Sou um estrangeiro
E sempre serei um estrangeiro
Assim como foi Eastwood,em seu chapéu detonado,e seu rosto deformado,sendo ele o estranho,o homem sem nome.
Da mesma forma que foi Travis Bickle,preso em uma lata,olhando para as putas,cafetões,malandros de Nova York,pragas que só suja o mundo.
Assim como foi o pobre Thomas,sim aquele garoto pálido e estranho morto da avenida 50,sim morto baleado.
E você sabe muito bem que não podemos fazer nada em relação a morte,pois estamos também fardadas a ela.
Assim como é o velho Raul,velho poeta Raul.
Andando entre as ruas de sua cidade Bahia como um fantasma louco e expressivo
Cantando com certa alegria e Solidão universal a musica "Maluco Beleza"
E querendo com uma sede violenta e sagaz
Que a porra do nosso pais tem que ser libertado mais uma vez
Que a namorada do Brasil tem que ir embora mas uma vez
Que Dennis Hopper e Peter Fonda tem que andar pelo nordeste,em sua motos furiosas e loucas
E que de alguma forma temos que morrer de novo
Morrer de novo
Para que as pessoas o vejam que você seja de fato um estrangeiro
Até a morte aparecer
E os ossos parecerem todos iguais
Sem diferença alguma
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