terça-feira, 29 de abril de 2014

Eu conto um lugar que seja sobre você


Eu conto um lugar que seja sobre você
Eu não sei...um delírio ou um terror gracioso ...um mundo que é dito lá fora,um professor sem giz
Umas montanhas que a gente viu das ferias de verão  ...umas estrelas expressionistas que se passa em meia noite e o sol faz ela ficar esquecida pelo belo escuro
Eu conto um belo lugar que seja sobre você

Ah você sabe,você come e sente,é sereia...é ditadora,é simplesmente varias "Elas",vários drinques da cidade

È bonita e feia...as tuas curvas...os teus prédios da cabelos negros,a cidades de olhos castanhos,a praça de lábios da arte do desencontro
Eu levo você para o metro e vejo você olhando para as pessoas e pássaros cortados ao meio fio
Luzes e sombras de antigos amigos
Uma cidade como essa e tão triste como ela...você é uma deusa magnólia
Eu conto um lugar que seja sobre você

Você não é um lugar
È é o ritmo magico do que pode ser lá fora
Todas as partes da mundo...e todas as desilusões
Se o amor peca assim,mata assim
Você é lembrança e desejo,uma pintora dos meus lábios
Pois até São Paulo...uma cidade fria e tola ..você transforma ela num mar de jardins
Onde a saudade é a faca do cortador
Onde a saudade é flor de ninguém e de todos
Difícil dizer,difícil escrever,pratico viver

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A maçã da ultima tempestade fria

Eu visitei a minha cidade são paulo e ela esta morta,parece que foi uma tempestade louca que matou todos
Corpos nús derretidos sobre o holocausto...solitários gritos sem vozes sobre a cidade morta
Lembro que aqui tinha estatuas com expressões felizes e a ponte que era perto de um rio secreto do meu bairro
A cachoeira entre as pedras nuas se refletia sobre o sol ...fazendo um belo arco iris suave e quente sobre as pernas  daquelas garotas e garotos
Tinhas peixes,beija flores,folhas e arvores com mais de 60 anos de existência

Agora vejo essas raízes que não expressam nenhum suor por causa da frieza
Vejo jardins e jardins de campos mortos
O céu era escuro o tempo inteiro e quando aparece o sol é uma tristeza profunda
Pois aquela luz que refletia sobre as águas e pessoas...não ilumina mais nada ...não salva mais nada...apenas deixa  mais a mostra as sombras nesses mortos

Tudo morto ..homens,mulheres,crianças,arvores e rosas,prédios caídos e praças desconstruídos,unica coisa que sobreviveu foi uma maçã
Apenas ela...do chão,do meio da rua de mortos ...apenas ela
Eu peguei ela e vi que ela foi meio mordida...os sulcos saindo como lagrimas de ver tudo isso ,sugado pelo lado sombrio do caos...mais ela ainda esta lá,simplesmente sobreviveu
Mais ela uma semana atrás podia ser aquela maçã  ,aquela maçã comum
Aquela que podia comprar em uma feira,aquela que podia estar num lábios de uma criança  brincando do parque com aquela sabedoria que só as crianças tem
Aquela maçã que te dava um pouco de vida

Ela nascia do paraíso falido de  de concreto,mais não era do éden,não era de arvores proibidas ,era vitima do ruídos de um monstro sem nome,o caos da rotina que se leva pro outro caos humano
Assim como a face de um cadáver sobre as mãos de Hamlet dele refletindo sobre o homem da terra eu estou com essa maçã
Sinto que eu e essa maçã devíamos estar aqui..nessa maneira  pouco usual e meio triste
Desde que não tinha simplesmente nada  e depois nascia os universos,as galaxias e depois o  planeta terra
Os rios...os mares e as forma de vida
A terra fervendo com fúria concentrada  e fazendo todas as formas de viver
E depois historias e historias de caos,de morte  e holocausto
Agora esta eu e essa maçã,uma maçã que era doce e agora meio mordido e frio
Ela esta simplesmente aqui  dos jardins de campos mortos e do espelho da decadência humana
Mais do final de contas era apenas uma tola e qualquer maçã
Não é destino e nem Deus colocou ela aqui
São apenas explosões de perfumes do atos de coincidências que esse mundo roda
Uma adaga bem profunda,um beijo da medula morta,um dente cheio de sangue,o som de uma musica e a lua sem ficar em transe
Uma luz cinza ...que é nada mais filha de uma escuridão dos tempos,de uma tempestade longa e fria
Eu e essa maçã...somos os filhos nela




quinta-feira, 24 de abril de 2014

Estou fazendo um soneto esquecido pelo mundo


Eu te amei e te odiei
Te fumei e te traguei
Você me levou pelo mar e pelas pessoas...eu aprendi tanto
Que todas as pessoas não mudam
São tristes poesias tolas
Que apenas se revelam em algum tempo,mesmo vivo ou morto
Estou rezando para algum deus se despir em sua inexistência espacial suas maquiagens solar das galaxias
Estou cantando para a solidão das estações e das chuvas
Estou fazendo um soneto esquecido pelo mundo

Eu dei uma janela mais estava fechada
Eu chorei uma lagrima mais ela estava seca
Vendi flores para os mortos para que alguém me ouvisse
São tristes olhar sobre o caos
São tristes são paulos fugindo das cargas dos metros
Triste maria me deu um beijo e era apenas despedida
Estou vendo judas se queimar pelo fogo antes de querer morrer pelo seus eternos erros
Mais ninguém lembra até agora os erros das cidades.os rascunhos dos prédios e das lagrimas
Estou virando o seu pê da mão e o seu nariz em seus olhos
Estou fazendo um soneto esquecido pelo mundo

Vida é  simplesmente amor
Deus é simplesmente  bonito  e contagioso
Em suas mãos limpas ele pega a lampada queimada e transforma em seu ninho de luz
Jesus esta guardado em roupas de metais
Anjos são levados pelo caos de outros lugares
Estou cantando uma canção que ninguém vai ouvir


Eu te mandei para as raizes do mundo
Eu te plantei em arvores de fenix renascida sobre o sol
Prenderam o mestre e o aprendiz...levamos tudo que podem ser ...até agora
E quando olho para as pessoas e não vejo nada
São belos atores ...e aqui é seu teatro doentio
Quando romeu canta pro seu deus sakhesperiano voando entre os poros da arte ele morre
Um carpinteiro corta um flor branca pressa em seus sangues de céus invisíveis
Durante tudo isso estou fazendo um soneto esquecido pelo mundo

Da qual o sol esquece
Os vigilantes não olham
As pessoas andam
Mais só eu que lembro e isso que importa





quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aquela mulher ...


Ela canta aqueles sonhos juvenis
Quando a bravura da vida beijava docemente em nossos olhos...quando riamos das estradas que andávamos
Era ela...aquele cabelo ruivo e suave molhado pela chuva do banho
Os olhos castanhos profundos e ela dava uma risada meio boba sobre si mesma
Aquela brutalidade do corpo nu,a alma nu andaluz e demente
Aquela mulher que eu penso comigo mesmo

Eu toco da vagina nela que se reconstrói do amanhecer da primavera
Vejo a água escorrendo em seus frios seios...ela me olha e toca do meu rosto e da um curto beijo
Depois ela saiu do chuveiro e deita da minha cama se enrolando do cobertor e coloca batom em seus lábios duros  
Os pombos se encolhem dos galhos das arvoes e as melodias dos sussurros das contemplações coloca os nossos corpos em sintonia
Aquela natureza que todos sabem e poucos sentem hoje em dia

Algo ...aquela espada de Arthur que foi roubada e matou os homens pobres e deixaram ao mundo
Alguns bebês gatos que mia o hinos banidos do paraíso
Outras doutrinas da insonia das elevações do mundo...e alguma parte roubada de min
Um suspiro derretido entre os ruídos das nossas almas
A morte já chega logo...aquela que todos precisamos

Agora eu vejo algumas ilusões verdadeiras da partes da vagina nela entre os aromas das cortinas
A janela pouca fechada abre o uivo dos prédios e lixos industriais da cidade
Anjos de metais,cartas postais de vários nomes
Um gole de milk shake sobre as crianças,e um de wisky para os passageiros cultos
Sâo paulo é frio como rocha e o coração nele esta partido pela solidão
Em seus olhos tristes ele tenta não abrir as lagrimas...mais ela é a chuva sobre o olhar do luar e cair ao concreto como o choro da cidade e de min...reconfortando o caos
Aquela mulher ..eu pensava daquela mulher
Numa explosão de delírios com o possível encontro da sobrevivência necessária
Do que é realmente necessário para min...apenas pra min
Aquela mulher...sua alma e corpo jovem...um suspiro longo para o paraíso e danação
A dama,a chuva de são paulo,a carta de adeus para um desencontro entre as estações
Eu sonho que posso esquecer essas coisas da vida e seguir em frente mais ela ainda esta lá...refrescando os meus poros
Aquela mulher...aquela primavera demente

terça-feira, 22 de abril de 2014

Saber


Tús sabes cair como eu?Se sabe nasce agora triste imperfeição
Me deixa deitado com o cobertor de choros de magnólia cinzas e beijado pelo vento frio e cruel
Acorrentado agora dos seios das montanhas que nasceram com o poder da vida
Tús é mais belo e melhor da sua tristeza,tús é o maldito sol nascente e a lua solitária da minha janela

Você sabe falar sobre a solidão?quebre pra min as lagrimas das chuvas velhas nesse mundo
Me mate com uma adaga que abre o meu peito uma trovoada de felicidades permanentes  que só deus sonha
Magro ou gordo ,todas as partes gordurosas para parir a terra

Quem tivesse voz e que falasse agora?
Plantar ou chorar uma cachoeira de lembranças
Eu deitei com você mais sei que não quero amar
Estamos aqui há tempo demais
Eu beijei suas orquideas de belezas   e não sei  o que sinto
Tudo é reconstruído,menos eu

Você sabe andar como qualquer outro
Você sabe sofrer como qualquer outro
Você sabe como falar como qualquer outro
Você fuma um trago de cigarro e muda de assunto e simplesmente partir

Pode deixar essas cidades que tem tantas cores mortas
Vou sobre essas cidades e me despeço e só vi as estrelas que me lembram

Pois nos não somos nada ...não somos eternos e nem estrelas...eu quero  que lembre nisso

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Corta-lhe



Corta-lhe as coroas das belezas da vida humana
Como um bêbado cavaleiro  atacando as asas dos anjos dormentes em cimas dos castelos dos céus
"O que tem lá das terras?" pergunta a minha consciência bruta...respondo com malicia que só existem passageiros
Andando em pazes desarmônicas e num mundo que não é bonito ...não como antes

Em teias invisíveis com as pragas das doenças...avançando esses amantes
Oh deus...teu filho da puta miserável..deixe eles pressos como eu
Pois quando esses ventos soprarem em direções que os restos do mundo considere intimista...morrerei como jovem

Cortaram-se o peito juvenil miseráveis...era nua os seios de Monaliza e seu sorriso era fúnebre
Uma opera de desencontros possui um quilometro a frente depois da sede humana
Depois de um reflexo meu ou de um beijo secreto eu parto para outro lugar que ninguém lembra pra onde Deus e cristo foi
Qualquer lugar  que o ser humano parece ser melhor que aqui


Talvez pro uma cidade que não tenha relógios que fala que o meu tempo  ...ou pro um belo poema que não preciso cantar
Oh triste deus ...estou tão acabado e imperfeito que não sei o que fazer...realmente não sei
Ví todas as arvores e todas as chuvas do mundo,todos os beijos e encontros,li todas as cartas postais que os espinhos das flores manda e sangra e não sei o que dizer
Realmente não sei o que dizer

Cortaram o meu coração e criaram a minha insonia permanente e eterna
A eternidade?esta do mar...mais estou afogado





domingo, 20 de abril de 2014

Uma rua chamada deslocação



Da esquina o diabo vendeu os novos olhares das pessoas feias
Mais a dama das velhas estava olhando pra min e para a minha bolsa de sonhos
Ela disse"quer dormir em meus cabelos suaves como sol?"
Mais ela era apenas uma puta duma rua chamada deslocação

Assim como o sol que chora sobre os ombros da liberdade dos muros de meu rosto
Os anjos índios em suas flautas cantando pela deusa lua para que o seu sangre orasse por eles
Uma triste conversa de amigos ,e um triste corredor de memorias sobre as nossas desventuras
Mais aquelas desaventuras juvenis  morava apenas numa rua chamada deslocação

Dennis era tão magro,Carlos era tão infame,maria era tão doce assim como aquele presente que ela me deu
Ela se escondeu entra as arvores da escola,sobre a luz  cinza da chuva ela ria de min achando engraçado
Roubou um beijo mais lindo e de troca de um sorriso mais lindo ainda
Mais Dennis,Carlos,Maria e  o beijo e o sorriso morava numa rua chamada deslocação

Einstein,bomba atômica,os seres de Hiroshima,Hitler e aqueles pobres coitados do campo de concentração  morreram do final de contas
Assim como um judeu velho que eu conhecia...ele era cego e tocava apenas blues de verdade
Aquele blues que a valsa virava vaia,que a estrada cobra da vida virava amiga amarga
Onde Eva transava com os meus sonhos,banhava a minha gloria do pecado humano
Mais todos eles morava numa rua chamada deslocação

Um pássaro olhava para a guerra e virava um canção minha...mais ele morreu há tanto tempo antes da guerra
Ele morreu quando nasceu e olhou para as coisas belas e coisas feias da vida
Viu um cantor,uma mulher de lenço seminua,uma janela meio fechada,e uma guerra que estava por vir
Ele entrou e tinha o sexo e a naturezas mortais do corpo
O pássaro apenas morava numa rua chamada deslocação

Câncer ...e mamíferos,tetas e suor ,humilhações e solidões que senti ...essa terra tem lembranças de tudo ou nós que criamos?

Sete pessoas aqui nascem hoje...sai das barrigas e dos ventres de peles e simplesmente choram
Sete pessoas perto de lá morre hoje,dentro de um bar um homem furioso pega um revolver mata seis pessoas e si mesmo
Sete sonhos a cada dia da semana nasceram hoje...tantos com iludimos e fúrias minhas,sangues e olhares meus
Sete amores eu pensava nesses dias...um deus filho da puta numa torre de piramide,uma vida que era terremoto e depois suspiro
Isso tudo faz parte de uma rua chamada deslocação..e nada mais e nada menos,o resto é guardado no ventre de sua morte








quinta-feira, 17 de abril de 2014

O dia em que os anjos choram


Um gole de cães se abrem ao sol ...enquanto o trem das imagens de solidões passarem
Que o meu arco iris tinha cinzas...e borboletas tinham lembranças  tolas
O bem das coisas...das montanhas de rios de desilusões que cai sobre teus pês


O rei amargo em uma janela
Que os olhos se vidram em nenhum lugar
A solidão das juventudes em meus lábios meios quebrados
A velhice é o mal dos tempos e das visões mais tenho que fazer algo
Falar com a minha antiga namorada...andando da praça com ela enquanto a chuva ameaça a vir
Aquelas belas tempestades que sopra em nossos ossos mostrando as nossas mortalidades as vezes é bonito
Me sinto mais humano,me sinto como se os meus olhos e narizes tivesse utilidade pra algo..viver

Mais o que dizer aos os dias em que os anjos choram
Mais o que dizer aos os dias em que os anjos não olhem em suas rosas
Mais o que dizer para as margaridas distantes da janela do seu quarto
Mais o que dizer para um novo filho e um novo ser que se passa?
A vida ...fazemos ela ficar tão cruel e que viramos nossas  vitimas e culpados
A vida...o que mais podemos esperar de nosso erros ?







terça-feira, 8 de abril de 2014

Olá mundo,olá vida ,olá morte: Pássaros infantil

Olá mundo,olá vida ,olá morte: Pássaros infantil: Ela voou e voou...oh deus ...como voou...ela depois caiu e caiu  do chão cinza Lá fora estava todo o caos e o medo...as compartilhações ba...

Pássaros infantil


Ela voou e voou...oh deus ...como voou...ela depois caiu e caiu  do chão cinza
Lá fora estava todo o caos e o medo...as compartilhações banais da rotina
As crianças jogando todo o lixo das ruas com as suas palavras e tolices

Da varanda estava alguém da janela olhando para ela caída do chão...um garoto doente e isolado
Ele apenas tinha oito anos e chamou"pássaro!!!senhorita pássaro!!!por favor voe !!!" ele pensava que o pássaro ia ouvir ele
As crianças da rua olhava para o garoto e riu ...pensava que ele era louco e unica coisa que fez foi pisar do pássaro
Depois nisso o garoto gritou e chorou pelo pobre pássaro....ele ficou dias em quarto e cama...sonhando com isso
Alias se isso era infância espere que o mundo seja um pouco melhor certo? que os adultos não sejam tão cruel
Pois isso dava medo...pois pra ele seria o maior pesadelo...viver um mundo onde gostamos de desprezar e matar as coisas belas...assim a vida seria tão morta..que nem aquele pobre pássaro
e nada...simplesmente nada faria sentido viver nesse mundo


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Estrela de um livro velho de uma biblioteca


Estava aberta a 400 paginas depois do mundo ,estava belamente furioso como o mundo
Cantava com palavras alguns olhares
e definia o luar como uma rainha da melancolia.
Ela chorava...e discutia sobre o mundo...o que fazer em relação a ela?nada mais alem de sofrer.


Mais ela não tem esposos e nem espadas,não namoras com as estações,ela é parecido comigo.
Estava pressos em bibliotecas e vivia algumas aventuras das cinzas do mundo.
Era um personagem tão belo em sua inocência, ela era  grande em sua complexidade

O que aconteceu depois foi o que me deixou sofrer...
ela se perdeu das bilhares de memorias daquela biblioteca.
Ela parece que se perdia ...simplesmente perdida novamente em sua solidão sobre as historias do mundo.


Perguntei varias vezes para o bibliotecário onde estava ela e o livro que a pertence.
Mas ele não sabe...simplesmente sumiu e ninguém sabe onde ela e  o livro se foi para o esquecimento.
O final se fechou como se a lua desaparecesse e nunca mais voltasse...foi um golpe fundo pra min.
Mas apenas pra mim.

Eu depois sai e estava o mundo inteiro e a perda do livro,da escrita do escritor,da personagem foi sumida pelos mares da rotina.
Era algo tão grande pra min mais para as pessoas não era nada pois nem conhecia a solidão dos outros.
Eu perguntei onde estava a 400 paginas do mundo...mais acho que era mesma coisa que perguntar onde estava aquele amanhecer que queria ver ...oh deus...quantos amanhecer eu perdi?




quinta-feira, 3 de abril de 2014

Maria dos deuses


Uma brisa escorre entre os sangues das tempestades
Era um vente que canta pelas cidades
As crianças que brincam com o chão...os pobres em seus ninhos de madeira
Uma brisa escorre entre as chuvas de ontem
Era a maria dos deuses...apenas dos deuses e de mais ninguém presso em sua curta janela

A porta se fecha do bordel ..educadamente escrito"Por favor não entre,trabalho em operação"
Ouve-se um triste e forçado gemido suave de maria...parece uma ofélia insana em sua loucura
O homem a goza e dá o máximo de seus músculos mortos e moveis
Uma santa pensa-se e faz o mundo nessa forma
Quem fez esse mundo não foi a maria dos deuses e nem a sua curta janela

A Melissa era  a chefe contava o dinheiro todos os dias
Ela lambia as notas suavemente...mandava todas as mulheres dormirem as 4 da manha
Ela ria alto e bebia apenas pinga as oito da manha
Ela gostava de novela pois fugia do mundo real
Era fugia do rosto da maria dos deuses...só os deuses o compreendem esse sofrimento comum

A cidade pedia jesus e ele nunca chegou...e nunca chegara
Apenas a chuva fria chega aqui e ninguém entende e todos correm
Alguns chegam lá com sapatos molhados...outros chegam com casacos velhos e rostos meio desfigurado
Possui vários tamanhos mais participava do mesmo circo
Olhavam para a maria mais não pelo rosto nela
Não pela Maria que chora junto com a chuva

Tinha a angel...ela beijava os tristes pulsos nela
Era um anjo gentil eu pensava...até do mundo cruel
As vezes ela e maria falava sobre Froyd e o que ele quis dizer sobre a raça humana..as vezes falava sobre a sua tristeza
Mais ela morreu...como um anjo brutalmente morto pelo mundo moderno, um bêbado o espancou sem motivo até morrer
Angel morta parecia um pouco feliz...não precisava mais suportar a vida
Ela apenas pedia para Maria e pro deuses para que não existisse mais tristeza

Maria estava em todos os cantos e de nenhum...era um rosto que me lembra uma cicatriz humana
Ela não parecia a eva que escolheu a maça do mal...parece que todos escolheram menos ela
Ela era vitima e culpada por seus erros,era a causadora e vitima de sua infinita tristeza
Ela se grudava da cama ..e apesar de estar só ela vê o cobertor cheio de esperma que parece ser lembranças de fantasmas mortos
Mais que mortos são...pois tem ossos e músculos...menos o espirito
Oh maria...pobre  maria nesse grande mundo

O deus nela?era nenhum..nem o sol batendo do rosto nela quando acorda...nem a lua das noites mais solitárias
Unica coisa que podia ser a salvação nela era a janela..o vidro nela que ela bateu...o pequeno vidro
A praga era o pulso leve...mais era passageiro ...pois ela cortou os pulsos e morreu
Maria...pobre maria...só através nisso que todos olhavam atentamente para a tristeza profunda nela
Mais era tarde...tarde demais...ela se foi como ultima gota de uma chuva..ela se foi com os deuses
Mais a tristeza continua lá...é a unica coisa que pode lembrar nisso e nesse mundo...e mais marias se foram