segunda-feira, 2 de abril de 2018

Alguns não envelhecem.





Alguns não envelhecem
Muitos morrem cedo demais.

Vários amigos já se foram
Várias músicas já foram censuradas
E sempre sinto dentro das ruas de SP a mesma linguagem apocalíptica.

Quanto sangue já foi proferido?
Quantas mortes é necessário?

As vezes eu sinto uma vontade cretina
em sair da porrada com Deus.

Ver se é possível aguentar os dez rounds
E não morrer de repente.

Ver se é possível brincar e  paquerar a morte
Mas não entregar as cartas cedo demais.

Talvez o segredo é manter o coringa dentro da manga
Por uns vinte
Trinta
E quarenta anos.

E falar que só se entrega
Se o valor da aposta for alta
Ou divertida.



Talvez  seja  possível achar uma aventura por trás disso.
Talvez seja possível achar uma magia por trás de tuas coxas.
Talvez seja possível transformar tristeza em beleza
Talvez seja possível salvar alguns segundos
E  fumar cigarro por quarenta anos.

Quem sabe?
Quem ousa saber?

Ninguém...

Alguns vão cedo demais.
Outros ficam por tempos demais,
E outros meio que tenta achar graça em tudo isso
E fazer uma piada,uma sátira por trás das doenças e das tragédias que aflige o coração dos homens.






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