segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Sinfonia da Rua 23



Ouvi um estrondo,um grito.
Uma faísca de um beijo,um gemido.
Era um fato solitário,despedindo-se das coisas
Da Sinfonia da Rua 23.


Beethoven chorava,pela sua Rainha Medusa.
É a mesma lenda de sempre,ela  é uma fera,uma monstra sem um coração partido.
Mais tinha uma voz que é uma voz suave e bonita.
As vezes a beleza doí demais...
Principalmente da Sinfonia da Rua 23.


Rasgado o peito!
Sim,teu herói!
Rasgando os tons desafinados do violinos!
De teus passos sozinhos.
Em Prédios.
Embriões Angelicais berrando um arroto de uma coca cola quente.

O violino grita,
Em distorções  preliminares da rua da tua falida cidade.
Ela estava do compasso 2/4,
Sem tom definido,
Era um banquete de mendigos,homens modernos,criaturas  vampirescas,putas solitárias cantando uma Sinfonia da Rua 23.

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