Nunca consegui escrever o nome nesse cara sem olhar pras
pesquisas da internet ou coisa do tipo.O que eu sei...bom,ele escreveu alguns
livros que se transformaram bíblias para o pessoal da subcultura.Não que eu
ligue se um livro se torna uma nova bíblia,como o famoso livro dele “On te
Road”,não...o que eu ligo é a escrita em si,e nada mais ,nada menos.
Acredito que o primeiro livro que eu li seu Sr Kerouac foi o
“Vagabundos Iluminados” que pra mim é o que mais me comove.Não por causa de
certas predicações que você teve com o budismo,não...mas por causa da
melancolia e alegria que a obra mistura,e naturalmente a sua simplicidade
e honestidade como escritor.Acredito que
você era um escritor tão honesto que superava a sua possível desonestidade como
ser humano.Sim...todos nos somos falhos,todos nos temos um pouco de falácia,malicia,inveja,e falsidade.Depois dos
“Vagabundos Iluminados” eu li o resto de sua obra,e considero elas competentes
e bem escritas.De fato...um grande escritor.
Kerouac,aqui do ensino Médio,a vida é chata demais,e a
literatura ....nem se fala.Todos os dias temos que lidar com professores
mesquinhos e abismados,que estão mais querendo colocar uma masturbação
intelectual do que um ato de ler em si.Não sei...não sei...parece que as coisas
boas e literárias da vida eu aprendi mais das ruas,em casas de estranhos,do que
das escolas.Quando eu descobri a sua literatura,aquilo me salvou do tédio. E
hoje,me salvou de uma noite sem sentido e vazia...
Eu vejo o seu tumulo das fotos do jornal,acho que já faz um
bom tempo em que você morreu.Um bom tempo...e o mundo mudou bastante.O homem
foi a lua,a tecnologia avançou,o capitalismo ganhou do comunismo,e temos vários bens matérias que não tínhamos antes,e
agora estamos com uma grande crise econômica,resumindo:mundo louco.Porem,o ser
humano parece que tem dentro de sua essência
a solidão,sempre a dura e tremida
solidão.Você pode ser jovem,e a solidão te abraça,você pode ser velho,e a
solidão é a sua melhor amiga.Não tenho medo dela...só tenho medo o que ela pode fazer com a minha vida.Não sei
porque estou comentando isso com você.Não sei...porque você se tornou o ícone
da juventude,e depois morreu dentro da casa dos seus pais,completamente
sozinho,paranoico e alcoólatra .Ninguém disse que você era um homem
correto,pelo contrario ,você sempre pareceu ser uma figura tipicamente
errante.Não sei porque eu me identifico com a sua escrita e com a sua alma
vivida e errante.Admito que eu tenho um pouco de medo de morrer sozinho,ou
morrer paranoico demais,como se tudo fosse tarde demais.Mas eu acredito que é
por isso que nasce o movimento Beatnik
certo?O estado emergente da alma,da poesia e do corpo.Você tem que viver,não
importa como,tem que viver,alias:todos nos temos que viver.Isso não é uma
opinião e nem sequer uma suposição,mas um direito que com o passar dos tempos
se torna um dever.Sem duvida,acredito que devo um pouco a você...sim..a você.Enterrado nesse túmulo,lido por esse artigo velho e naturalmente celebrado pelo mundo inteiro.
E eu?Bom,eu sou apenas um fã como qualquer outro.E
naturalmente um ser humano.Eu tenho o direito e o dever de viver.Sempre tenho.
O que eu vou fazer agora é ligar pra Denise,vou dizer o seguinte pra ela:
“Denise,eu te amo e
eu sempre vou te amar.Do final de contas não importa se não existe paraíso,ou
inferno,não importa se eu vou morrer hoje ou amanha.O que importa Denise é que
a vida é boa,a vida sempre é boa.E eu quero viver com você,quero amar você,quero aprender a me
amar,e aprender a amar a vida.Vamos sair de casa agora Baby,vamos andar por
ai,e vamos simplesmente viver a vida.”
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