terça-feira, 23 de abril de 2013

Adeus saudades ( que nunca senti)




As vezes temos sorte demais
Algo que todos igualmente pode ter...
Pense...todos tem o direito de respirar
Mesmo achando que o mundo se quebrou

Sem  a solidão...
O que posso fazer aqui?
Eu sei,nascemos sozinhos e morremos sozinhos
Isso pode ser compreensível e qualquer um

Mas deixe,apenas deixe o ar em paz
Posso lhe colocar uma flor desértica dos seus cabelos...pode combinar com você
Posso lhe dar diamantes em suas  florestas negras...pode combinar com você

Vejo homens ,vejo rosas
Pássaros voando,crianças chorando
Cinema em declínio, índios  morrendo
E o mundo que eu abro as portas e  vejo um hospício de sentimentos alienados
Nada faz sentido


Nem eu e nem você fazemos mais
Eu realmente queria ficar do meu pequeno castelo de cera e esperar as flores do outono chover entre os fins de semana
Mas não dá
Tenho que lhe dar uma despedida

Talvez um beijo
Talvez um abraço doce
E perfuma você com o tédio doce e melancólico
Eu puderia dar adeus a algo que tenho saudade
Mas não tenho saudade de nada

Nem das chuvas de 9 anos escorrendo do meu antigo sorriso
E nem da professora de matemática com um sorriso jovem e inocente
Não tenho saudade de nada
Apenas de sentir saudade
Apenas de sentir você

Você que é ventre secreto do lado escuro da lua
Você que é a bela rainha sem reino e dona de todos os cemitérios  terrestres
Você que foi amor e agora é ódio
Eu ando da rua e paro ao ver um homem caído do meio do caminho
Talvez você matou ele e me matara
Nessa saudade que sempre queria sentir

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