Uma estupidez qualquer.

As vezes,só de vez em quando... 
eu penso num sonho 
em que tive um tempo atrás. 



Alguém como você 
que no fundo não era você 
estava deitada na minha cama... 


Estava deitada 
me abraçando 
enquanto a noite 
ainda uivava. 


Os gatos tristes 
que choravam a noite 
não eram tão tristes 
pois eles seguiam a nossa música. 


O mundo 
com as suas guerras 
políticas chatas 
e polarizações 
se dissipou 
e se transformou apenas em um folego de paixão. 



Você 
com os teus cabelos longos e cacheados 
preso no meu peito gordo e machucado 
não tinha medo de sorrir 
ou de falar que estava triste. 


A tristeza 
era recebido pela porta da frente 
mas era uma tristeza tão gostosa... 
tinha o gosto de malboro 
misturado com café cheio de açúcar... 


A gente ria com ela 
Sabíamos que a felicidade era assim mesmo 
aparecia de vez em quando 
e sempre ia embora. 


Você 
sorria com firmeza,beijava a minha boca 
falava que eu não estava sozinho. 


E eu me sentia tão poderoso 
por mais machucado que o meu peito estava... 


Eu podia te foder a noite inteira 
o meu pênis estaria furioso e cheio de paixão 
a tua vagina estava molhada... 


Você chorava 
acho que era dor 
ou uma singela e rara alegria 


Talvez  percebeu 
que o mundo,por incrível que pareça, fazia sentido 
que Deus,por mais misterioso que ele fosse,meio que existia 
e que as peças soltas da existência não era um absurdo em si... 



Mas baby 
vejo agora que as minhas mãos estão sangrando... 


Alguém me chama de pervertido 
de filho da puta ou tarado. 


Eu continuo socando a parede 
bem naquele beco onde você morreu 
e a minha mão continuou sangrando... 


No fim,eu saia naquele lugar 
com as mãos sangrando 
e pensando o quanto eu fui estúpido e infantil 

de falar sobre esse sonho de novo 
e sobre o quanto eu queria que você representasse esse sonho e tudo mais... 

de qualquer forma 
isso não é nada demais 
é apenas uma estupidez qualquer.