terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Minha Casa

(Este poema foi tirado de uma possível música de uma pessoa, e ainda não esta totalmente feita. Isto é apenas uma observação).

Eu morri em tão pouco tempo,
Por um ultimo beijo ou toque.
Senti frio.
Senti o sol em minha morte.

Mas eu sei,
Minha mão é fruto de uma chuva negra.
Uma chuva amarga e triste, virgem da sabedoria.

Todos Dizem que sou um bom homem, uma boa pessoa.
Até hoje não entendo.
Dizem que tenho imaginação, amor...
Mas não entendo.
Dizem que sou livre como um pássaro.
Mas não entendo.
Apenas uma boa pessoa.
Aquele que é uma boa pessoa.

Eu andei tanto,
Em pouco tempo.
Vi as montanhas e os rios da fonte da vida,
Sem saber que caminhos fez os seres ...

Mas eu sei.
Meu rosto é fruto de uma margem vazia.
Uma constelação que não vai a lugar nenhum.

Todos dizem que sou um salvador.
Um anjo da terra eterna.
Uma agonia feliz. E, até hoje não entendo.
Dizem que sou engraçado, sorridente, feliz e expressivo.
E até hoje não entendo.
Falam tudo isso.
Mas por que apesar de tudo,
De me chamar de um bom homem, eu ainda durmo sozinho ?

Eu sei.
A terra gira.
A vida nasce cada segundo como um raio de sol.
Àrvores nascem e o céu se constela.
Mas eu não ví a minha  casa.
Nunca cheguei num lugar que possa chamar de casa.

Talvez a dor seja o meu lar
E no fim das contas,
Todos me chamam de bom homem.

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