terça-feira, 5 de agosto de 2014

Diario de uma viagem parte 2(um beijo secreto)


Eu já sai da grande cidade indo para algum lugar
Que lugar?bom eu tentei seguir dos acordes de violão de Neil Young do seu disco "Haverst moon"
A magia da musica ou da arte em si,transformar a vida por mais imperfeita que fosse uma obra de arte
Como se cada asfalto fosse o caminho para ver a lua mais despida ou mais sensual
Do certo momento do carro eu olhava para o seu e olhei pra trás,pensei de tudo que deixei
Parecia um crime,algo fatal,algo obsceno
Eu nasci com a culpa das naturezas dos corpos do meu pais,eu vivi das escolas,faculdades,empregos com vários tipos de amigos
Dos poucos lábios que beijei eu vivi as trevas e as alegrias da solidão
Isso pouco importa,o que importa é a concepção social sobre liberdade
Todos essas pessoas,elas me ensinaram,,me baniram com certa dor de como eu devo viver
Com o possível amor eles disseram o que esperava de min
Meus pais queriam que eu fosse "alguém" ,com um emprego chato que ganha muito,uma casa,uma esposa e filhos
Dias atras eu podia ser "alguém" já que tenho emprego e casa,mais hoje foi um golpe duro pra eles e pro resto das concepções da sociedade
Era como se eu escolhesse ser um alienígena,despir todo o meu corpo de lama e disser não a tudo que ensinaram
Ser um completo "nada",isso seria como eu morrer pra eles e pro meus velhos amigos
Eu olhei pra trás e pensei nisso
Mais parece que foi a causa e a forma de bolo do conceito da liberdade:eu tinha que pagar o preço alto ,e ser banido pela sociedade é a causa

Eu olhei pra trás e já era 6:00 da manha ,irônico a vida,lá trás tinha uma neblina caótica e branca como neve Era belo aquilo e sombrio ao mesmo tempo,sem mostrar nenhum reflexo da estrada,da lua branca ou de estrelas
Depois a frente amanheceu timidamente entre as serras de um lugar que não sei e aquilo foi como um beijo secreto pra min
Como se o céu vitima das naturezas de dia ou noite,das naturezas dos tempos fosse uma amante bruta e quente que se despiu em todas as suas belezas e fingido que não tem roupas as formas básicas da vida
Era apenas viver,sem cliché ou dilema sobre o bem ou o mal ,apenas viver
E isso foi suficiente para eu continuar a viagem,com se cada estrada fosse um beijo
E cada curva o eterno mortal do dilema dos destinos das artes de encontros e desencontros
A viagem que importa,não pra onde ir ou como chegar lá,pois isso já seria a tal liberdade

(continua)

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