era uma noite fria em SP
e os caras estavam quentes pra caralho.



Ele contorce o próprio,no começo branda uma expressão tristonha, ameaça chorar
mas invés disso ele canta.


A voz é rouca,mas potente
ele se expressa,grita,anuncia o refrão,a banda entra junto,não para.


O refrão dá suavidade
mas a bateria anuncia a volta nos versos principais,os metais entram novamente com tudo.

O baixo,contido,mas segurando e segurando
e o homem no palco dá um grande grito e prolonga a nota e palavra ye.


"Yeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeehhh!"
e o pessoal grita de prazer.


Ele cai do chão,volta aos versos,esta mais dolorido
mas ainda cantava

cantava e cantava...
o bar estava quente,a noite era fria
as pessoas dançavam...

e ele cantava e cantava...

a banda desenhava belas melodias,as harmonias são trincadas e quebradas
mas no fim tudo tinha um estranho sentido...


O homem no palco,a batera louca,os metais em estado de transo,o baixo forte,e o homem no palco ...


Ele canta o refrão pela última vez
e o público o abraça como se ele fosse Jesus...


A música acaba
eles agradecem e tudo mais.


E você volta pra casa
pega o mesmo caminho de sempre
esta perambulando e delirando
pois bebeu demais.


A lua estava branca,mas mostrava-se um fogo contido
e você chorava
e chorava
pois no fundo você não é o homem do palco.


Você apenas sofre como ele
porém,diferente dele,você não sabe o que fazer com a sua dor.


Mas não se preocupe
pois eu também sou um desajustado completo.

Vamos quebrar os nossos espelhos
e beber a última garrafa de vodka...



Eu fui assim...

Sim,deixes as borboletas invadir o centro da cidade
Assim como deixa todas as flores mortas celebrar o curto céu

Pois o sol vai ser engolido pelo mar
Enquanto os amantes de ontem choram sobre a escuridão nos quartos esquecidos.

Senti sim,o violino do amanhecer ecoar lentamente
Levando os reverbs dos santos madrugarem as lágrimas dos coringas.

Pois a fogueira será inspirada pelo som triste do teu violão
E a chuva vai gotejar sobre os seios nus das velhas estações do tempo.

E
Eu fui assim...
Tão doce  e perdido
Saindo por ai
Entre os tiroteios dos ETS
Entre os beijos das putas virgens.

Eu fui assim...
Tão poético e banido
Saindo por ai
Conspirando pro meus inimigos
Criando belos muros para os meus pesadelos.


 Mas Ágoras,tu será como eu sou agora,um homem desesperado e solitário
Tu pensara mil vezes para abraçar os seus inimigos e beijar os seus falecidos pais.


A pintura de Gogh já esta mal conservada,os poemas de Florbela já se tornaram tristes orações para os anjos suicidas
E o templo da saudade vai ser fechado por falta de recursos financeiros.


Os espelhos das cidades são feitos de águas frias  e tristes
Cortando a sua doce garganta e chorando por uma salvação divina.

E você tenta não lembrar da triste e notória possibilidade
De que tudo estará esquecido,e de que Deus já não pode nos salvar.

O cochilo dos demônios já se espreitam sobre os terminais da minha respiração
Assim como os umbigos do bebes retardados já são distribuídos pelas ruas feitas de consolações.

Mas sim, deixes as borboletas invadir o centro da cidade
Assim como deixa todas as flores mortas celebrar o curto céu.

Pois o sol vai ser engolido pelo mar
Enquanto os amantes de ontem choram sobre a escuridão do quartos esquecidos.


E
Eu fui assim...
Tão doce  e perdido
Saindo por ai
Entre os tiroteios dos ETS
Entre os beijos das putas virgens.

Eu fui assim...
Tão poético e banido
Saindo por ai
Conspirando pro meus inimigos
Criando belos muros para os meus pesadelos.



Nada mais.




Nenhuma luz pode ocultar aquela sombra em que tu escondeu de mim
ou
aquele beijo pornográfico que você deu a lua.


Nenhuma harmonia pode prevalecer aquele choro de uma sereia tristonha
ou
aquele canto que ela deu meia hora atrás.



Você pode fugir talvez
entre as mesas dos bares,e nos risos das damas.

Você pode fugir talvez
entre as tripas do lobo e o olhos de Moloch...


Mas veja,o destino é apenas certeiro em sua melodia final
e nada mais...


Apenas existira essas lágrimas e esses risos
e nada mais...


Apenas existira o amor,demasiado em tristeza
e nada mais...


e Apenas existira o ponto final
.


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Barato.

Pode me comprar baby
Eu não tenho  nenhum valor.


Eu gosto do dinheiro
Misturado com o teu whisky.

Gosto do teu sexo
Feito sem medidas…


Pode me lambuzar baby
Pois eu posso depravado.

Eu gosto do fogo
Sendo provocado pelo diesel

Gosto da tua fúria
Feito de brincadeira



Pode pegar o seu amor
E oferecer pra mim.

Eu goste dele baby
Até mesmo quando me sinto triste.

Gosto de me sentir triste
Vendo a tua beleza…


E tipo,você pode sim me jogar fora
Pois eu sou um vadio.

Gosto de ser barato.
Gosto de ser barato.

E única coisa que me redime é esse fruto

e um bom rock and roll…

terça-feira, 9 de outubro de 2018

O beijo proibido.

Muitos diziam sobre o garoto
falava que ele não tinha destino.


Gostava apenas de sexo
e fumava um cigarro atrás do outro.


Ela ouvia,sabia das opiniões
sabia que ele era banido.

Mas um dia foi até uma tal festa
a tal garota “santa”.


Ela se vestiu de preto
e saiu de casa no meio da madrugada.


Foi até a festa da casa de um tal cara
e viu muitas coisas.


Rock  and roll frenético
bebidas e muitas drogas.

Ela ficou chocada
mas o pessoal do bairro a reconheceu.

A maioria riu e tudo mais
e ela foi até o segundo andar.


Entrou num quarto escuro
e viu que o garoto estava lá.


Ele estava chorando.


Ela foi até  o garoto
perguntou o motivo.


Ele disse que tentou se matar
mas que não conseguiu.


Ela ouviu a história
de como ele queria acabar com a dor interna.


A vida solitária
e o fato de que a maioria o achava descolado,apesar de ser um rebelde.


“ A vida não tem sentido,e quero me matar”
foi o que ele disse.


Ela sentou ao lado dele na cama
olhou pra ele e deu um beijo.


O beijo foi curto e tímido
e ele ficou chocado.

Mas aí ela pensou do fardo que ia carregar
pensou da família e do nome de garota santa…

e estava a mercê de um garoto que era mais perdido do que aparentava…


Ela beijou de novo
ele gostou

e ficaram até o fim da noite.


Era um beijo proibido
mas do fundo ele era bom por causa disso…

Pois as vezes o que nos salvam são os quartos escuros
e ninguém querendo te perturbar…


Apenas o beijo do outro
e o mundo ainda sendo o mesmo lugar de merda.


Estamos todos sozinhos
mas também estamos juntos…

É uma contradição doente,porém boa (em certos momentos).

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Eu vejo uma luz.




Eu vejo uma luz
no final do corredor escuro.


Mas ela esta distante
como uma estrela solítaria.

E no fim eu não consigo gosta-la
pois ela pode ser uma mentira

ou mais um truque que eu crio
por puro medo da escuridão.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

No aspecto cru.

Ela aparenta ter um senso de  frieza perante o mundo.Ela se mantém séria,e fala muito sobre ética.
Mas veja-se,a perna esta semi-aberta.Ela esta usando uma saia cinza,e pensa em cruzar as pernas.

A calcinha esta molhada.

Ela coloca os ocúlos,tenta fingir o sentimento.A mão quer descer,mas ela esta em um estado de tristeza.

E a calcinha ainda esta molhada.

Ela pensa num quarto vagabundo,pensa num par de mãos selvagens.Pensa na penetração
e quem sabe,a noite terminar,enquanto o cigarro ainda estava acesso e  a lua ainda estava brilhando.

Ela estaria detonada,a cama estaría bagunçada,e o corpo seria(finalmente) o seu lindo
e verdadeiro manifesto.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Pernas abertas.

Tem algumas lágrimas no processo
mas o sentimento é o mesmo:
vejo aquela duas pernas abertas
enquanto a noite ainda restava alguma coisa.

Podem vir alguns corretinhos
e pastores do bom costume,mas a verdade é isso:
vejo aquela duas pernas abertas
e parece que o respeito é secundário quando o desejo me aflige.

No fundo,eu queria lhe jogar na cama
ver a tua nudez
devorar o que tem dentro de tuas pernas…

e depois beijar os teus seios
ao som no choro do luar.

E no fundo,tenho medo
de cair numa tragédia
e numa glória
quando eu ver as tuas duas pernas novamente.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Deserto.




Aqui 
impeirando todos os falhos sentidos
e revelando o triste segredo do homem... 


Míseria 
a  sombra que me persegue 
quando o pó assume o seu fardo. 


Vejo 
A redenção das flores belas 
quando a misericórdia  ousa aparecer... 


É a chuva 
que espranta a misericórdia no abismo... 


Revelando 
que o pecado é achar que pode achar respostas sobre o seu próprio mundo... 


Então 
dê me o perigo e 
dê me o perdão 
que em troca eu lhe dou a minha eterna insificância perante a tua sombra. 

A tua voz é tua 
O teu nome é forte 
e a tua cama tem perfume...

Enquanto a minha voz não é o que eu sonhava 
O meu nome é um fardo 
e o meu segredo é que sei mentir 
e nada mais.