domingo, 23 de agosto de 2015

O abismo de um sonho qualquer



Vi a Lua aparecer em sua insonia negra outra vez...
Era tempo de Agosto,tempos escolares e tristes.
Ela me  dá um beijo,enquanto um peixe morto canta uma serenata.
"O abismo de um sonho qualquer",pensa  o peixe infeliz.



O ouvinte lhe da a luz  triste e cinza da louca cidade.
Oh...era verão,andávamos loucos e perdidos dentro da cidade de SP.
Ela era como um sonho juvenil:usava roupas punk,cabelo pintado,gostava dos filmes de Stanley Kubrick.
Tinha sensibilidade que doava para min e para os  outros solitários da terra.
"Um sonho,Um sonho",diz o bêbado  enquanto nos beijávamos novamente.


Ela me deu um ultimo beijo,ela era uma princesa nua,que estava me esperando fora do seu castelo.
Eu toco em suas partes intimas,ela goza de alegria e me beija...o ultimo beijo.
Ela me engole,o meu corpo gordo e sujo,o meu corpo inexpressivo.


E eu acordo,vejo a janela aberta,Lua Branca e pálida.
A nevoa se abre,nada demais,junto com as nuvens ela vai embora.
Depois eu vi um monstro triste,o sugamento da galaxia em cima do ceu,e flores pretas e vermelhas...
Acho que aquele monstro e aquele mundo em descomposição era eu...

Não sei mais o que é real,o que é falso.
O que é patetico,o que é bonito...
Oh me diga...você ja se sentiu assim?Louco o suficiente a querer sonhar com a raiva?Tristeza?


Amor?

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