sábado, 29 de agosto de 2015

Amor...demasiadamente amor.




Em fins ríspidos te encontro em todas as ruas de minha vida solitária,você sempre estava aqui de algum modo meu amor.Eu sigo escadas e janelas azul de minha alma e você aparece em seu reino negro e roupas de sedas pratas.
Os dias seguem nessa maneira estranha e puramente sem conceito nenhum.
As ruas choram com a chegada do sol,tu chega do bar e olha para todos nós:malditos,imperfeitos seres humanos,idiotas de todos os tipos...lindos perdedores.
E uma Princesa aparece em meio ao todo lixo.
-Você esta aqui?Você mesmo....-Aponta ela para mim,daquele bar sujo e imaculado.
Eu de fato achei a pergunta estranha.Ela parece que leu a minha cabeça e diz:
-Oh meu amigo,você esta em outro lugar,uma especie de planeta vazio.
E ela tinha razão,que diabos eu sou?um pseudo intelectual?um amante das formas racionais que se frusta com a realidade?

Um homem sozinho de um planeta vazio?

Eu sempre vou do cinema Nostalgia...ah que filmes eu vejo?os mesmos de ontem..
Que tipo de pessoa eu estou me transformando?Num abismo de um homem Moderno.

-Bom-Diz ela-A maioria das pessoas solitárias ficam pressas em seu mundinhos,certo?

Eu olhei pra ela e digo-Quem é você?
Ela sorri,os seus lábios são vermelhos grossos,e seus cabelos negros parece ter vida,se corrompe e canta suavemente entre o vento poluente de São Paulo,era divino.

Ela diz-Sou Igual a você,ou talvez um complemente de sua fracção biológica,sou a sua construção ideológica e juvenil da palavra amor.

Eu não entendi nada daquilo,só sei que depois ela me deu um beijo.
Oh sim,os lábios vermelhos nela,a sua carne molhada presa do cantinho da sua boca,a sua saliva envolvente entrando em minha boca.
E o bar se torna um lugar que poderia ser aplicado a um ato de divindade,os bêbados,os perdedores,os homens de  costumes olham pra nós.

Eram figuras que parecia ser angelical,algo perto do paraíso.

-Deu sorte ai hein garoto....um cara feio como você pegar uma menina bonita nessas....

Paguei a conta,eu estava feliz,e dei uma gorjeta  para o garçom que me falou isso.
Eu olhei pra ela e disse para a gente dar uma volta pela cidade,olhar as igreja da praça republica e os batuques agressivos dos imigrantes africanos  e do cheiro de urina dos mendigos da rua principal do comercio de lá.
E tudo que era sujo em São Paulo pareceu ser um horrível e belo contraste de uma cortina cinza de ferro que fazia a gente se sentir mal,e depois se sentir bem.

Aquele era realidade,um fator sofrível,mais não ruim,horrível,mais não completamente horrível.
Pois a gente viu as flores vazias da praça da Republica e daquele momento eu só pensava naquele momento em si,ignorava todas as coisas que me preenchia.
Era a considerada perfeição,a cidade chora lagrimas frias que se transforma em neve.
Oh sim,a neve pariu em cima de nos dois,era algo perfeito.
E a gente se beijou novamente,era lindo,brutal,poeticamente viável nesses tempos,era um conto de fadas modernos.

O milagre foi do  que o garçom daquele bar falou,pois tudo que ele disse era verdade:Eu era um feio,um perdedor,um homem solitário,um gordo vazio,um ser patético.
E mesmo assim sou dado a viver o amor,ou ter uma mulher que pareça com um anjo que desce do paraíso e vir aqui da terra para me dar um pouco de esperança.

Um pouco de Esperança.

Desculpem por isso,pelo esse exagero de palavras,imagens,sons,personagens simbólicos e fins poucos esclarecidos...oh doeu demais escrevendo esse texto.
Talvez porque eu gosto de escrever,só que transpirar as vezes toda a dor e amor do mundo doí demais.,pois as vezes eu acho que sou egoísta.Mais também não quero mostrar que sou uma pessoa só feita de tristeza.
Depois de todos esses atos eu levanto e tomo um café,não penso em nada,não penso em simplesmente em nada.Eu apenas olho a minha rua da janela:vejo a Dona Silda passar,vejo os maconheiros de merda da escola Maria Fernandez fumando outro trago,vejo o bar abrir e algumas pessoas tentando ser feliz.
Eu sonhei um pouco sobre a luz do sol batendo dos meus olhos cansados,vejo guerras e guerras,e vejo São Paulo chorar em seu abismo frio e solitário...e depois pensei em você,você parece uma santa.
Mais nem os Santos mudam esse mundo.

Diga-me Baby,nessas horas frias de São Paulo...nessa cidade estranha e violenta...já pensou  numa maluquice?de querer que chove neve do seu quarto?que o aroma das escadas,quartos,banheiros  seria aromas desconhecidos?Aromas essências para as orbitas do universo?
Para o curto e silencioso momento em que o cantor trágico chora?Oh sim...pensamos em chorar,mais colocamos palavras em cimas das lagrimas.
E as lagrimas serão esquecidas junto com as gotas das chuvas...e essa historia se torna um conto de fadas.Se ele é real ou não só você que esta lendo pode definir isso...alias...é Real?




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