quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sangue do coração humano

Nós observamos o céu exterior do universo.
Junto com velhas lembranças nessas estrelas distantes.
A doce melancolia das estações, das passagens e dos caminhos do homem.

Distante do céu está o olhar do mar.
Seu brilho cristalino amaldiçoa-nos da mortalidade.
Mas uma liberdade  se floresce do grito de uma criança chorando ao amanhecer do dia
As extensões de seus frutos são livres reflexos de um novo sol,
E de uma lua culpada por sua solidão universal.

Esta claro na humanidade,
O olhar calmo dos mares que navegamos reflete um novo sussurro secreto que ouço do vento
Um suspiro embalador invade  o meu coração.

O que deve ter sangrado os corações dos homens?
Poi eu vi  os homens se arrastando  e morrendo até o anoitecer eterno passageiro  e das estrelas misticas,
Dançando,chorando,trepando,morrendo  ao surgir deste suspiro que renasce da vida.

Renasce as montanhas ao nosso redor.
O céu conspira  em cimas dos  anjos que voam ...
O beijo de véus de um assassino qualquer me mata .

Podemos fugir,hoje,agora em algum lugar
Refletir as nossas emoções diante da árvore do amor.
E depois olharmos novamente para as estrelas,
Pensando que o universo reservara dois amantes para encaixarem-se no seu caos.
Um sonho perfeito se tornando uma eterna constelação.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A rosa de ontem

Nas noites mais solitárias
Vinha o seu olhar.
Em todos os cantos e partes do meu corpo
Seu olhar cicatrizava,
A mais fria vida,
A mais noite tardia.

Eu esperava todo dia a sua face.
O seu cabelo surgindo belamente,
Como se fosse o próprio amanhecer.
Seus olhos me eternizarem.

Nas noites solitárias
Eu te espero,
Para que durante as ondas frias passe em um novo luar.

Ontem foi amor.
Ontem a vida fez sentido.
Uma rosa se prendeu do meu casaco velho.
Eu a cheirava,
Me levando até o sol.

Hoje eu morro.
A cada vez mais suspiro por você.
A cada dia você.



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Minha Casa

(Este poema foi tirado de uma possível música de uma pessoa, e ainda não esta totalmente feita. Isto é apenas uma observação).

Eu morri em tão pouco tempo,
Por um ultimo beijo ou toque.
Senti frio.
Senti o sol em minha morte.

Mas eu sei,
Minha mão é fruto de uma chuva negra.
Uma chuva amarga e triste, virgem da sabedoria.

Todos Dizem que sou um bom homem, uma boa pessoa.
Até hoje não entendo.
Dizem que tenho imaginação, amor...
Mas não entendo.
Dizem que sou livre como um pássaro.
Mas não entendo.
Apenas uma boa pessoa.
Aquele que é uma boa pessoa.

Eu andei tanto,
Em pouco tempo.
Vi as montanhas e os rios da fonte da vida,
Sem saber que caminhos fez os seres ...

Mas eu sei.
Meu rosto é fruto de uma margem vazia.
Uma constelação que não vai a lugar nenhum.

Todos dizem que sou um salvador.
Um anjo da terra eterna.
Uma agonia feliz. E, até hoje não entendo.
Dizem que sou engraçado, sorridente, feliz e expressivo.
E até hoje não entendo.
Falam tudo isso.
Mas por que apesar de tudo,
De me chamar de um bom homem, eu ainda durmo sozinho ?

Eu sei.
A terra gira.
A vida nasce cada segundo como um raio de sol.
Àrvores nascem e o céu se constela.
Mas eu não ví a minha  casa.
Nunca cheguei num lugar que possa chamar de casa.

Talvez a dor seja o meu lar
E no fim das contas,
Todos me chamam de bom homem.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Janela do mundo

Os olhos dos inocentes veem como janela o mundo.
Eles descrevem como o ar suspira a terra da frente.
Sim, você via as coisas ao redor, as gerações nascendo entre as faces de outras.
Doenças, pragas, câncer iam aos campos dos jardins do amanhecer.
O sol ruiva ao vermelho forte como o coração.

Dos ventos ao sol, e até à lua amarga...
E a cortina do cotidiano chove em formas de cortinas aos seus olhos.

Esperando uma rosa nascer no meio da terra.
Uma rosa bruta como a terra,
Nascer para morrer.

Vi a sua idade envelhecer,
Sua cidade ter novos garotos e garotas,
Novas criações no caos ao redor.

A chuva canta ...ainda canta ...como salvador eterno.
A santidade do amor...o amor no caos.

Mesmo um bebê nascendo neste mundo se torna belo.
Tudo é belo por ser belo.

Uma rosa nasceu.
Bruta e violenta.
Uma rosa floresceu para a vida e para a morte.


O mar do meu sangue

Meu sangue uiva...
Como um amante despedaçado.
È um vento bruto soprando em direção ao mar.
O infinito está no mar soprando-me como amante.

O infinito...
Ao olhar do amor,
Que cicatriza os corações dos homens.
Cicatriza os lobos das noites.
Cantando pro seu amor.

O infinito é medido no olhar,
E nenhuma palavra o define.

Apenas o olhar ao eterno da vida,
Sem olhar pra trás.
Pois sabe que nada tem começo e nem fim.

Eu bebo a fonte do mar.
A fonte mais doce até a mais amarga.
O meu olhar vira sangue,
O sangue vira mar,
Por despedaçar a melodia da vida.

Eu piso entre as areias.
E peço pelo infinito novamente,
Escorre no meu sangue,
Até o nascer e morrer de cada segundo.
E a vida surge entre os ventos, como Deus.
E Deus vira a vida.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Soldados do amor

Será que existem anjos?
Alguma ideia de beleza através da guerra?
Será que alguma guerra é Santa?
Alguma morte é Santa?

Mesmo andando  pra algum lugar,
Nas Brasas das fontes de ancestrais que nunca viu e nunca conheceu.
Suas árvores de nascença são mortais apesar nas longas linhas,
E depois aparecem restos mortais que nunca distinguem-se.
Não sabemos...

Vemos historias épicas de heróis,
Que se vangloriam como amigos de Santos e de Deus.
Mas acho que não existe um lado que Deus escolheu.
Não no campo.

Não existe lado, facção, política exata ou pontos de interesses.
Embaixo há apenas homens.
Oprimidos pelo seu cão,
Oprimido pelo amor... Acredito.

Lá está o soldado,
Vendo a maré das ultimas batalhas.
Percebe que pode morrer à qualquer momento, mas não se surpreende.

O amor está logo atrás.
É viagem que nunca alcança, ou uma viagem Santa que nunca vai conseguir alcançar.
O amor matou o soldado ,atirou no seu coração.
Apenas destinou-se que antes daquela figura morrer e ser um fantasma nessa estação do mundo,
Veria o amor, e se despediria do mundo quando o por do sol se fosse.
"Soldado do amor"eu digo,
Brutos ou inofensivos, o que veem é só morte ou pássaros.
Todos são do amor.
Por esperar apenas o por do sol ir,
E rezar pela liberdade de sua alma presa .






quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Em nome do céu

As profecias do acaso faziam sentindo.
Quando eu olho para o céu,
Quando eu piso no mundo. 
Amando as coisas e as correntes da vida,
Amando os lugares e os vazios do meu coração, 
E os desencontros do meu luar.

As profecias do acaso cantavam,
Jogando-nos a esse mundo.
Canta como um anjo salvador, 
Como demônio desgarrador.
Agita para o provador,
À essência e a magia,
Transformações e ventanias. 

A primavera chegava ,
O pôr do sol se virava. 
Dizia que era vida, 
A árvore nascente 
Da dor mais tardia.

Acreditava na profecia das coisas.
Sei que fui jogado aqui
Por ancestrais desconhecidos.
O céu é filho da vida.
Deus esta lá vigiando,
Observando-nos num mundo de acaso.

Sacrifico novamente o riacho dos meus sentimentos. 
Até a dor aparentar,
E surgir um novo dia.
E até lá olharei pro céu,
Pensando que um dia terá novos seres,
Novos rumos, novas pessoas...