segunda-feira, 30 de abril de 2018

Semi-Poema.





A frustação de hoje é só mais uma dentro do meu diário
E do meu coração.


Sim,sim,eu falo de ti
Você que olha pra mim como se eu fosse um estranho.


Oh,minha doce ninfeta
Tus caminha pelas ruas de São Miguel tão leve quanto uma borboleta

E rebola com uma suavidade
Que faz o sol se derreter sobre os prédios de SP.

Eu vejo o seu traseiro a distância
E sinto o seu sorriso pornográfico cruzando a esquina.

O gosto do seu corpo deve ser tão bom
Que eu sei que você vai conseguir enlouquecer outro homem
Alem de mim.

Mas veja só, as ruas o levaram embora
Levaram embora o seu corpo Holywood, e  os sonhos
Levaram o teu delicioso corpo embora.


E o resto é apenas resto


São os mesmos resultados.

Só resta fumar mais um cigarro
Beber mais uma dose de conhaque
Ouvir mais uma vez Nancy Sinatra
E do final da noite,ter apenas o meus espermas como testemunha
da minha atual frustação de não ter mais uma mulher deitada
da minha cama.







quarta-feira, 25 de abril de 2018

Barato.






Tudo é tão barato
Quando tiramos a alma do contexto geral.

O resto se torna uma passagem gordurosa
Excessiva
E banal.

O vinho perde os instintos
A música perde os instintos
As mulheres perde os instintos
E o homem morre partido em mil pedaços.


Como deve ser triste
Aquele que toca as musicas dos outros  pro um publico desinteressado
Aquele que tem que fumar um baseado para suportar um jantar de família
Aquele que fracassou em tudo,até mesmo em  cometer suicídio.

Como deve ser triste
Ouvir os suspiros cansados dos palhaços
Roubar por nenhum motivo a calcinha da vizinha
E ler (por nenhum instinto) um poeta acadêmico.

Não é a toa que existe tanto suicídios
Tantos homicídios
Tantos crimes.

Vivemos num mundo em que ser um pano de fundo
é prioridade existencial dos medíocres

E Deus sabe que (infelizmente)
O mundo esta cheio de medíocres.

Os loucos são aqueles que tem alma.
Os sábios são aqueles que tem alma.
O belo é o rosto da natureza...
Bruta
Construtiva
Anárquica
E ao mesmo tempo mortal...

E Deus...
Como é belo o rosto da mortalidade
Como é profundo o resto da mortalidade.




terça-feira, 17 de abril de 2018

Historias esquecidas.


Dos copos espalhados do balcão
Sempre
Sempre existe uma historia.

Uma historia deixada em cada copo
Em cada dose.


Uma despedida
De uma garota de verão
Enquanto ela chupava o meu pênis.

Ou o sangue de uma espinha
Escorrendo do rosto da Iasmin
Enquanto ela olhava pra mim com nojo.

Uma visão
Que a Deusa da melancolia ousa mostrar
Enquanto os mendigos ainda bebem aquela velha pinga...

Ou
Da tv,um politico fala
Ele é o novo presidente da nossa republica de merda
Mas do fundo,ninguém realmente se importa  pois tudo vai ser a mesma merda de sempre...

Tudo...


O abismo
Que olha pro olhos nesses garotos

A chuva
Que mistura as lagrimas com as latrinas

E as historias
Que o quarto escuro deixa nítido depois de uma boa masturbação
Ou depois de mais uma noite solitária e triste...











quarta-feira, 11 de abril de 2018

Ausente





O restaurante lotado
Com risadas e gritos
Pessoas felizes.


Mais uma mesa esta vazia
Cheia de copos vazios e morto
Uma pequena e insignificante mesa esta vazia
Enquanto o bêbado  estava sendo expulso do restaurante.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

1.






Um pequeno olhar,ou uma pequena facção de minuto
É o que me resta agora,é o meu instrumento de trabalho
Para eu poder perfurar a sua alma dolorida.

Um beijo de despedida,ou um abraço de adeus
É o que me resta agora,é o meu conforto,ou a minha redenção
Pois eu já vivi demais.

O trem ainda não chegou
Pois já passou uma da manha
Mas ainda não é quatro da manha

Não sei o porque
Mas isso me deixa triste,triste demais
Pois eu tenho apenas uma,uma pessoa
E uma rua como abrigo


Um pequeno segundo,ou uma gota de chuva
É o que eu preciso agora para arranjar uma desculpa
Para eu poder dormir com você.

Um pequeno elogio,ou uma pequena piada
É o que eu preciso agora para esculpir a explosão
Que esta arquitetando o meu coração

O trem ainda não chegou
Pois já passou uma da manha
Mas ainda não é quatro da manha

Não sei o porque
Mas isso me deixa triste,triste demais
Pois eu tenho apenas uma,uma pessoa
E uma rua como abrigo


E os mendigos estão comigo
Cantando canções  tristes  
Enquanto o efeito já esta atrasado

Todo os meu dinheiro se foi
Todo o meu whyski se perdeu por essas ruas
E eu só preciso
E só tenho que precisar de você.


Um pequeno beijo,ou um pequeno “eu te amo”
É algo que todo mundo precisa

Uma noite suja,um quarto solitário
É o que eu fujo todos os dias.

Um olhar seu invadindo os meus olhos,ou uma promessa do paraíso
É o que eu vejo agora

Ou
Uma possível triste,um possível adeus
Fazendo a vida ser algo tão previsível...
e tão detestável 







segunda-feira, 2 de abril de 2018

Alguns não envelhecem.





Alguns não envelhecem
Muitos morrem cedo demais.

Vários amigos já se foram
Várias músicas já foram censuradas
E sempre sinto dentro das ruas de SP a mesma linguagem apocalíptica.

Quanto sangue já foi proferido?
Quantas mortes é necessário?

As vezes eu sinto uma vontade cretina
em sair da porrada com Deus.

Ver se é possível aguentar os dez rounds
E não morrer de repente.

Ver se é possível brincar e  paquerar a morte
Mas não entregar as cartas cedo demais.

Talvez o segredo é manter o coringa dentro da manga
Por uns vinte
Trinta
E quarenta anos.

E falar que só se entrega
Se o valor da aposta for alta
Ou divertida.



Talvez  seja  possível achar uma aventura por trás disso.
Talvez seja possível achar uma magia por trás de tuas coxas.
Talvez seja possível transformar tristeza em beleza
Talvez seja possível salvar alguns segundos
E  fumar cigarro por quarenta anos.

Quem sabe?
Quem ousa saber?

Ninguém...

Alguns vão cedo demais.
Outros ficam por tempos demais,
E outros meio que tenta achar graça em tudo isso
E fazer uma piada,uma sátira por trás das doenças e das tragédias que aflige o coração dos homens.