quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O choro da borboleta

È branco e transparente
Engole-se de raiva ausente
Levantando-se as asas pequenas para o gigante mundo
O choro da borboleta que vai até os meus lábios

Digo pra ela que não a amo
Mas que na verdade eu sou um mentiroso
Digo tantas mentiras para revelar uma verdade
Digo poucas palavras para dizer muito

Ela vê os bêbados...vê os bordeis
Sobre a luz do luar onde os cafetões estão em posso
Ela chora sobre o mundo cheio de dinheiro
E nenhum nele é compartilhando para ninguém
O choro da borboleta vai até os meus lábios

Digo pra ela ficar lá
Ficar pressa em seu contexto tipicamente romântico
Ela fica pressa em suas costas de cristos sobre o sol vermelho
Ela conta as lagrimas dos miseráveis do mundo como eu


Ela vê o moisés guiando o povo de Egito da noite escura
O mar vermelho transparecer depois de uma fúria insuportável do universo
As torres dos faraos depois da morte
E os poços das gotas de anjos costurando os malditos


Digo para ela morrer logo
Tão cruel digo isso
Digo pra ela nascer logo
Tão gentil eu disso isso
E ela vai embora
Navegando-se em sonhos de noites vazias e pessoas flutuantes

Nenhum comentário:

Postar um comentário