terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Não sinto nada

Eu não sinto nada, 
Me desculpe por isso.
Pois por causa disso eu não posso fazer nada.
Não posso fazer um poema ,
Não posso cantarolar o dia e amar a vida, 

Não que a vida seja algo bonito,

Mas sinceramente o ar está tão frio e pesado... 
Será Deus? Será o vento?
Sinto uma mão pesada em cada olhar do cotidiano.

Eu realmente "sinto" muita gente.

É algo muito triste, triste mesmo.
Na verdade, eu queria ficar triste mas nem isso eu consigo.

Um véu cinza se brotou do meu olhar.

Parece tão real.
Uma chuva incerta me despedaçou esta manhã.
Uma ausência de quem eu queria que existisse.
Mas não tem nada. 
Ninguém.
Ninguém ao meu redor.

Agora devo partir? Devo me partir?

Devo me esforçar?
Não... acho que é inútil.

Alguém pode me soprar e meu corpo cairá como pó.
Será soprado e andará por tempos incertos. 
Tudo é nada.
O nada é eterno.

Vocês devem ter algo a fazer, isso eu posso afirmar.

Sinceramente, isso vai dar certo?
Não vou ter um livro nem uma base critica.
Serei uma piada triste e nada mais.
Realmente...vale a pena?

Posso falar dos namorados que se beijam,

Mas é algo arrogante demais pra mim.
Mesmo que eu tente traduzir os aromas do amor,
Nunca conseguirei  alcança-lo.
Nunca o defini. 
O amor me fez de produto.
O nada me fez de ócio e me levou daqui.

Aqui que é o nada q
ue ofuscará as ondas do hoje e do amanhã. 
Aqui é o nada.
Rachaduras da melodia terrestre e dos cometas do universo,
Chovendo nuvens...
Matando -me...

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