segunda-feira, 27 de março de 2017

Monstros noturnos.






Sim,sim...deixo ascender esse cigarro,e deixo prender todos os cardaços dos meus múltiplos sapatos.Pois agora eu vou apenas lamentar,e dizer pra vocês o quanto as memórias podem nos afundar e nos celebrar.


Principalmente as  memórias alegres.

Eu lembro de boa parte delas.Tento esquece-las !Porem,elas sempre me perseguem com certo tom de nostalgia e solidão.

Eu peguei  aquela caixa velhas cheias de fotografias(velhas).Fotografias que mostrava os antigos rostos que eu tinha,e antigas feições que me completava.Fotografias que mostrava antigos lugares que agora esta morto,e antigas chuvas de verão que agora esta seca.Fotografias que mostrava a primeira namorada e a tia que já morreu de  depressão(ela se jogou do quinto andar,nada é fácil de entender...).

E eu vi aquele sorriso quebrado por mil janelas desafinadas.Sim...eu vi ...eu vi você.Aquele que usa dentes quebrados,esperando a fada do dente chegar.
Aquele...que mixa uma  fita de canção para entregar para uma certa pessoa,e esperar ansiosamente o que ela vai responder.

Eu fechei a caixa,e senti o cheiro de pó,e a minha triste e solitária cidade ainda esta chorando:Sim,SP ainda esta chovendo,ainda esta chorando.
E eu estou apenas envelhecendo,esperando (talvez)a morte me abraçar.


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