segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Norte(sem fim)



Viras as paginas da vida alheia meu santo.
Outro olhos,outra musica,orquestra a se manter da linha da estrada.
Pois eu me sinto sempre só.

Um soco suave de um vento bate do meu rosto enquanto cuspo um pouco de sangue da calçada.
A minha jaqueta preta esta meio borrada e amassada,meio sujo,me masturbei hoje a noite.

O mundo é cheio de pequenos fatos assim.

E há mais:
A cortina da casa da Mãe de Catarina sopra.
O café do bar da esquina ainda esta com o cheiro natural de um cafe amargo.
E um pouco misturado com o meu calor e ao calor alheio,junto com o cheiro de urina de um mendigo.

Oh Deus,tudo esta ao meu maldito redor e sinto uma vida grandiosa e eu um ser pequenininho .

Onde eu a pego a vida?pelo pê?pelas mãos?
Devo lutar boxe com a vida?

Não sei..só me lembro que eu me  prendo a fáceis tentações.
Pois eu comi a maça de Eva,trepei com ela também
E esperei que Deus nos fornecesse alguma benção.
Oh sim...só vejo a espada cortar toda a beleza descomunal da Grandiosa Deusa Antenas.
E eu me vejo aos belos vagabundos da vida.

O que nos diferencia a gente com os santos?
Talvez o excesso de humanidade ou algo alem da humanidade,super humano.
Mais eles também não conseguem mudar o mundo ou a natureza humana.

A chuva carrega os meus temores razoáveis do final junto com as trouxas e fins racionais que eu descarto facilmente.
E eu caminho para o norte .


Enquanto em casa eu sigo sozinho,sem emprego e sem família.
Vivo os dias,sozinhos.
A um norte sem fim...

"Pro onde você vai?
Pro onde você vai?" pergunta a Catarina para min.

Apenas digo para ela com esse poema sofrido e com mãos suadas  que vou seguir de algum modo o caminho da vida e toda a minha dor.
Defino aqui para os poucos amigos o caminho da vida em si:Torto,Louco,Fodido,Brutal,Sangrento...e por fim Gloriante,de todo o seu caos e tristeza...que eu carrego andando para o Norte.






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