"A sua geração nicolas e uma prova de não conseguir ter relações verdadeiras, na minha época tinha a play boy e eu não curtia essa porra", fala ele dando pausa beber a cerveja, "eu dizia pro caras tomarem do cu e pararem de ver uma mulher e ir pro puteiro que nem eu".
"E agora as coisas mudaram?" perguntei pra ele só pra ouvir o que ele tem que dizer.
"Piorou ...agora vcs usam esse tablet e computador babando vendo uma mulher"
Meu pai já estava preparado. Me despedi do marcos, e fomos de carro para o hospital de São miguel, sábado a tarde era bem deprimente as vezes, estava toda cinza, não chovia, mas mostrava o tédio que são as rotinas dessas pessoas...a gente parou o carro no banco bradesco da avenida sao miguel, por não achar um lugar pra estacionar perto do hospital, e andamos até o hospital. Meu pai falou que não era complicado ir ate esse hospital, e não era mesmo, e tbm disse da situação do meu vô, "ele ja fez a operação, não foi tão ruim assim, ele ainda terá o figado só que por hora esta bastante frágil depois da cirurgia, e se sente um pouco sozinho com a vò zilda",do final de contas por mais teimoso que meu vô parece ser ele e um tipico e ate clichê de um sentimental, tem sim sua base racionaria que parece que as nossas conversas sobre o futuro sempre tem discordância. O vô waldo parece ser assim, mais e um homem caipira que foi pra cidade criar uma família e continuando a tocar musica de sua terra. João e mais racionalista, mas ambos são extravagantes. Se perguntar pra mim se meus avos são complicados, eu ia discordar na verdade. Pois, por mais besta que isso parece eles são homens simplórios em um mundo complicado, pois do final de contas o que importa? As senhas, as regras sociais, politicas, leis e tudo mais? As vezes, a simplicidade e a maior coisa da vida. Bom sem soar sentimental eu estava a visitar o hospital, parecia uma prisão ou um manicômio. Não era um lugar mal construído, e ate bem construido ...mas a alma era assustadora, e cinzenta, e triste com restos da cidade e do bairro de sao miguel. Entramos la, o horário era apenas de dez minutos,a tia de sei la onde acabou de visitar ele,andamos pelas escadas do hospital ,era o terceiro andar e chegamos la, meu pai guiou onde era o quarto dele, passamos por pacientes fragilizados,tratado de maneira delicado,a merce do que ira acontecer,o cheiro tímido de limpeza da cama suja de urina e tudo mais, e chegamos do quarto do meu vô. Ele estava sozinho com a vó zilda, a outra cama ao lado nele parece que o cara teve alta,eu beijei a minha vó zilda e cumprimentei o vô joão, eu olhei detalhadamente, quando eu vi ele eu pensava quantos meses eu não o via . Ele realmente estava frágil, magro mais do que o comum, a pele morena e cabelo grisalho ainda estava la com seu tipico rosto rígido e frágil, "oh nicolau já faz tanto tempo" ele falando com uma voz rouca e fraca e sorrindo, a gente, nos três falamos de muitas coisas banais da rotina ,eu apenas observei o meu vô que parecia desconfortável, falamos do trabalho da bombonierre, da minha mãe e sua empresa, e do tratamento do hospital e a cirurgia e tudo mais. Tbm falou do meu cabelo, passou o tempo e ele me despediu falando que da próxima vez que me visse ele quer que eu esteja de cabelo cortado. Bom a gente saiu de la, e ultima coisa que eu vi do corredor era um velho de cadeiras de rodas reclamando da fralda cagada, parecia um velho bem triste e esquecido por muita gente e talvez por algo muito pequeno, mas as pessoas consideram importante que e a consciência, essa luzinha que tenta colocar certas questões de certo e errado num porão escuro....
"E agora as coisas mudaram?" perguntei pra ele só pra ouvir o que ele tem que dizer.
"Piorou ...agora vcs usam esse tablet e computador babando vendo uma mulher"
Meu pai já estava preparado. Me despedi do marcos, e fomos de carro para o hospital de São miguel, sábado a tarde era bem deprimente as vezes, estava toda cinza, não chovia, mas mostrava o tédio que são as rotinas dessas pessoas...a gente parou o carro no banco bradesco da avenida sao miguel, por não achar um lugar pra estacionar perto do hospital, e andamos até o hospital. Meu pai falou que não era complicado ir ate esse hospital, e não era mesmo, e tbm disse da situação do meu vô, "ele ja fez a operação, não foi tão ruim assim, ele ainda terá o figado só que por hora esta bastante frágil depois da cirurgia, e se sente um pouco sozinho com a vò zilda",do final de contas por mais teimoso que meu vô parece ser ele e um tipico e ate clichê de um sentimental, tem sim sua base racionaria que parece que as nossas conversas sobre o futuro sempre tem discordância. O vô waldo parece ser assim, mais e um homem caipira que foi pra cidade criar uma família e continuando a tocar musica de sua terra. João e mais racionalista, mas ambos são extravagantes. Se perguntar pra mim se meus avos são complicados, eu ia discordar na verdade. Pois, por mais besta que isso parece eles são homens simplórios em um mundo complicado, pois do final de contas o que importa? As senhas, as regras sociais, politicas, leis e tudo mais? As vezes, a simplicidade e a maior coisa da vida. Bom sem soar sentimental eu estava a visitar o hospital, parecia uma prisão ou um manicômio. Não era um lugar mal construído, e ate bem construido ...mas a alma era assustadora, e cinzenta, e triste com restos da cidade e do bairro de sao miguel. Entramos la, o horário era apenas de dez minutos,a tia de sei la onde acabou de visitar ele,andamos pelas escadas do hospital ,era o terceiro andar e chegamos la, meu pai guiou onde era o quarto dele, passamos por pacientes fragilizados,tratado de maneira delicado,a merce do que ira acontecer,o cheiro tímido de limpeza da cama suja de urina e tudo mais, e chegamos do quarto do meu vô. Ele estava sozinho com a vó zilda, a outra cama ao lado nele parece que o cara teve alta,eu beijei a minha vó zilda e cumprimentei o vô joão, eu olhei detalhadamente, quando eu vi ele eu pensava quantos meses eu não o via . Ele realmente estava frágil, magro mais do que o comum, a pele morena e cabelo grisalho ainda estava la com seu tipico rosto rígido e frágil, "oh nicolau já faz tanto tempo" ele falando com uma voz rouca e fraca e sorrindo, a gente, nos três falamos de muitas coisas banais da rotina ,eu apenas observei o meu vô que parecia desconfortável, falamos do trabalho da bombonierre, da minha mãe e sua empresa, e do tratamento do hospital e a cirurgia e tudo mais. Tbm falou do meu cabelo, passou o tempo e ele me despediu falando que da próxima vez que me visse ele quer que eu esteja de cabelo cortado. Bom a gente saiu de la, e ultima coisa que eu vi do corredor era um velho de cadeiras de rodas reclamando da fralda cagada, parecia um velho bem triste e esquecido por muita gente e talvez por algo muito pequeno, mas as pessoas consideram importante que e a consciência, essa luzinha que tenta colocar certas questões de certo e errado num porão escuro....
Um dia depois nascia o domingo,os médicos iam definir a alta de vô joão na terça e a gente estava otimista,quando eu vi ele daquele dia do hospital ele não parecia estar reclamando,mostrava paciência e tudo mais. A gente estava almoçando,eu estava tentando enfrentar a merda que e todo domingo,domingo e pior dia da semana, e ligou do hospital a vó zilda, ela disse que vô joão ja saiu do hospital, o que assustou foi que ela disse no final da ligação com meu pai "se ele quer morrer em casa que ele morra!", e desligou o telefone. Ficamos assustados com aquilo,demorou um tempo pra ela ligar,nesse tempo eu pensei que meu vô ia chegar em casa e ia se matar, pois não deu certo alguma coisa, ou bateu uma depressão. Eu tinha uma colega da escola que tentou varias vezes cortar o pulso, mulher bonita, melosa por seus sentimentos solitários, realmente era uma menina besta como muitas, mas tinha aquele ar radiante. Quando chegava no começo da aula ela parecia bem porque ela disse que aceitou Deus do seu coração e baboseira parecida, quando uma pessoa esta com uma vida de cu gostam muito de falar de Deus. Ela parecia bem, mas do outro dia ela se matou de maneira bem profissional, cortou os pulsos de maneira bem feita e deixou um grande plastico de piscina do chão do banheiro, para não sujar de sangue. Parecia uma suicida gentil, mas o que me chocou foi essas coisas das pessoas de fingirem que estão bem e sorrindo de uma maneira simplória e gentil mas da verdade elas estão ruins. Eu e minha ingenuidade pensava que só eu era bom nisso, quando eu saio da rua e a menina suicida e meu vô tbm, pareciam ser bons nisso com o resto do mundo.A gente esperou e esperou quando anoiteceu a vó zilda ligou e contou que o vô fugiu do hospital, fiquei aliviado e ate ri disso,pois se eu estaria do lugar nele faria a mesma coisa,pois fugiria de certas coisas ou iria embora, seria a melhor coisa a fazer.Ai disseram que meu vô e louco e tudo mais,que ele nao ouvia ninguem como sempre nesses tempos, pensei nessa coisa de realidade,de mundo que a gente participa,o mais normal de dizer e que esse lugar e estranho sei la ,so sei que me sinto estranho de andar nesses lugares,mais esse hospital,com essas pessoas parindo e morrendo, eu via da janela do quarto, tinha aquele hospital da avenida sao miguel,estava cheio,muita gente deve estar bem ruim,muito bebê deve estar nascendo,so sei que depois eu vi um cabeça de um pombo esmagado por algum pneu de carro,estava nevoroso demais com essas coisas e decidir ir pra casa e dormir.
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