Agora vemos os anjos caindo da lagoa do inferno
Com os olhos olhando para o céu
Pedindo alguma espécie de salvação
Assim como vemos as putas passando pela rua consolação
Com as bundas gordas e estúpidas
Falando as mesmas coisas
Alguma imagem trausente
Uma punheta sem pau
Ou um tiro sem bala
Perfurando o crânio dos bebês mortos
O Paraíso indo embora mais uma vez
Junto com a estrela suicida da noite
Junto com os seios de Mona Lisa
Se despedindo com o resto que o mundo deixou pra gente.
Tudo parece um mar de merda
De asneira
De Tristezas sem fim
O homem não faz mais sentido
Ou tenta parecer que faz sentido
Porem mal percebe que não faz sentido
E nada de fato esta acontecendo
Criamos estatuas
Deuses
Artefatos
Estados
E monopólios de poderes
Que celebra o ato trágico
De tentar controlar tudo.
E agora
Nos sorrimos
Como doces perdedores
Perfurando os próprios peitos
Tentando instaurar um ar homicida aos nossos tristes amigos
e inimigos
Por que não?
Por que não?
Por que não?
O impacto pode ser doce
A ponte pode ser o abrigo
A água do esgoto pode ser o abraço
O Banheiro sujo pode ser uma igreja
Por que não?
Por que não?
Por que não?
O suicídio pode ser o
portal de Deus
A doença pode ser uma nostalgia desconhecida
Um poema pode ter estilo
Um poema pode ser divertido
E a vida pode ser barata...
Por que não
Por que não?
Eu não vejo mais a minha sombra
Os espelhos já tem vozes desafinadas
E o meu peito já não tem mais a juventude...
Por
Que
Não?
O rifle já se instaura
Os berros dos gatos retardados já são reverbs das ruas
E eu finjo que não tenho nada a ganhar
E a perder...
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