quinta-feira, 27 de abril de 2017

Amor-Tristeza




Os prédios cantam
Loucamente
Espalhando
A doçura
De respirar dentro do teu corpo
E da tua alma.


O rio transborda
Os velhos corpos
Dos doces anjos suicidas
Enquanto você sorri pra mim
Com um certo tom de tristeza.


Mas tu me beija
Enquanto o céu dourado chora
Enquanto o bebuns cantam Raul Seixas
E eu te beijo
Com um certo tom de tristeza.


As pessoas aparecem
Entre as ruas
Entre as avenidas
Entre as festas
Olhando pra gente
Com um certo desdém
E apatia.


Mas a chuva da tarde
Transporta
Aquele mar de lagrimas
Que você guardou pra mim.

E os prédios cantam
Loucamente
Espalhando
A doçura
De respirar dentro do teu corpo
E da tua alma.


E por mais que eu seja um homem eternamente triste
Eu estou bem quando pego do teu corpo

E do teu lábio grosso e romântico. 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

O coração do cão vira lata


(Livro completo:https://www.widbook.com/ebook/o-coracao-do-cao-vira-lata)


Capitulo 1: Um vira lata e uma princesa esquecida do mundo.


Dizem  por ai que o mundo é um cão.Sim,acho que concordo com isso,apesar de que essa frase foi dita por um ser humano. Eu sou um cão,um cão considerado vagabundo,sem lar,tirando as ruas de São Paulo.São Paulo é meu único lar. 
Mas  ela também é uma terra de malditos. 

Eu ando,lambendo o cu e comendo lixo industrias das ruas da Republica.Pra mim Republica é uns dos bairros mais tristes de São Paulo:As putas ficam largadas,bebendo uma cervejinha em um bar fedorento,os hotéis vagabundos são lavados por senhoras solitárias,que já deve ter vivido muita merda,os centros artísticos passam peça decadentes para velhos chatos verem,da praça roosevelt tem um cinema  meia boca e saraus pretensioso de poesias,assim como aqui tem lojas,shoppings,livrarias cultas,mais cheia de pessoas vazias,aqui possui mendigos,afro decadentes revoltados,camelos,músicos frustrados tentando ter sucesso ,e os cães como eu leva pé da bunda de todo mundo. 
Eu vou em todo lugar das ruas da Republica.Vou em alguns bordeis e tento dormir lá,só que eles me chutam pra fora.Assim como eu tento ver se consigo alguma coisa decente pra comer em uma padaria,igualmente,de vez em quando eu ganho um pão do dono para que  eu fosse embora rápido,restaurantes igualmente,não consigo muita coisa,apenas alguns restos.O engraçado é que é uma mistura interessante  nessa cidade que eu vivo:Aqui tem lixos,assim como tem luxuria.Possui cafeterias chiques,assim como existe barzinhos vagabundos.Dos dois tipos de lugares...eu sou expulso. 

Fico aqui,sozinho,com alguns cães igualmente vira latas como eu.
"E ai cara?Como foi o dia?" Pergunta o Denis,cão malandro do bairro, ele consegue ter algumas cadelas em seus encalços,assim como de alguma forma consegue ter um pouco de comida.Conheço ele há 5 anos,cachorro velho,sabe das coisas.
"Estou sobrevivendo Denis,sabe como   é,o mundo dos homens não é fácil" digo pra ele.Ele olha pro um mendigo deitado do chão, sem comida que nem nos,e disse "Se nem eles mesmos consegue conviver igualmente,imagina como ele vai tratar de outra espécie de animais."Quando ele disse isso,pareceu um cão raivoso,e ao mesmo tempo amargurado,os dez anos de sua longa vida mostra  que ele se transformou eu um xama superior:se transformou em um romântico,ou pior: num filosofo. 

"Sim,os humanos são fodas.Eu ouvi dizer que já teve varias guerras da espécie neles.Os motivos são difíceis de dizer,parece que se tratam de comida também,as vezes de centros de energia como petróleo,sei lá mais o que...é uma raça foda.Mas eles dizem que o mundo é um cão.Os cães também são fodas,a maioria castrado sabe?Eu conheci um cão lá do centro da cidade.Ele era bonito,limpinho que nem nos,só que tinha uma coleira.O coitado ficava trancado de casa e só obedecia a patroa.Pra mim isso é horrível.Não quero ter uma vida assim.Prefiro ser um vagabundo malandro.A maioria dos cachorros são idiotas.Não interessa a raça.Ou são muito bobos,ou muito idiotas." 
Ele fala isso e tenta lamber uma ponta de um cigarro jogado da rua.Achei estranho.Eu perguntei pra ele o que ele acha sobre os gatos,ele disse"São vadios e vadias,que nem essas garotas de programas que a gente vê das ruas,nada mais". 
A gente riu um pouco,e brincamos do meio da rua. 

Depois de um tempo apareceu o Valmir,sim esse era o nome nele.Segundo dizem,ele era o cão que tinha casa,uma casa pobre em zona leste.Ele se chamava Valmir pelo fato de que era um tributo ao um pai falecido do dono da casa. Ele se lembrava disso,o resto ele esquecia.Contava historias diferentes cada dia,tem dia que ele conta que a casa do dono foi queimada e ele foi abandonando  ,outra historia dizia que ele simplesmente foi jogado nessa sarjeta,nesse lugar tão longe de guaianazes. Difícil ...ele sofre amnésia em relação ao seu passado.Mais ele não se importa,na verdade ninguém se importa.Vivemos o presente.Sempre o presente. 

Eu até esqueci o que eu falei do verso anterior. 

"Sim,a cadela era gostosa!Era gostosa  e tudo mais,só que tinha um defeito:ela achava que eu era um idiota" disse Valmir,relatando os fatos."E também era uma chatice,ela falava toda hora da dona nela.Falava o quanto ela era culta,que ela era esperta...mais esquece.ha!Olha lá aquela cadela!Acho que é a Mona !Ei!Mona! Vem aqui!"
Mona,outra vira lata,meio meiga,cuidadosa,veio até nos.Era uma cadelinha suja,solitária,e meio  alegre.Toda pretinha por causa da sujeira que ela  fica depois de procurar algumas coisas do lixão.
"Oi queridos,tudo bem?" ela da uma lambida em todo nos.Tudo isso em uma tarde.Nos quatro conversando sobre muita coisas.Porem a fome bateu de novo,eu tinha que arranjar comida. 

Eu sai da conversa.Agora estou vendo onde eu arranjo comida,vamos ver...será que China in food pode dar alguma pra mim?Vou ver lá... 


"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA" 

Que foi isso?

"Batuf !"


Droga!Alguém me atropelou.Desviou a tempo só que atropelou a minha perna .Minha perna...esta quebrada.Oh deus...oh deus...calma aí...que menina é essa?
"Oi ...você ainda tá vivo?" 
Ela toca do meu pescoço...mãos macias  e gentis.Depois ela berra pedindo ajuda,e eu todo sangrando,acredito que o carro era nela.Deus...que merda aconteceu?Estou sentido muita dor. Acho que quebrei a minha perna. 

Deixe eu abrir os meus olhos .... 

Oh quem  é você?È uma mulher bonita e doce demais pra ser verdade. 
Será que  é realidade ?

"Tudo bem,deixe eu te levar pra casa" 

Ela me agarrou,colocou dentro do seu carro  e levou pra sua casa.Ela  é uma mulher bonita:usava um vestido decolado,cabelos claros e olhos igualmente claros.O corpo magro porem escultural, é uma felina bonita demais.E era obviamente humana.
"Desculpe cachorrinho,desculpe mesmo" disse ela,dirigindo com desespero.

E eu juro que imaginava que estava preste a presenciar o paraíso,a terra de ouro,a terra de alguma coisa.Qualquer coisa,que não seja aqui.Estou cansado de São Paulo,de andar por ai como um cão vagabundo e sem destino.Eu queria ter uma casa,viver decentemente e possivelmente ver os meus amigos morrendo em paz...
Porque eles dão nomes pra nos?
Porque?
Parece que quando ele nos da esse costume de nomes,nos transformamos em números,expressões vazias de vida.

"Eu vou cuidar de você....eu já fui enfermeira,um bom tempo atrás,ates de...meu deus!Estou conversando com um cachorro fedorento!De onde você é ?Você é bonitinho,todo cinza e cara de cachorro sem dono.Mais é fedorento demais"

Bom,pelo menos ela me chamou de bonitinho.Melhor elogio que eu ganhei.O melhor elogio...de hoje.
Oh a minha perna esta sangrando,apenas sangrando,a minha perninha que já andou muito nessa terra.Eu comecei a chorar,e a moça estava ficando cada vez mais desesperada,e eu já estava sonhando com Deus.

A dor era grande,o suficiente para não me fazer levantar,ou querer viver.Sim...a vida dói demais.
"Pronto chegamos em casa" disse a moça de cabelo claros e olhos igualmente claros,parece com...qual é a definição mesmo?"Anjo"?

Existe um anjo Cão?

Ela me segurou de novo,estava chorando.E ficou olhando pra mim,eu ainda estou chorando,a dor é grande."Tudo bem cachorrinho...você não vai morrer.Só a sua perna que esta mal..."  diz ela,olhando pra mim com os seus olhos hipnóticos.
Ela andou em uma escada...não sei dizer...esta muito escuro aqui.Chegamos do apartamento nela.È limpo,grande,cheio de cds,livros e ao mesmo tempo é vazio,um pouco vazio a sala,porem o banheiro parecia o paraíso.Ela me deixou da banheira,e disse que ia pegar os primeiros socorros. Ela pegou rápido e enfaixou a minha perna e colocou um remédio da qual eu não sei o nome.O sangramento parou por enquanto,e claro...eu não ia morrer.

"Pronto cachorrinho...agora deixo ver o que eu faço contigo...que horas são?Oh sim,já é sei da tarde.Você tem um lugar pra morar?Oh claro que não,da pra ver que é um vira lata deixado das ruas sujas e futuristas de São Paulo.Maldito ano!Maldito ano!"
A moça parecia meio louca.Ficou da banheira,e eu do colo nela,quando ela falava os seus olhos simplesmente pareciam que ficavam cada vez maiores, e a sua voz cada vez mais potente e ao mesmo tempo desafinada.
"Esquece!Eu estou louca!"
Verdade.Esta louca mesmo.Mas de alguma forma ela parece de fato de ser uma pessoa especial.Não sei dizer o  porque,mais eu sinto isso.

"Bom,você vai ter que ficar aqui,aqui em casa.Deixo arrumar algumas coisas..."

Ela me deixou da banheira deitado.Ela estava arrumando um local para eu dormir  da sala grande nela.
Ela ficava falando sozinha sem parar.
Ela tinha um colchão pequeno,e colocou do meio da sala,ela disse em alto e bom som que o pequeno colchão é pra mim.Só que quando ela falou isso,ela simplesmente parou de falar por um momento e andou até a banheira.
Ela ficou com olhos quase lacrimejados e disse "Oh...você não tem lar,e nem banho...acho que vou ter que te dar banho".
Sim,ela falou de banho.Alguma coisa estranha dentro do meu mundo.É uma coisa nova,como uma nostalgia de ver  um panfleto utópico de comercial de Shampoo. 
"Ah,o meu nome é Celine,sim...Celine.Minha mãe disse que é um nome francês"

E ela colocou água da banheira,enquanto ela me oferecia colo,como se eu fosse um bebê.Um maldito e novo bebê nascido para o mundo.Depois disso ela me coloca  delicadamente da banheira,continuando a me segurar pela parte de baixo de meu corpo,para eu não me afogar.

"Tudo vai ficar bem cachorrinho.Não se preocupe"  diz ela colocando sabonete  do meu corpo inteiro.

Ela faz até uma canção de ninar,a sua voz era um pouco desafinada,possivelmente dado a sua possível loucura,mais do fundo de seu canto tinha uma fragrância melódica,doce,agradável,e angelical.
E eu penso novamente se existe um anjo cão
ou pior
se existe de fato um anjo humano

como se a tal lenda de fato fosse verdade.

Ela continua cantando,me lavando,tirando toda a sujeira do meu corpo imundo e escroto.Sou um cão vagabundo,de um mundo de cão...mas agora estou limpo,como um maldito príncipe.

"O engraçado é que você nunca me mordeu até agora...você é bonsinho"
Depois do banho ela me enxugou numa toalha.Eu fiz carinho da barriga nela,ela sorriu.Foi estranho, mas já nos transformamos em amigos.
"Qual  é o seu nome hein?" Disse ela olhando dos  meus olhos,e eu não sabia responder.Os meus amigos tem nome,mas eu não.
Eu lati,de impulso,sem pensar.Oras bolas...eu não penso,sou um animal certo?
"Que foi?Ah você nunca teve um nome!"

Ela queria me dar um nome.Tentou  vários nomes,tentei demonstrar do meu latido que não gostei.
"Oh..esquece.Amanha eu te escolho um nome...na verdade não sei o que fazer.Apenas dorme cachorrinho,até amanha" 
Eu deitei do meu pequeno colchão,ele estava quente e gostoso de dormir. 

Eu estava tentando,mais eu ouvi um som.È da Celine,gritando e delirando,conversando com alguém do telefone. 

"Porra!Me deixa em paz!Eu vou te dizer mais uma vez:Não vou fazer nenhum filme!Nenhum filme!Estou cansado nessa vida!Eu quero mais!Não quero mais em ficar sentando em cima de pirocas !Vai se fuder seu idiota!"

Ela desligou o telefone. 
Eu fiquei preocupada e lati.Ela disse pra eu ficar quieto.
" Cala a boca cachorro!Seu vira -lata!.Você acha que é melhor que eu?Eu pelo menos tive riqueza,tive gloria  e dinheiro.Agora sou uma puta decadente! Oh deus...eu sempre fui!"  
Ela disse isso chorando.
Ela  foi até mim,olhou bem dos meus olhos,e eu parei de latir vendo aquele olhos grandes e belos.
O ser humano é a criatura mais louca da terra, é um mamífero se migrando em terras da qual eles mesmo  se destroem,e acima de tudo ,o ser humano é um animal confuso.Porem agora,eu sinto algo por ela. 
Ela disse "Desculpe.Eu sou louca mesmo.Sinceramente eu queria ser um cachorrinho bonitinho também" 
Eu faço um carinho da barriga nela,e ela me abraça.Sim,somos dois esquecidos do mundo. 
Ninguém liga se ela chora,só eu,e igualmente ninguém liga a pessoa que me atropela,a não ser a própria pessoa que me atropela. 
E eu nesse momento eu queria ser humano.Juro por algum deus-cão que eu queria ser humano,para apenas disser pra ela "Tudo bem,tudo bem...." 







segunda-feira, 24 de abril de 2017

Coisas rápidas e vazias.








O dia acordou
E ela apareceu.


Mostrou a saia preta
E a boceta colorida.

Sorriu como atriz
Atriz pornô

E fez
Coisas
Que todo homem sonha.


Ela gemeu
Chupou
Rosnou

Enquanto a cidade
Chorava
Chamejava
Pedia piedade e tudo mais.


Mas do decorrer do dia
As coisas de desmancharam rapidamente.


Ela ficou gritando
E uivando
Enquanto(lá fora)aparecia a chuva da noite.

Ela se desmanchou
Em mil gotas de chuvas
E ficou tão feia quanto o resto do mundo.

Eu o pedi pra ela ir embora
Ela sorri e não ligou
E foi embora.

Eu peguei o meu cigarro
Olhei pra aquela mulher triste
E cidade triste
E
Me contemplei junto com o vazio da noite

E da minha alma. 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

As cores do mundo.




A flor se despede
do raiar do amanhecer .

Os vagabundos noturnos festejam
esperando aquela puta dar um belo desconto.

O radio dos loucos e dos famintos esta ligado
enquanto o som  melancólico da chuva de ontem faleceu entre os asfaltos.

O gim do homem barba foi jogado entre a latrina,
os gatos bebem e dançam loucamente sobre as ruas da avenida flamingo.


2

O quarto
Fedendo
A sangue
E
Esperma
Foi banido
Pelas cruzes
Do demônio das onze horas
Dos anjos das doze horas.

A teta
Da puta
Se espreita
Sob a chuva doce do meus olhos
Enquanto espanco
As minhas tripas
E denuncio
A minha alma.

Eu vejo
Eu presencio
O apocalipse ,
As guerras falsas do homem ,
O abismo secreto preso em cada escada de cada avenida,
O ruir estrondoso dos trovões batendo loucamente sobre a dura e crua verdade
da mortalidade
e da maldição eterna de ser estúpido.



Enquanto a cidade
tenta dormir
em sua própria insônia frenética
de tentar esquecer que os teus filhos são loucos bastardos,
são velhos veteranos de guerra
que não possuem um lar
Ou um abraço quente.

Sim!
Sim,São Paulo!
Agora eu falo pra ti!
Meu amor!
Meu ódio!
Meu patrimônio literário! 

Sim!
São Paulo!
Eu vejo as tuas rugas!
Eu vejo as tuas cores melancólicas!
E as tuas luzes estrelares chorando sobre os asfaltos secos e sombrios.

Eu quero que tu
deite com o povo,
com a negritude do ser,
com o raiar da solidão.
Quero que tu tires essas roupas pesadas
e esse olhar cansado.

Que beije todas as asas dos anjos
e todos os patrimônios esquecido de Deus.

Que todas as cores estejam aqui
comigo
e com você...

Que toda a vida tenha um curto sentido
antes de aparecer a tua sombra,
antes de aparecer aquele amor,
antes de aparecer aquela amiga que um dia jurou que vai me buscar.

terça-feira, 18 de abril de 2017

As garotas(de ontem)









De vez em quando  elas aparecem
As garotas
Elas invadem o meu sonho
E a minha realidade soturna.


As garotas...


Elas dançam do meu quarto
(As garotas )
Elas sopram as melodias de Rimbaud
E profere os dilemas dos dias esquecidos.


As garotas...

Elas comem e devoram o meu papel
(As garotas )
Elas olham pra mim em torno de três da manha
E pensa que tudo que passou não valeu a pena.

As garotas ....

Elas saem disfarçadas de humanas durante a noite
(As garotas)
E chupam os sangues dos homens mais tolos do mundo...

E os sorrisos delas
Sempre são vampirescos
Que parece que cria uma estratégia
De sugar o teu sangue
Ou  satisfazer a sua louca ilusão

Mas as vezes
Elas se escondem do raiar do sol
Choram loucamente como crianças perdidas
E necessita   estritamente 
De um abraço
De um beijo
De um olá
De um adeus...
Necessita de algo que a cidade não pode dá
Mas você sim.


As vezes
Elas dormem docemente do seu peito
Respira friamente do teus lábios
Elas  riem notavelmente das tuas piadas bobas...


E quando tu se vai
Quanto tu esta do fundo do poço e da merda...
A cidade chora contigo
A cidade goteja  sangue junto contigo
E percebe que nos dois estamos velhos
E solitários demais para deixar essas garotas entrarem em nossas vidas...



segunda-feira, 10 de abril de 2017

O segredo das folhas de outono.






Ela caiu
Do precipício
Em torno de três da manha.




Ela sorriu
Que nem uma margarida solitária
Em torno de três da manha.


Cantou
Docemente
As melodias
De Renato Teixeira.

E a noite
Chegava
Com aquele velho tom de melancolia
E saudade

E os segredos das folhas
Foram proferidas loucamente
Da estação de outono.