quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Uma típica tristeza.





Uma típica tristeza
Perambulando num sábado noturno

Andando,lentamente
Com as asas podres de uma barata morta.

E eu faço o meu hambúrguer
Bebo a minha cerveja

E observo ela vivendo,por ai,do meu quarto,andando e cagando da minha casa.

Mas eu não choro
E nem ouso interferir a cena                

Pois eu sei,que faço parte do processo
Eu sei que os meus lábios já estão brutos e carrancudos demais para aceitar o teu amor...


Mas ela esta aqui,dançando,mas fugindo de sua própria face
Olhando pra mim,mas depois navegando do meu mar de cinzas...

Ela não vai as tais festas
Ela não vai se olhar do seu espelho
E nem vai vestir aquela roupa que faz as pernas dela aparecerem

Ela apenas vai ficar comigo
Bebendo a minha cerveja
Roubando os meus cigarros

Ela apenas vai ficar aqui
Dormir do meu colo,como um gato solitário 
Tentando não ir pelas ruas,pois as ruas já são lugares tristes demais pra conviver..

Ela apenas vai ficar aqui
Comigo
E com mais ninguém.

Sem nenhum tipo de ideia
Ou de livre fluxo
Vai ser a escrava
Que eu tento libertar,mas que do fim retorne a mim
Como um maldito vicio.











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