domingo, 3 de julho de 2016

Contador




Dado a inexpressividade do meu café
e naturalmente da minha doce e tremida manha.
Eu declaro,mesmo com um certo dose de despretensão e desespero
que o mundo ira me jogar ao lixo.

Ou melhor
eu vou me jogar ao lixo.


Cansei...e morri umas mil vezes.


Morri em hospitais
Morri das ruas de SP
Morri dos infernos
Morri dos paraísos
e Morri dos presídios.

Junto com o subúrbio
ou naturalmente os becos de lixo
trago com certa dor e compaixão o meu coração partido.

Mesmo que isso pareça ser uma veadagem
dos corações partidos.

Mas esquece
esquece
Não devo pensar nisso 
Não devo pensar nisso


So devo me jogar ao lixo
ao inferno mais uma vez

Ver as minhas tripas pra fora
Ver as explosões nucleares
e os rostos deformados de cada um.

Sou um fantasma
Ou então um contador qualquer
enterrado da lama
e esperando a minha hora. 

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