Só vejo assim
Tão perto e tão longe as coisas que
acontecem em mim
Como um soco que eu levei de um boxeador e
me derrubou no duro chão
Um lixo jogado por mim entre os jovens das
ruas
A merda de cachorro que eu pisei e limpei
As ruas onde estão as doces e loucas
mulheres
Me levando a bons lugares e a lugares
ruins
A multidão a qual pertenço
Os crimes que eu cometi
Os crimes que fizeram a mim
Os anjos vestidos de roupas, a se despir
Mendigos tragando últimos cigarros
Vendo belas mulheres de pequenos vestidos
E a cidade abre a sua carta postal
Com suspiros
Com temor
Com desesperança
Dê um beijo em um trem metálico à luz do
amanhecer tardio
Indo tão longe....tão longe de mim
E pouca gente fala disso atualmente
Alguns apenas discutem grandes questões
literárias, filosóficas e politicas
Evoluções
Satélites
Homem a lua
Mais poucos são os que falam de coisas
como eu...e talvez como você
De vozes despedaçadas, fragrâncias de
perfumes solitários
Fazendo um demente e triste uivo
Coisas solitárias que da louca magia da
noite choram por todos sem nenhum motivo
Coisas que vejo acontecerem comigo mesmo
Mas sabendo que não acontecem apenas
comigo
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