sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Diário de viagem parte 4:a lua que chora pelo resto da terra



Eu depois de ontem do hotel fui subir da serra quando já estava anoitecendo
Era o meu segundo dia de viagem e ela mal começou e já dormi num hotel com uma mulher e agora subindo a grande serra quando a lua estava nascendo
Que lua eu penso,tão longe e tão perto de min !
Da estrada estava escuro e ninguém estava indo de carro,não do meio da semana a noite indo pra nenhum lugar especifico
Só tinha as curvas das estradas da serra,as arvores e folhas e pequenas montanhas ao meu lado  direito da estrada
Nessas montanhas tinha pequenas cachoeiras doces nascendo ao florescer da noite
Ela batia entre as cochas da montanhas e as curvas nelas formando a doce correnteza onde não parece ter um lugar pra terminar
Mais sei que termina de alguma forma,e mais e mais águas nascem do choro da montanhas
Se são infinitas correntezas isso eu não sei
Só sei que me sinto só novamente

Sozinho da estrada e únicas companheira é a natureza,a louca,a trágica,a doce,a irma física das coisas...natureza
Eu com o tempo que tenho de vida eu não sei definir a natureza
Eu realmente não sei
Ela parece um monstro ,uma deusa onde esta em todos os lugares
A natureza das flores,as natureza das folhas,a natureza das arvores.as naturezas dos seres humanos!
Sim...tantas naturezas
As vezes trágicas,morte em suas casas,guerras de forças físicas e sim ...a grande solidão
Que solidão !!!oh deus que solidão!!!
Mais parece que diferente de min a natureza aprende com a sua solidão,pois do final de contas apesar daquelas figuras estarem solitárias elas servem uma as outras
È a tal harmonia
È o tal caos
O que eu sei é que a natureza é um caos de sua harmonia perfeita
È simples isso,é pratico

Eu do meio da noite vi isso ..via a lua descendo entre os céus negros e escuros
Uma anja vestida de branco,com cabelos negros,rostos pálidos e lábios das cores de rosas vermelhas
O rosto eu não podia ver,era segredo
So vi que ela se deitou do carro e dava pra sentir a chama de sua pele lunar e louca
Ela ri da estrada entre a noite  e ri das viradas das estradas
Depois ela chora em sua harmonia e a sua voz era tão firme e delicado
Era apenas um sonho,uma alucinação
Depois eu vi de novo a noite e o resto da noite estava lá

Da estrada eu vi outra coisa
Outro sonho louco de todas essas arvores queimando de suas lagrimas silenciosas
Os pássaros voando chorando por não ter mais casa novamente em busca de outra
So depois de horas de incêndio a chuva aparece e apaga
Depois de um ano nasceram outras arvores,outras folhas,outras vidas que morreram lá e outra mortes
Outra casa para o pássaro que parece ser eu procurando entre o mundo louco outra casa
Oh eu não sei mais o que dizer,a vida é tudo isso
Unica coisa que eu sei é que eu aceito o caos,eu a partir de hoje aceito o caos
Só não sei se o caos me aceita ,um simples animal sentimental
Bom tanto faz

Depois lembrei que estava ainda da estrada e que tudo eram apenas reflexos de sonhos do meio da estrada
Ja era dia e ja nascia o terceiro dia
Eu subia a serra e so via outra terra que la em são paulo eu não consegua ver por causa das montanhas
Eram pequenas casas e e campos do nascer do por do sol
Era outro dia
E estava com pouca gasolina e com pouco dinheiro
Agora eu devo parar em uma cidade e pensar em outras loucuras







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