segunda-feira, 22 de abril de 2019

Castigo.






Eu matei tudo em que tinha sentido 
Beijei  a face de Cristo,vendi a minha alma por uns trocados 
Acreditei que um dia,talvez,o mundo poderia ser um lugar melhor 
desde que eu faça tal e tal coisa. 



Eu vi os poetas de Manson em seus devaneios 
Enquanto o mundo tocava a mesma canção de sempre,com o mesmo andamento 
Chorei com a ultima valsa dos amantes de Paris,enquanto ele ainda estava ausente 
esperando um aviso final. 



Eu corri de medo enquanto vi as faces de Moloch 
Misturei os beijos de Deus com os aromas do Diabo,tentando por fim ser qualquer coisa 
Eu me misturei com os ratos,em prol de achar uma luz no meio da escuridão 
desde que isso não tivesse um fim previsto... 


Mas que imprevisto é a previsão das Moiras 
Vejo que a face de Édipo já mostra a esperança tardia que é viver. 


A tragédia dos vermes 
A janela ,com a sua metamorfose
E a depressão de esperar algo que nunca vai chegar. 


E agora,ouço os cantos das sirenes 
O seu caderno negro esta quase fechando 
 Dostoiévski  já me submeteu 
mas nada sobre mim será lançado. 


O meu nome 
assim como o meu rosto 
Será esquecido,fodido,moldurado para o nada 
e o castigo sempre se consistiu. 


E é apenas o castigo 
que faz com que eu acredite 
que tudo é ETERNO. 



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